terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A REALIDADE DESSA VIDA PREPARA OS CIDADÃOS DA ETERNIDADE


"Deus não nos dá mais do que podemos suportar, mas ele nos conduz pelas aflições para queimar a escória de modo que apareça o ouro puro da fé." (Frank Dietz)

Tenho guardado no meu coração uma firme convicção de que estamos sendo refinados pelas labaredas dessa nossa vida.

Que as tribulações intermitentes, os percalços constantes, as intolerâncias frequentes, os sucessivos desvios de rota, as insuportáveis pressões ao nosso emocional, os inevitáveis desgastes físicos e tudo o mais nessa existência breve, são para forjar um caráter espiritual desejado pelo Criador. Nada tão místico quanto muitos gostariam que fosse, para apoiar suas versões e crenças, mas um recurso Divino para resgatar os cidadãos para o convívio o seu Reino Eterno.

Assim é que seremos aperfeiçoados na dureza da nossa própria jornada e lapidados na aspereza da peregrinação terrena até que nosso vigor se acabe, nosso viço se esgote e a nossa alma se renda a Deus que a deu.

Ainda existe no meu coração, no fundo dele, outra convicção de que haverá uma nova e definitiva experiência de vida na eternidade onde as qualidades, as virtudes desenvolvidas em nós, serão imprescindíveis para lá vivermos entre amados irmãos.

Aqui, no entanto, esbarramos o tempo todo com as nossas inúmeras fraquezas, e debilidades inerentes aos humanos. Por causa das nossas personalidades e temperamentos, somos limitados demais para receber o fardo leve e o jugo suave daquele que veio nos mostrar um Caminho novo, porém seguro para nos tornarmos cidadãos do seu Reino.

A maioria, no entanto, não está disposta, não acredita, não se submete, e procura alternativas mais leves, mais confortáveis. Encontra caminhos diversos, atalhos e veredas que parecem de fato, levarem a algum lugar bom, mas que ao final, são ciladas, armadilhas, caminhos de morte.

Como não há retornos, e o caminho é somente de ida, será tarde demais ao final, para se descobrir, que ao se tentar evitar o refinamento provocado pelas labaredas dessa vida, perdeu-se o caráter desejável para se ultrapassar as limitações que nos separam do Criador.

Portanto, não sejamos iludidos por qualquer outra pregação que afirme não ser necessário o refinamento pelo sofrimento. Que há negócios ou barganhas que possam ser feitas com o Altíssimo que garanta ausência de sofrimento. Porque todas as Escrituras, antigas e do Evangelho, na vigência da Aliança da Graça, não abrem espaço para que nenhuma ideia de que "a benção de Deus impede a calamidade". Porque tudo acontece a todos debaixo do sol de meu Deus!


Sim, pela genuína fé podemos entender além daquilo que se escreveu, do que se interpretou, daquilo para o qual fomos doutrinados na tenra infância. Pela fé que é dom de Deus, também podemos compreender os mistérios do Amor do Pai, que não poupou seu próprio Filho, mas antes o entregou por nós em sacrifício vivo e agradável aos olhos do Pai. E se nem a Ele o Senhor poupou por amor a nós, como não nos dará Nele todas as outras coisas?

Ele próprio nos disse que "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo!”.

Por crer nesse Deus de Amor ensandecido por sua criatura, é que tenho guardado no meu coração uma firme convicção de que estamos sendo refinados pelas labaredas dessa nossa vida terrena, e que a exemplo do próprio filho do homem, tornado O Cristo, seremos feitos como Ele, Cidadãos da Eternidade.

"Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam." (Tiago 1:12)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

"MINIMAMENTE O MELHOR "(Mensagem de Fim de Ano)"




Muitíssimo obrigado a todos os nossos velhos amigos, e recentes também por brindarem as nossas vidas com suas gentis e simpáticas presença sao longo desses últimos meses, viu?
Juntos construímos algumas pontes que nos ajudaram a atravessar de um coração ao outro, para repartir respostas de muitas perguntas que guardávamos só para nós. Esse intercâmbio virtual, na maioria das vezes,acrescentou-nos algo novo, inspirador que nos encorajou na travessiadesse ano que passou.
Sempre é muito reconfortante saber que tem alguém, em algum lugar mesmo que desconhecido, que se lembra dos seus amigos, que encaixa uns minutos no seu tempo, na sua agenda, para enviar-lhes um "Oi, um "estou aqui se precisar". Que torce pela gente e valoriza a nossa amizade.
A Vocês, queridos amigos: DEUS abençoe rica e poderosamente as suas vidas,enriquecendo suas existências com abundância de dias felizes e farturade momentos inesquecíveis, tá bom? Um abençoadíssimo 2012 para vocês, para seus familiares e para todos os seus amigos de perto e de longe também, ok? Toda sorte de bençãos espirituais, físicas e emocionais para todos em o nome de Jesus.


*** FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO! ***

Vivian & Gerson Palazzo

domingo, 18 de dezembro de 2011

NÃO O DEIXE ATRAPALHAR SEU FUTURO OUTRA VEZ! (Uma reflexão de Fim de Ano)


Caramba! Estamos acabando mais um ano e parece que ontem mesmo falávamos espantados que o retrasado já havia acabado também, não é não hein?

Coisa estranha essa que se produz em nossas cabeças a sensação de que o tempo está acelerado; de que as coisas passam muito mais depressa do que antes. Você sente isso ou sou eu que estou envelhecendo?

Bom, mas não importa se você está mais velho do que eu, viu? O importante é que estamos naquela época do ano em que costumamos fazer a avaliação do ano que se acaba. Eu costumo fazer isso, e você? Claro, o final do ano nos parece ser momento de revisar as nossas ações passadas, e reavaliar eventuais erros cometidos. Também nos parece ser o momento para fazermos propósitos novos, reavivar antigos sonhos e projetar novos para serem perseguidos ao longo do ano novo que está chegando.

Descobrimos nessas incursões às nossas lembranças, de que algumas coisas nos incomodaram a mente durante todo o ano, e que já haviam incomodado a gente nos anos anteriores. Muitas dessas coisas incômodas, podem ter suas origens nas frustrações ou decepções que sofremos de pessoas do nosso relacionamento, ou mesmo, que causamos a elas. Aquelas coisas chatas mal resolvidas, mal interpretadas que acabaram gerando estranhezas entre amigos, colegas e até mesmo, entre familiares. Você sente algo assim te cutucando, incomodando? Ao ler isso aqui agora, você se lembrou de alguém que lhe tenha causado alguma mágoa antes? E me diga mais uma coisa: Essa lembrança aconteceu no final do ano passado também, hein? Ah foi, é? Interessante. Sabe, sou constrangido a lhe dizer que você está ressentido, viu?

O Ressentimento é uma "faca de dois legumes" (como diria um famoso cartola do futebol tupiniquim). Porque temos a tendência a usa-lo para atingir a pessoa que nos causou alguma mágoa, mas como tem "dois gumes", sempre sobra para nós mesmos, né não? O Ressentimento é como um alimento estragado do qual insistimos em nos alimentar mesmo que ele nos faça tão mal. Além de nos retirar a paz e a alegria na vida, ainda por cima nos envenena a mente, compromete o nosso juízo equilibrado e retira de nós, o paladar das coisas simples, tornando-as amargas e nós mesmos, amargurados.

Ok... Tá bom! Já identificamos isso nas nossas memórias e descobrimos com isso, que tais ressentimentos impediram que nosso ano fosse melhor do que realmente foi. Mas e então? Vai deixar isso comprometer seu novo ano, de novo? Vai não, né?

O Perdão é o remédio que cura o ressentimento e nos liberta das enfermidades emocionais. Sim, muitas das nossas doenças físicas, emocionais e até espirituais, tem suas origens nas mágoas do passado e do ressenti-las sistematicamente. O Perdão é antídoto eficaz para combater os estragos produzidos em nós e também nos outros, causados por longos períodos de armazenamento de maus sentimentos no coração. O Perdão é cura.

"Perdoar quer dizer "desatar cadeias, ataduras". Quem não perdoa está preso a correntes, a uma triste lembrança do passado e não pode desenvolver-se. Perdoar é uma decisão. É escolher entre liberar a pessoa que nos ofendeu ou querer vingar-se".

Sei que não é fácil perdoar alguém e tão difícil é também nós nos perdoarmos por algo que cometemos, mas é realmente imprescindível fazê-lo se quisermos ter um futuro próspero e sadio. Se esperarmos que isso seja motivado em nós pelos nossos próprios sentimentos, dificilmente conseguiremos. É de fato uma decisão consciente e não uma emoção. O Amor é a virtude que desenvolvida em nossos corações nos ajuda a praticar o perdão com qualidade. O Amor retira aquela partícula, aquela fagulha de ódio que é alimentada pelo ressentimento, pela amargura.

Não posso deixar de exemplificar o perdão de qualidade, sendo fruto do amor, sem a lembrança da figura de Jesus crucificado na cruz para Ele próprio, personalizar o perdão de Deus Pai, a todos nós que o frustramos e decepcionamos com os nossas transgressões, com os nossos pecados. Sim, Jesus nos perdoou por vontade própria e assim se entregou para que fossemos reconciliados com o Pai. Ele não cometeu qualquer pecado, mas decidiu pagar pelos nossos. Que Amor tremendo é esse, hein?

Olha só meu amigo e minha amiga, se realmente desejamos ter uma vida de paz e um futuro maravilhoso a partir desse próximo ano, devemos pedir que Deus encha nossos corações de amor, pois assim poderemos perdoar aqueles que nos ofenderam e nos perdoarmos a nos mesmos também.

Que em nossas avaliações de final de ano possamos chegar a conclusão de que não vale a pena ficar preso a um fato negativo do passado. Temos uma bela vida para viver pela frente.., tá bom?

Ah! Quase me esquecia. Me perdoa aí o mal jeito, tá?
***O SENHOR FAÇA TRANSBORDAR EM GRAÇA O SEU VIVER.***
***BOAS FESTAS E FELIZ ANO NOVO!***
Saúde física, emocional e espiritual para todos.
Alegrias, paz e prosperidade em todas as áreas.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

NÃO GASTE SEU TEMPO


Não se distraia com as distrações dos outros.

Não destruas tudo o que acreditas só porque outros estão procurando alguma coisa diferente para acreditarem.

Fique firme e permaneça constante na fé que tens, mas não se feche para aprender algo novo que se some ao que já aprendestes. Mantenha sua consciência aberta e seu coração atento para o estudo e o ensino. Esteja convicto, mas nunca arrogante.

Sempre haverá quem lhe critique mesmo sem conhecê-lo. A crítica faz parte da rotina de quem não quer fazer melhor.

Não perca o seu precioso tempo de melhorar justificando seus eventuais erros. Corrija, melhore e pronto. Porque para todos aqueles que se importam com você, não precisam das suas justificativas, e para aqueles que você não tem importância, suas justificativas também não tem qualquer valor. Então... Corrija, faça o melhor que puder, e vá em frente.

A vida não é sua para desperdiça-la com quem não se importa com você.

Não perca tempo com aqueles que lhe odeiam. Não queira brigar com eles, para impor-se a eles ou prevalecer sobre quem não entende você.
Eles não o entenderam antes e provavelmente, não terão nenhuma boa vontade para entendê-lo agora.

Use seu tempo, todo ele, para gastar com aqueles que se importam com você.

Invista seu melhor naquele que você ama e lhe é reciproco.

Preocupe-se em manter ao seu lado quem lhe inspira, quem lhe estimula para progredirem juntos. Esforce-se por estes. Lute por quem vale a pena - por quem merece.

A vida é muito curta para ser jogada fora com pessoas vazias, ignorantes e sem princípios!"

domingo, 2 de outubro de 2011

DEVAGAR TAMBÉM SE VAI LONGE


Eu não sei quanto a você, mas eu fico cada dia mais preocupado com essa pressa toda que vemos, sentimos e vivemos. As coisas são feitas com tanta pressão, com tanto estresse que parece que estamos em uma constante, uma permanente competição entre a vida e o tempo. Você consegue perceber isso também, hein?

Apesar dos dias serem iguais ao que sempre foram e terem as mesmas 24 horas para todos nós, parece que para uma grande parcela da humanidade, elas não são suficientes jamais. Muitas coisas para fazer. Agenda lotada de afazeres. Angústia e ansiedade impressos em todos os compromissos. Pressa, muita pressa para ir e vir, sabe-se lá de onde para onde.

Pois é... Mas os dias não se esticam e permanecem como sempre foram - apenas 24 horas. Então, é claro que para cumprir com todos aqueles compromissos e dar conta de todos aqueles afazeres, outras coisas têm que ser prejudicadas. Aos poucos, nessa agitação toda, nessa correria desenfreada pelo fazer e ter, o viver vai ficando sem gosto de viver - sem graça. Coisas importantes, tanto quanto necessárias, mas que não tem a ver diretamente com as metas e objetivos impostos pela lida da vida, vão ficando esquecidas na carreira, na urgência de chegar aos resultados.

Sem que se perceba a tempo, as pessoas se tornam engrenagem da indústria do desespero, da loucura da produtividade a todo e qualquer custo. É um segmento competindo com outro e exercendo uma pressão alucinante sobre as pessoas e essas, por sua vez, sobre as outras em cascata. A qualidade fica devendo porque os detalhes são perdidos no processo por um resultado rápido. Se confunde pressa com eficiência e agilidade com competência. Não importa se haverá reclamações dos clientes sobre o produto, faz-se outro "recall" e pronto. Refazer é mais fácil do que parar e rever o processo.

Isso tudo acontece também com as pessoas, com os relacionamentos, com a familia. Pressa demais tem feito estragos enormes, e em muitos casos, irreversíveis também. Sob uma justificativa de se produzir mais para se ter mais e garantir o futuro, as pessoas se afastam umas das outras e enfraquecem os laços pelos quais justificam tanta pressa de conquistar algo por elas.

Me parece que muita coisa se desperdiça dessa já tão breve existência agindo assim. Minha impressão é a de que está se perdendo a melhor parte da vida que é justamente Vivê-la. Sim, não sabemos quando ela se acabará para cada um de nós, e portanto, é um desperdício achar que podemos vivê-la intensamente depois de ganhar o mundo inteiro. Não há mais que uma vida para ser vivida, experimentada, usufruída e deliciada nas pequenas coisas das 24 horas de um dia a dia por todos os dias. Coisas simples que são vividas com simplicidade e uma boa dose de morosidade também.

Pequenos sabores, odores, texturas, gestos, toques, palavras e olhares que dão prazeres e sentido a vida de um cotidiano sem tanta pressa e estresse.

Penso que as pessoas devem dar uma paradinha ou ao menos uma desacelerada nessa loucura toda, e prestar atenção, avaliar se vale realmente a pena, abrir mão de tantas coisas, de tantos valores por causa da pressa de conseguir. Devagar também se vai ao longe, lembra?

Talvez seja o momento oportuno de resgatar alguns valores perdidos no processo. Nem sempre a vida é tão generosa a ponto de nos permitir um "recall" para consertar detalhes importantes que, na pressa se perdeu.

Talvez não haja mais tempo de restaurar velhas amizades abandonadas por não estarem no seu ritmo.

Pode ser que não se possa rever aquele grande amor que por pressa não se pode cultivar com zelo

Quem sabe aquele filho ou filha que não se deu o tempo e a dedicação necessários para se ter deles a admiração, o respeito e estima.

Meu camarada e minha camaradinha... Pensem e reflitam, até que ponto vale a pena deixar de curtir sua família; de conviver com seus amigos; de ficar com a pessoa amada; de pegar um cineminha com seus filhos ou mesmo de ir pescar no fim de semana.



Sabe, amanhã poderá ser tarde demais, viu!

Se considerarmos que estamos em uma competição e corremos contra O Tempo, é melhor ir devagar e apreciar a paisagem, porque O Tempo vai ganhar de qualquer jeito, tá?

"Pare de correr porque o fim chega mais depressa."

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

AINDA QUE NINGUÉM SE IMPORTE

Ainda que ninguém mais se importe, quem se importa tem que fazer diferente para que a diferença transforme o sentido da importância.

Ainda que somente você se importe, continue fazendo o que sua consciência - que se importa, te impele a fazer. Pois sempre haverá alarido e muito barulho da parte daqueles que não se importando com o que tem importância, irão atrapalhá-lo, tentando confundi-lo a fazer o que deve ser de fato feito.

Portanto, continue fazendo. Continue fazendo valer a pena.

Não deixe de amar a quem lhe dá amor - corresponda.

Não despreze porém o que te despreza - surpreenda-o, tolera-o.

Se puder ajudar a quem te pede ajuda, tendo condições de fazê-lo, não retenha sua mão e faça - ajuda-o.

Não retribua a ninguém o mal com o mal. Tampouco incita o ódio mas ao contrário, ensine o amor.

Não justifique o bem que sua mão esquerda pode fazer por causa da outra mão que nada quer fazer.

Continue fazendo. Não proceda como os hipócritas. Permaneça firme e constante na fé que tens.

Ainda que mais ninguém se importe, importe-se você. Aplique-se a transgredir as leis do silêncio, da indiferença e da omissão. Lute pelo que acreditas valer a pena lutar, machucar-se, sofrer e morrer, ainda que seja somente você a fazê-lo de coração.

A cada dia, tome a sua própria cruz e prossiga, não desista nunca e nem olhe para trás.

Porque ao final de tudo, encerrada a luta, findada a peleja, acabada a batalha, será apenas entre você e o seu DEUS e ELE realmente se importa com você. Você tem especial importância para DEUS.

Sim, de tal maneira importou-se DEUS com você que deu-se em Amor, não levando em consideração o tempo da ignorância, a que perdoou-lhe também.

Ainda que penses que ninguém se importa com você, saiba que o SENHOR continua se importando. ELE observa a todos com o propósito de retribuir a todos com a importância que deram a tudo que ELE próprio tornou importante.

Assim... Ainda que mais ninguém se importe, dê o seu melhor. Sempre. Não desvalorize aquilo pelo qual o Senhor deu toda importância. Ou seja: Você mesmo.

"Porque o Filho do homem há de vir na glória de seu Pai, com os seus anjos; e então retribuirá a cada um segundo as suas obras". (Mt. 16:27)

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

EU TAMBÉM TENHO UM SONHO


"Assim somos todos nós seres IMORTAIS, pois somos ALMA, LUZ, DIVINOS, ETERNOS... Nós só morremos, quando somos simplesmente ESQUECIDOS..." (Sócrates)

Eu tenho muitos sonhos ainda e eles vão além do que espero e desejo exclusivamente para mim. Tenho sonhos onde estão meus amados, onde se alegram meus amigos de ontem e de hoje comigo também.

Imagino dias melhores, dias incríveis onde há demonstrações de verdadeiro afeto, onde os sentimentos não são mesquinhos, não haja inveja de qualquer espécie; onde as amizades não se oxidem em pouco tempo, mas que sejam completamente inoxidáveis. Onde não haja sentimentos facciosos, ciúmes, distrações, abandonos ou esquecimentos. Porque sonho com uma felicidade que não acaba ao final do dia, mas que nasça e se ponha com a mesma aurora de todos os dias.

Um dia que não termina; uma luz que não se apaga ao entardecer e não se extingue nem mesmo após o anoitecer, mas que brilha sobre todos, o tempo todo e para sempre.

Nos meus sonhos não há distâncias separando pessoas amadas e nem precisa dessa tal de saudade. Neles a gente se encontra o tempo todo e de abraço em abraço vamos contando o que nos fez sorrir entre um encontro e outro.

E seriam abraços longos, demorados, pois teríamos muita história para contar e faríamos isso demoradamente, indefinidamente, gostosamente.

Sim, eu sei que se mais sonhos se assemelhassem aos meus, eles teriam grandes chances de se realizarem para tantos quantos ousassem sonhá-los. Teríamos realidades melhores e seríamos melhores também.

Essa realidade que agora sonho, na verdade, existe em algum outro lugar que não aqui, não agora, mas que está preparado há mais tempo que eu possa imaginar em meus melhores sonhos. Lá eu vou chegar, e lá quero te encontrar.

(Gerson Palazzo)

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

NOS INTERVALOS DA VIDA


Quando lemos a experiência dos antigos peregrinos dessa terra, registrados nas letras vivas da Bíblia, temos a realidade de existências que as "queimaram" por um ideal. São histórias de vencedores. Claro que sendo elas histórias contadas e finalizadas, não há como falar sobre os Intervalos, onde não foram escritas nenhuma linha sequer, mas apenas sentidas no fundo da alma daqueles homens e mulheres.

Mas aqueles instantes de dúvida, de medo e depressão. Os momentos de pura perplexidade e frustração. Os poucos ou muitos fracassos sem registros em letras dessas vidas vitoriosas. Não, acredito mesmo que não estão contadas todas as partes desses Intervalos.

Grandes, enormes eram mesmo aqueles Intervalos enquanto a alma esperava a resposta de Deus. Enquanto se imaginava que o clamor não varava sequer o teto de algum calabouço úmido, ou mesmo furava as nuvens escuras e sombrias no céu da agonia.

Poucos foram os que deixaram que as entrelinhas de suas histórias, fizessem tais registros. Mas a perseverança, a insistência, mesmo com a esperança abalada, não esmagou-lhes a fé. Resistiram contra a própria desesperança para terem enfim a vitória contada e cantada em letras corridas, tal qual hoje podemos ler e admirar.

Como nos Intervalos nessas histórias dos antigos, assim são também hoje em dia, esses sentimentos, emoções que somente o Espírito de Deus pode expressar ainda que não em palavras, mas em gemidos inexprimíveis, perceptíveis apenas aos ouvidos do PAI. Sim, Deus acolhe agora mesmo as nossas dúvidas, temores, receios, vazios, frustrações, decepções, do mesmo modo como acolheu as daqueles homens e mulheres que venceram ao final da jornada.

Pois ELE é o mesmo, que foi é, e que será eternamente. Um DEUS que tem prazer em ajudar-nos sempre que solicitado. Um DEUS presente que tem seus olhos fixos em nós e suas mãos prontas para nos livrar do pavor repentino.

Mas sobre aqueles Intervalos, as nossas histórias de vida, de lida e de peregrinação estão em curso, não encerradas e é por isso que a gente tem que clamar mesmo, pois ainda experimentaremos o suor e as lágrimas se misturando ao nosso paladar.

Não poucas vezes, mas infelizmente para nós, muitas vezes até que obtenhamos vitória. Nos Intervalos das nossas vidas haverá Momentos em que apenas o nosso espírito encontrará aconchego e refrigério no colo fofo e quente do Pai.

Deus é a nossa força, nosso refúgio, nossa rocha eterna, a esperança de quem não mais o conhece de apenas ouvir falar, mas já de vê-lo pela fé. Por isso, mesmo sabendo que a experiência terrena não é assim lá tão fácil, ela é boa demais fora dos "Intervalos" de pura solidão da alma para desperdiçarmos com pensamentos de derrota, não é?

Ela, a vida, é uma aventura sem roteiros prévios que lhe garante uma surpresa nova a cada manhã.

Eu não sei como está a sua vida. Se você está vivendo um daqueles Intervalos da sua história ou não, mas se estiver, lembre-se que além da companhia de Deus no meio da sua solidão, haverá sempre uma mão forte e segura estendida em sua direção, pronta para ajuda-lo também, tá?

Creia e abandone-se nessa confiança, pois ela lhe levará a vitória, viu?

"Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça" (Isaías 41:10).

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DE VOLTA PARA CASA


Ninguém pode chegar a algum lugar sem ao menos saber aonde quer chegar. Assim começam os que querem ir; os que querem estar e assim começam os que querem permanecer. É uma difícil resposta para o maior dilema da alma: Ficar ou ir. Mas ir para onde?

Existem muitos caminhos para se ir. Existem igualmente muitos lugares para se chegar. Existem também muitas maneiras de se ir, e muitas de se chegar até eles. Para qualquer um desses lugares se pode escolher como se quer ir e de que maneira se pretende chegar. Todavia, querendo ou não; acreditando ou não... Existe apenas um Caminho que se pode escolher para se chegar onde DEUS está. Esse Caminho é JESUS!

Há quem diga que todos os caminhos que podemos escolher vão dar onde DEUS está. Esses ainda dizem que podemos ir por eles da maneira que queremos, pois vamos chegar lá de qualquer maneira, quando e como quisermos chegar. Então vão por atalhos, e se desencaminham enquanto pensam estar indo. Sim, pois há caminhos que lhes parecem ser bons, mas ao final, são apenas caminhos que levam a alma para longe de aonde se quer chegar, dando em caminhos de morte.

Ninguém pode chegar a algum lugar sem ao menos saber aonde quer chegar. O Caminho que leva o homem a DEUS é aquele que foi percorrido antes pela humanidade, no sentido contrário, e que nos distanciou do Criador. Ele, o Caminho foi perdido e esquecido enquanto o homem se perdia também nos atalhos e descaminhos que escolhia; enquanto dava as costas para DEUS.

Perdidos, estávamos e como cegos guiando cegos nos esbarrávamos entre nossas desorientadas tentativas de enxergar entre caminhos diferentes, aquele que nos levasse de volta a casa do PAI. Foi assim então que ELE interferiu em favor da sua criatura; e contra a perdição da nossa alma. O PAI se fez em nós e como fosse um de nós habitou no nosso meio. Mostrou-nos a "direção" da volta ao lar e a maneira para se retornar para o colo do PAI.

DEUS tomou a forma de um de nós em JESUS, para nos mostrar que mesmo como somos, estamos ou nos tenhamos tornado, poderíamos encontrar o caminho para voltar a ELE. JESUS é o único Caminho que o PAI disponibilizou para se chegar até ELE. JESUS também é a única verdade e a luz para se encontrar aquele caminho de volta para casa.

Sim, "O CAMINHO É UMA PESSOA E O SEU NOME É JESUS”.

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito; vou preparar-vos lugar. E, se eu for e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos tomarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também. E para onde eu vou vós conheceis o caminho. Disse-lhe Tomé: Senhor, não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho? Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." (Evangelho de João 14:1-6)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

MUITO FAÇO SE POUCO ATRAPALHO


Há muito de verdade nisso em quase tudo que para ser executado com eficácia se precisa da colaboração e esforço da coletividade. Seria bem mais fácil se houvesse o engajamento das pessoas para que boas causas fossem bem encaminhadas e alcançassem êxito. Mas infelizmente uma grande parcela permanece inerte, apática e omissa diante de coisas que estão erradas. Que causam danos e prejuízos a elas próprias. Uma grande parcela dessas pessoas, ainda por cima são criticas ferrenhas daquilo que percebem de errado, mas ao invés de contribuírem efetivamente para a solução de tal problema, preferem ficar observando da janela de sua confortável omissão.

É muito mais fácil destruir que construir. É moleza reclamar do que está malfeito do que contribuir com fazer direito. Muito mais confortável emitir opiniões e críticas, murmurar, maldizer até, do que botar a mão na massa e ajudar a corrigir e resolver.
Percebemos o tempo todo isso acontecendo no nosso dia-a-dia:

- Observamos pessoas reclamando que a cidade está suja, mas sem nenhuma consideração elas jogam embalagens vazias no meio das ruas.

- Reclamam do acumulo de sujeira e da demora do caminhão de coleta de lixo, mas não respeitam os horários de colocar o lixo doméstico na calçada em frente suas casas.

- Muita gente reclama da corrupção na polícia, mas praticam o recurso do suborno, do 'jeitinho' brasileiro quando autuados no trânsito.

- Muitos acham um absurdo os transtornos causados nas calçadas pelos "camelôs" que agem livremente nas ruas das nossas cidades, mas compram deles os produtos falsificados, contrabandeados e até roubados, estimulando a proliferação desse comercio sonegador de impostos.

- Quase todos reclamam da desordem do trânsito das nossas cidades, mas fecham o cruzamento, avançam os sinais, estacionam nas calçadas ou em fila dupla na porta das escolas. Ocupam vagas de idosos ou deficientes e justificam pela falta de estacionamentos nas ruas, supermercados e centros de comércio.

- A maioria reclama e se diz indignada com o desempenho medíocre dos seus representantes na política, todavia, continuam votando nos mesmos que têm frustrado seus eleitores em diversas outras legislaturas.

De fato, há uma infinidade de coisas que desaprovamos, coisas que nos deixam indignados no comportamento dos outros. Mas se a gente não faz nada diferente para mudar o que está errado, não contribuímos com aqueles que estão se esforçando para mudar para o benefício de todos, nos omitimos na frente dos fatos para apenas resmungar, reclamar pelas costas... Então não temos esse direito e se insistimos em reivindica-lo, nos tornamos hipócritas e não cidadãos, não acham não, hein?
Precisamos sim, de quem queira dar sua parcela de contribuição, seu sacrifício pessoal para que as coisas comecem a mudar a partir de dentro de nós e das nossas casas.

Afinal de contas, "fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...," não é verdade? Pois a verdade é que colhemos o que plantamos, né não? Logo o que reclamamos tanto hoje, é resultado do que plantamos ou deixamos de plantar ontem.

Diga ao que não se importa e prefere reclamar, murmurar, maldizer, que muito ele fará se não atrapalhar quem quer fazer algo melhor, assim como nós, tá bom?

terça-feira, 28 de junho de 2011

A GRANDE PESCARIA


Meu pai gostava de pescar em suas horas de sossego. Era "pescador de gente" por ofício. Ou seja, ele era pastor protestante, e em tempo integral, ministrava a Palavra de DEUS para as pessoas. Boa parte também do seu tempo, estava envolvido com atendimento pastoral aos fiéis da igreja e mesmo os de fora que o procuravam para aconselhamento, orientação e pedir suas orações.

Essa atividade, além das pregações semanais, nos cultos e reuniões, absorviam a maior parte do seu tempo. Então quando havia uma oportunidade, ele se embrenhava no mato, em alguma beira de rio lá do interior, e se divertia pescando seus peixinhos.

Tal como seu chamado ao ministério da pregação do Evangelho da Graça de DEUS, envolveu a nós, sua família ao mesmo ministério, quando ele ia para o mato pescar, sempre acabava nos envolvendo também. Meu irmão e eu mesmo, na grande maioria das vezes, éramos "chamados" para irmos pescar nas barrancas dos rios lá do nosso sertão, onde moramos por muito tempo.

Meu irmão mais velho tinha uma boa identidade com a pescaria e acompanhava meu pai com mais frequência. Eu tinha muita dificuldade com aquele negócio de botar a minhoca no anzol, lançar a linha lá no meio do rio e ficar horas e horas esperando um peixinho desavisado, morder exatamente a minha isca. Eu achava que não era nada interessante e não tinha nenhuma empolgação com aquele treco, mas como queria agradar meu velho pai, e não ficar com a pecha de molenga, tentava então fazer uma boa figuração naquele cenário desconfortável e cheio de mosquitos borrachudos. Misericórdia, viu!

Lembro-me de que numa dessas "incríveis" pescarias, a gente foi parar em uma fazenda de um povo da igreja. Eles recebiam a visita e a ministração do meu pai de tempos em tempos na comunidade rural. Nos intervalos, adivinhem! Isso mesmo, pescaria.

O pessoal já deixava preparado o pesqueiro para o pastor "pescador". Tinha um deck de madeira que avançava até um certo trecho do rio e ali, sobre aquele estrado, ficávamos horas e horas dando banho em minhocas. Emocionante, não é?

Depois de um certo tempo eu me cansei e fui deitar-me no deck, mais próximo ao barranco, onde a água ficava mansa e mais fresca por causa da sombra. Ali eu me acomodei ao lado de uma tábua quebrada e por entre o vão das ripas, fiquei observando umas bolhas que vinham à tona. Depois de uns momentos, eu peguei um pedaço de linha com anzol, coloquei espetado na ponta um grão de milho, e segurando a linha apenas enrolada na ponta do dedo, mergulhei o anzol naquelas bolhas que vinham de debaixo do deck de madeira em que eu deitara. Dá para imaginar a cena?

Pois acreditem-me, não é história de filho de pescador não, viu? Eu comecei a pegar um peixe chamado Piau, um atrás do outro. As vezes pegava uns Lambaris, e outro maiorzinho que nem sei o nome. Peguei um balde e fui enchendo-o daqueles peixes. Observei que meu pai e os outros pescadores continuavam com seus baldes quase vazios, mas estavam empolgados com a pesca, ou quem sabe com a aula de natação para minhocas que eles estavam dando. Fato é que proseavam mais que pescavam, viu?

Apesar de toda experiência, de toda aquela tralha especial de pesca e de terem "cevado" previamente o pesqueiro, quem estava pegando peixes era eu. Embora não fizesse aquilo com diligência e competência, os peixinhos foram com a minha cara e me deram maior mole, né não?

Foi aquela surpresa no final da tarde quando todos recolheram suas tralhas e baldes e viram o meu balde cheio, quase transbordado de peixes. Aquele dia o pescador fui eu.

Sabe, eu não quis contar isso a toa não. Usei dessa recordação/história para dizer que mesmo que a gente não seja o melhor, o mais inteligente, o mais forte, o mais capacitado, o mais experiente e habilidoso... ainda assim, podemos ser usados de modo eficiente dentro de um propósito maior e do qual nem sequer temos completa compreensão.

"Ora, depois que João foi entregue, veio Jesus para a Galiléia pregando o evangelho de Deus e dizendo: O tempo está cumprido, e é chegado o reino de Deus. Arrependei-vos, e crede no evangelho. E, andando junto do mar da Galiléia, viu a Simão, e a André, irmão de Simão, os quais lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. Disse-lhes Jesus: Vinde após mim, e eu farei que vos torneis pescadores de homens. Então eles, deixando imediatamente as suas redes, o seguiram." (Evangelho de Marcos 1:14-18)

Aqueles homens foram convocados para algo que não tinham conhecimento. Eles não tiveram tempo algum para irem e se prepararem para aquela missão proposta pelo Mestre. Não tiveram tempo de procurarem uma escola para evangelistas, um curso rápido de teologia, muito menos então um seminário. Eles eram homens despreparados, simples, sem cultura doutrinária, mas o SENHOR os chamou para a obra de pescar gente. Ele usou e continua usando as coisas pequenas e loucas deste mundo para confundir os grandes, intelectuais e sábios. ELE poderia usar os seus Anjos para fazerem a obra, mas escolheu a gente para levar sua mensagem de salvação para gente como a gente.

Assim como existe "peixinhos" esfomeados que se lançam a qualquer comida oferecida, há "gente" como fome e sede de DEUS. DEUS tem preparado essa gente esfomeada da Sua presença e as lançado no colo dos pescadores de gente. Independentemente da sua experiência ou até sua incompetência, pois ELE é quem faz a sua própria obra. Só precisamos fazer como aqueles pescadores diante do chamado de Jesus: Segui-lo sem pestanejar.

Dou graças ao meu DEUS porque não sendo o que ELE gostaria que eu fosse a partir do modelo de Seu Filho Jesus, Ele é capaz de usar minha vida sem recurso algum, para que a Sua obra e Reino sejam expandidos também para essa geração do final dos tempos. Glória a DEUS!

E nesse ponto alguém ai poderia se questionar: "Mas por que eu devo falar sobre o arrependimento para a salvação das pessoas?" Sim, se você não se perguntou mas ouviu essa pergunta de outras pessoas, eu lhe digo que Jesus também já a respondeu: "Se estes se calarem, as pedras clamarão!" Assim, se depender de mim, as "pedras" vão continuar mudas, viu? Seja um Pescador de Gente, e boa Pescaria.

Assim como os campos estão prontos para a colheita, estão os rios, lagos e mares "cevados" para a Grande Pesca. Estamos todos convidados. Você vai, não vai, hein?

O SENHOR FAÇA TRANSBORDAR EM GRAÇA O SEU VIVER.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

ENQUANTO NÃO SE PERDER O ENCANTO

Existe de fato um tempo mágico, um período da nossa existência que é puro encantamento. Uma época de muitos sonhos, descobertas, experimentações e sem dúvida alguma, muitas fantasias: A adolescência.

Há também nessa idade, uma falta de sintonia entre gerações que historicamente tem gerado muitos conflitos. Todos nós já passamos por isso de um lado e do outro, não é mesmo? Não é lá muito tranquilo quando se está dentro desse conflito, mas como tudo mais, passa, né?

Quando a gente está do lado efervescente da mocidade, é muito difícil entender os motivos de alguns "Nãos" que os adultos usam conosco, com ou sem argumentos.
Receber algum tipo de Não, não é mesmo bem recebido para quem está pulsante de curiosidade e por descobertas. Dificilmente a gente quando jovem se impressiona pelos motivos dos mais velhos, quando estes nos dizem que é para nos preservar e nos poupar dos perigos do mundo. Papo de véio, né não?

Quando se é tão jovem, queremos ter as nossas próprias experiências. Fazer do nosso jeito, não importando se vai dar certo ou vai dar errado, pois temos energia explodindo dentro da gente, e assim, podemos contornar, pular, ultrapassar, modificar algo que dê errado. Tolices da mocidade.

Existem experiências que foram um fracasso total, e outras que foram muito bem-sucedidas. Ambas estão aí, disponíveis aos montes, para ajudar, para orientar-nos a não cometê-los outra vez. Estão registrados na história da humanidade, dos que vieram antes de nós e que construíram a sociedade que vivemos agora. Somos muito arrogantes quando desprezamos esse conhecimento vasto e rico, e consideramos apenas a nossa vontade, o nosso desejo adolescente.

Facilmente nos esquecemos de que graças aos experientes que fizeram tudo anteriormente nós podemos desfrutar de todos os avanços, conquistas, descobertas, agora no presente.

Eles construíram a partir de outras gerações e assim sucessivamente. Ou seja, nós não criamos nada hoje, apenas podemos melhorar o que já foi criado antes pelos antigos, tal como nossos pais fizeram de si próprios em nós.

Percebemos, entretanto, que a fragilidade das últimas gerações de pais, têm enfraquecido, por conseguinte as novas gerações. Não se conseguiu ensinar sobre os freios morais e limites comportamentais que tornaram as gerações posteriores transgressoras dos parâmetros legais.

Pena, sim, que pena.

Nossos jovens perderam o respeito pela ordem, se riem da hierarquia; não possuem admiração pelos pais e pelos educadores; não aprenderam o temor a DEUS e sequer o medo das consequências disso. Querem viver com liberdade total, e ter autoridade para fazer o que vier na cabeça sem pensar nas responsabilidades que agir assim poderá lhe trazer. Espelham-se em personagens, figuras inventadas pela mídia e desprezam as regras do jogo da vida.

Por outro lado, nós "os antigos" já descobrimos a duras penas que esse jogo é como máquinas de caça-níquel que estão preparadas para perdermos se nelas empregarmos nossas energias e esperanças.

Acredite nisso: Você não tem a menor chance de ganhar do mundo, pois ele está desde sempre preparado para derrotá-lo, viu?

O sábio antigo escreveu em suas reflexões da velhice algo que eu estou tentando dizer aqui sem querer parecer pretensioso com isso.

"Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo. Afasta, pois, do teu coração o desgosto, remove da tua carne o mal; porque a mocidade e a aurora da vida são vaidade."

Aqui há uma recomendação importante para todos nós, jovens de ontem e de hoje. A Liberdade de escolha implicará automaticamente na aceitação das consequências. Portanto, cuidado com as escolhas, tá bom?

"Manda estas coisas e ensina-as. Ninguém despreze a tua mocidade, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza."

Sim, se atendermos a instrução e o ensino, sempre haverá em nós o frescor da mocidade. Enquanto não se perder o encanto.

terça-feira, 12 de abril de 2011

QUEM CANTA SEUS MALES ESPANTA


"Quem canta seus males espanta."


"AO REI DOS REIS CONSAGRO, TUDO O QUE SOU; DE GRATOS LOUVORES TRANSBORDA O MEU CORAÇÃO".


Esse ditado popular que intitula esse texto não é apenas folclórico como se pode imaginar a princípio. Na experiência espiritual, o cantar faz parte de uma lista de ações que estimulam a fé, dá alívio, espanta temores, alimenta a esperança, apazigua inquietudes, e até mesmo pode ter ação terapêutica sobre pressões emocionais. Cantar é um santo remédio, podes crer.


Esse louvor que me refiro no começinho, é um dos que mais gosto e que vivo cantarolando enquanto tenho atividades corriqueiras. Sem perceber, fico repetindo-o como uma vitrola quebrada, do começo ao fim e aos poucos, essa ação terapêutica começa a agir em minha mente, sensibilizando o meu coração com a mensagem nele contida. Você tem esse hábito também, hein?


"A MINHA VIDA EU ENTREGO NAS TUAS MÃOS MEU SENHOR, PRÁ TE ADORAR COM TODO O MEU AMOR."


Me lembro de que quando jovem, participei da equipe do Acampamento Palavra da Vida em Atibaia-SP. O Acampamento fica em uma região montanhosa afastada, mais ou menos uns 5km. da Rodovia Fernão Dias, já no município de Atibaia. O ônibus nos deixava na pista e tínhamos que caminhar pelo meio do mato até lá. Algumas moradias aqui e ali lançavam alguma claridade ao caminho, mas o luar era a nossa principal iluminação e orientação naquela estrada.


Uma vez eu me atrasei e tive que ir sozinho em outro ônibus e então fiz aquele trecho sozinho a noite. O som do cascalho ao ser pisado por mim, fazia um barulho que ecoava no meio da mata e dava a impressão de que alguém me seguia. Eu parava de repente e o medo me fazia continuar escutando passos atrás de mim. Subia um arrepio pela coluna e eriçava os cabelos da nuca.


Uma sensação de pavor parecia querer se instalar em minha mente, e o coração espancava o peito quase a saltar pela boca. Nesse instante, timidamente a princípio e aumentando aos poucos, minha voz começava a entoar esse cântico. Logo, quase aos berros, eu cantava para Deus e para os anjos ouvirem. Claro que se alguém me visse, diria que eu estava surtado, mas acredito que somente os do "invisível" viram essa cena. Assim, cheio de coragem, após dominado o medo, consegui chegar ao vale do acampamento com as calças e a dignidade intactas. Entendeu, né?


"EU TE LOUVAREI CONFORME A TUA JUSTIÇA, E CANTAREI LOUVORES POIS TU ÉS ALTÍSSIMO!"


É muito bom cantar, e melhor ainda louvar a DEUS com cânticos espirituais. Eu não sei se há alguma comprovação científica sobre isso, mas para que, né? O fato é que funciona em mim, e vai funcionar para ti também.


"CELEBRAREI A TI Ó DEUS COM O MEU VIVER; CANTAREI E CONTAREI AS TUAS OBRAS; POIS POR TUAS MÃOS FORAM CRIADOS, TERRA CÉU E MAR, E TODO SER QUE NELES HÁ."


A mim também parece que cantar hinos de louvor ao SENHOR, é uma expressão da união entre o homem e Deus. Uma forma de mostrar gratidão, submissão, confiança, alegria e esperança, entre outras demonstrações e ações de graça que nosso DEUS merece, pois é digno de receber...


"TODA A TERRA CELEBRA A TI, UM CÂNTICO DE JÚBILO, POIS TU ÉS O DEUS CRIADOR."


A boa música tem de fato esse mérito e traz benefícios a quem canta tanto nas horas de grande alegria, como nas de profunda tristeza, animando os corações como um bálsamo suave e curador. Louvar a DEUS é uma forma também de engrandecer, enaltecer o nosso Salvador, pois Ele é merecedor do melhor louvor da nossa parte: A adoração em Amor.


"A HONRA; A GLÓRIA; A FORÇA E O PODER, AO REI, JESUS. E O LOUVOR, AO REI JESUS!"


Conheço muitos irmãos na fé, que cantam tanto, mas tanto, que parece ter entrado na fila de distribuição dos dons, umas trinta vezes, viu? É de fato um dom divino. Uma graça maravilhosa que DEUS abençoa as pessoas com o único propósito de ser adorado com ele. Eu não fui lá muito guloso e não entrei na fila dos dons musicais, mas como atrevido que sou, dou lá minhas "cassetadas" para agradecer ao Rei dos Reis, JESUS. Afinal de contas, ELE é digno de receber o melhor do nosso amor e louvor, não é mesmo? Consagremos nossa voz e nosso viver a DEUS, que é quem nos guarda, cura e liberta. Aleluia!


O SENHOR faça transbordar em Graça o seu viver.

quinta-feira, 31 de março de 2011

CONTRA FATOS HÁ ARGUMENTO SIM!


"Contra fatos não há argumentos?"


Sabe, na minha maneira de ver as coisas agora, meso os fatos que nos apresentam, podem ser relativos tanto quanto a verdade de cada um o pode ser.


Há pessoas que se limitam aos fatos, ao que se conhece sobre aquilo que se pode ver, mas que podem todavia não suportar a uma investigação profunda, para além daquilo que se imagina ter sido visto.


Por exemplo: Existem muitas histórias de pessoas que foram indiciadas, julgadas, condenadas e executadas até, pela exposição dos fatos que eram contra elas. A sequência da história contudo, em muitos desses casos, com o tempo e a investigação, trouxe a tona uma verdade que não se apresentava na cena, na coleta dos fatos.

Muitos erros judiciais até viraram filmes e acabaram revelando que mesmo os fatos podem ser contestados/confrontados pela verdade. Nesses casos entretanto, não se pode alterar os fatos e tampouco negar o fato de que se cometeu uma injustiça terrível. Os fatos podem limitar o julgamento que fazemos, mas a Verdade é que nos liberta de fato, dos fatos.


Assim, modestamente, eu me atreveria a dizer que Fatos não são verdades absolutas, mas uma interpretação daquilo que se pode ver. Todavia, o que se pode ver e desse modo ter-se como verdade, depende do ponto de vista de quem vê. Complicado?


Recentemente li em um livro que me presentearam, uma ilustração muito interessante que pode lançar um pouco de luz ao que quero dizer. Conta-se em uma "antiga história a respeito de três cegos que encontraram um elefante. Quando lhes foi pedido que descrevessem o animal, cada um disse uma coisa diferente. Um afirmou que o elefante era como uma grande mangueira; o segundo, que ele parecia um cabo de vassoura; e o terceiro, que ele se assemelhava ao tronco de uma árvore. Cada um descreveu o animal a partir da sua perspectiva. Nenhum deles estava certo ou errado; todos estavam expondo o seu ponto de vista pessoal. Assim o autor do livro faz uma afirmação que merece ser considerada diante dessa ilustração interessante.


"Somos humildes quando percebemos que somos como os cegos, limitados na nossa capacidade de perceber as coisas que estão bem diante de nós." (Mark Baker no livro: JESUS, O maior psicólogo que já existiu.)


Evidentemente, considerar então que é verdade absoluta aquilo que percebemos a partir do nosso ponto de vista, da nossa perspectiva da vida e da lida passa a ser arrogância até.

Agindo assim, estamos desrespeitando o ponto de vista do outro em sua verdade, que como a minha própria, é relativa. Nossas verdades não representam a totalidade dos fatos, apenas a interpretação que fazemos com o que sabemos deles.

E isso não quer dizer que não aja uma verdade absoluta, pois há ("Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;" João 14:6), nós é que a conhecemos apenas em parte. Talvez por isso todo aquele que CRÊ se aproxima melhor da verdade do que aquele que apenas SABE sobre ela.


Crer não necessita sequer dos fatos, das provas para ter-se por verdade e segui-la. Aquele todavia que precisa das provas e dos fatos para então aceitar, terá extrema dificuldade para seguir a verdade que somente é percebida na perspectiva da fé. Crer pela fé no entanto, não dispensa o conhecimento dos fatos, mas ao contrário, dá qualidade a essa fé. Conhecer e prosseguir em conhecer o motivo daquilo que se cre pela fé, capacita o que crê, estabelece a confiança e cria um relacionamento com o motivo da sua fé. JESUS é o motivo da minha fé.


Eu creio na sua verdade e com toda a convicção que me é possível ter, quero conhecê-lo mais, e prosseguir em conhecê-lo cada vez melhor. Jesus não convenceu-me pelos fatos históricos, mas Ele me atraiu gentilmente pelo que fez por mim antes mesmo de eu existir. Pela cruz, Jesus me atraiu para si, e é desse ponto de vista que eu posso enxergar a vida. É também sob a perspectiva da cruz de Cristo que podemos caminhar pela fé em direção a Esperança apesar dos fatos. Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim". Sim, esse é o argumento que muda os fatos que pesam sobre nós, e altera a condenação. Aliás, Jesus sobre isso afirmou que "Não veio para condenar o mundo, mas veio para que o mundo fosse salvo por Ele."


Não permita que suas próprias verdades ou de quem quer que seja o condenem e limitem sua crença em seu potencial; em sonhos maiúsculos; nas pessoas que te cercam de amizade e te querem bem. Não permita que te roubem a fé, diminua sua esperança e tampouco esfriem o amor. Não se autocondene pelos fatos da sua história que não pode mudar, mas perdoe-se e viva. Aceita o perdão de Jesus e viva para sempre.


"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." (Rm. 8:1)


O Senhor faça transbordar em Graça o nosso viver.

segunda-feira, 28 de março de 2011

EMBRULHOS DE PRESENTE


Há pouco tempo, minha esposa e eu escolhíamos um presente para uma pessoa querida. Era o aniversário dela e para não dizer sua idade, vou apenas ilustrar com um bolo cheio de velinhas, tá? Pegaram a ideia, hein?


Inicialmente tínhamos algumas alternativas, mas acabamos decidindo por uma coisa diferente daqueles presentes tradicionais que sempre damos e recebemos, depois que chegamos na maturidade. Compramos uma boneca de pano enorme, depois de virar algumas lojas especializadas dos shoppinges da cidade. "Será que ela vai gostar?" Perguntou minha esposa. "Tenho certeza que vai gostar da surpresa." Respondi convicto que ela gostaria. Além de inusitado para a ocasião, tinha muitos significados entre elas.


Bom... tarefa cumprida, né? Vocês que pensam! Então começou a procura de um "embrulho" que coubesse e valorizasse o presente. Sabem, essa situação me fez recordar de quando mais moço... (Que que é? Já fui mais moço sim, viu!) A gente costumava embrulhar os presentes com muitas caixas. Começava com uma grandona, que dava a impressão de ser um presentão, e depois, uma a uma, caixas menores e menores, uma dentro da outra, até chegar em uma pequenininha onde enfim estava o tão escondido presentinho. O que? Vocês nunca fizeram isso na vida não, hein?


A brincadeira, além de esconder do presenteado o formato e o valor do conteúdo, ainda causava a expectativa de que era muito legal para se ter tamanho trabalho, considerando o embrulho, é claro. Muitas eram as surpresas. Umas boas e outras frustrantes. A gente olhava para aqueles embrulhos caprichados, cheios de papeis coloridos, laços, fitas, penduricalhos presos por todos os lados; um embrulho mais bonito que o outro, e no final, o conteúdo... outro par de meias pretas. Fala sério! Frustrante, né não? Isso enfraquece a amizade, viu!


Dessas toscas memórias eu já emendo com uma reflexão rápida que a situação provoca. Sabe, ao longo de toda a nossa vida, nos oferecerão muitos "embrulhos" de presente. Nos nossos aniversários e na maior parte, entre eles. Muitos virão cheios de adornos incríveis por fora, mas poderão ocultar um conteúdo desagradável, que frustrará nossas melhores expectativas. Muitos "embrulhos" poderão representar pessoas que virão em algum momento de alegria, e outras que virão em momento de tristeza e até abandono.


De uma maneira ou de outra, nós não poderemos nunca nos basear na formosa aparência do "embrulho" para acreditar que o conteúdo, sua alma e intenções do seu espírito, é tão formoso quanto a embalagem, o "embrulho". Afinal de contas: "Quem vê cara, não vê coração." Aliás, como dizia minha avó Ninita: "Por fora... bela viola; por dentro... pão bolorento."


Muita gente hoje, jovens apressados, e maduros menos cuidadosos, são "presas" fáceis dessa avaliação superficial e impulsionadas por essas impressões, se apressam a descascar o primeiro "embrulho" bonito que lhes aparece. Muitas almas tem se frustrado e se machucado com esse descuido e precipitada avaliação. Gente até que assume compromissos sérios e relacionamentos afetivos, baseados na virtualidade da Internet.


O computador, nesses milhares de casos, tem sido um belo "embrulho" para machucar corações carentes e ávidos de afeto e companhia. É um perigo! Para mim, tanto quanto para muitos que creem como eu, a Palavra de DEUS é a melhor fonte de orientação para esse e qualquer outro tipo de decisão que se queira tomar. Nela está a Sabedoria do Alto que pela leitura e pela fé, podemos nos poupar de metermos a mão e a alma, em "embrulhos" de engano.


Da Bíblia, o apóstolo Paulo, em sua carta aos Hebreus, afirma com toda inspiração do Espírito:


"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de" prestar contas. (Hb. 4:12-13)


Que a gente não se impressione nunca pela beleza do "embrulho" e que tenhamos a sábia e saudável compulsão de buscar orientação em quem pode revelar-nos as intenções e o conteúdo do "presente" escondido pela embalagem. Consulte a Palavra, ore e espere a resposta, tá bom?


Alerta feito, deixa eu voltar ao nosso presente, tá? Foi um sucesso total quando a aniversariante, abriu o embrulho do seu presente, e vendo aquela boneca enorme de trancinhas, disse emocionada: "ADOREI!"


Yes!!! Na mosca!!! O SENHOR faça transbordar em Graça o seu "embrulho" também.

sábado, 19 de março de 2011

DO NASCENTE AO POENTE


A Necessidade nos assemelha; a Solidariedade nos aproxima; mas é o Amor que nos une.

A Calamidade nivela a todos pela parte inferior. Ela retira os privilégios, as diferenças e indiferenças e coloca a todos na mesma cruel condição: A da Fragilidade da vida humana sobre a face nua e crua da terra.

Ela nos põe frente a frente com o inevitável e nos confronta com os horrores da impotência dos seres humanos para impedi-la de vir quando quer, sem aviso prévio , sem pedir licença. Devastadora.

Ela também é diferente da tragédia anunciada onde quase sempre, há ação dolosa ou culposa do homem.

A Catástrofe é a ação descomunal e destrutiva das forças naturais, agindo sem freios sobre si mesma, em intervalos de tempo que ninguém pode prever ou controlar sua vinda e sua intensidade.

Ela não respeita os limites da pobreza ou da riqueza que separa os povos e nações em continentes tão distantes.

Seus efeitos podem ser vistos com perplexidade desde o Nascente ao Poente.

Ela, por si só, é capaz de retirar do seu caminho escolhido, toda intervenção humana por mais simples, frágil ou complexa e sólida que nos pareçam ser as obras das nossas mãos. Tudo o que construímos para nós e para as próximas gerações é poeira e lama no rastro de sua passagem.

Diante dela, todo o esforço humano é nulo. Depois dela, todo esforço é pouco, porém Benvindo.

Não podemos deter tamanha força com nenhum recurso humano conhecido, mas podemos usar todos os recursos disponíveis para ajudar as vítimas a reconstruírem suas vidas.

Vindo ou indo pessoalmente; contribuindo com quem foi ou orando por quem lá está. Encontraremos uma maneira de direcionar um deles ou todos eles para auxiliar e minimizar os efeitos da calamidade sobre nossos irmãos.

OREMOS PELO JAPÃO. NÃO ESQUEÇAMOS DO HAITI E TÃO POUCO DOS NOSSOS SOFRIDOS DAQUI.

"O SENHOR faça transbordar em Graça o seu viver."

quinta-feira, 17 de março de 2011

CAMINHÃO-DE-MUDANÇAS

"Só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir. Nem mesmo o nosso corpo nos pertence."

Outro dia me lembrava de uma frase que ouvi em um sermão que era mais ou menos assim: "Ninguém já viu um caminhão de mudanças seguindo um enterro."

Isso se referia ao fato de que viemos ao mundo nus, e que sairemos dele do mesmo jeito. Nada levaremos do que aqui nos pareceu ser tão indispensável, tão necessário.

Eu então me recordei de que tive uma vida quase nômade. Filho de pastor evangelista e depois ordenado e eleito pela comunidade. A gente passou a vida inteira trocando de casa, mudando de cidade e de estado de tempos em tempos.

Parecia que parte da mudança já ficava pronta para partir. Depois de anos que havia me "desgarrado" da familia e ficado para trás em uma dessas mudanças, eu mesmo passei por uma em especial que vou compartilhar com vocês aqui.

Havíamos nos mudado no começo do ano para a cidade onde morava toda a minha família, após 23 anos daquela "desgarrada" que mencionei antes.

Tentávamos, além da mudança de ares, emprego para nos estabelecermos em Goiás. A cidade onde morava minha familia, vivia naqueles anos, uma "bolha" de progresso devido a instalação de indústrias novas e com isso, a expansão do emprego/trabalho na região, ao contrário da retração que acontecia na minha região de origem.

Enchemos um caminhão baú com toda nossa mudança, que incluía toda a mobília, eletroeletrônicos, utensílios domésticos, roupas e quinquilharias que ainda existiam do meu primeiro casamento.

Mandamos tudo na frente e viajamos de carro emprestado, por mais de 1000 quilômetros, levando no carro, um casal de "Weimaranners" adultos (Acho que é assim que se escreve o nome da raça).

Digo tudo isso para se ter ideia do "caminhão de mudanças" que carregávamos na ida.

Fomos cheios de expectativas para uma vida nova, em um ambiente novo e perto de pessoas amadas que muito desejaram essa nossa chegada.

Alguns dos motivos pelos quais nossa estada por lá foi frustrada, já contei aqui mesmo no 'blog' ao longo de 5 anos de publicações. Se você não tiver mais nada prá fazer nos próximos meses, dê uma lida, tá bom?

Continuando: Menos de um ano depois, tivemos que retornar, e então, não havia mais o lugar para voltar com a mudança. Havíamos vendido a nossa casa.

O jeito então foi botar toda nossa mudança, toda mesmo, à venda. Tudo o que tínhamos e tudo o que conseguimos depois, foi deixado para trás.

Vendemos a preço de banana na hora da "xepa" a maioria dos móveis, equipamentos e eletrodomésticos, algumas roupas e utensílios, e fizemos uma doação generosa para nossos familiares e amigos.

Tivemos ainda que deixar nossos cachorros, o casal e mais 9 filhotes, que vendemos ou doamos para amigos. Aqui faço um aparte para imaginar que se depois de 7 anos, se eles estiverem vivos, será que nos reconheceriam ainda, hein? Quem sabe, né?

Na última noite antes de iniciar a viagem, dormimos em um colchonete no meio da sala vazia, na companhia inesperada de uma gatinha branca de rabo quebrado que entrou pela janela e dormiu ao nosso lado.

Nossa partida foi de surpresa para a nossa família. Saímos de madrugada para não ter que despedir novamente de todos. Praticamente fugimos dessa despedida tão difícil e dolorosa.

Em um carro pequeno que conseguimos adquirir, colocamos alguns sacos com roupas; acomodamos uma TV 29'' e alguns álbuns de fotografia. Minha esposa, que nunca havia dirigido em estrada, e mesmo na cidade por mais de meia hora, foi a motorista nessa viagem maluca, por mais de 14 horas, atravessando 3 estados. Eu já não conseguia mais dirigir por causa da visão que piorara muito naqueles poucos meses.

Tudo isso que compartilho com vocês agora, é apenas para dizer que nada do que deixamos da mudança para trás nos fez falta, mas ao contrário, nos permitiu uma nova etapa da vida com mais leveza e até mesmo mais simplicidade.

Em termos de vida vivida, o que ficou para trás era excesso de bagagem. O que no entanto, continuamos carregando em nossos corações, em nossas memórias são as lembranças dos nossos queridos, as experiências que edificaram nossas existências, as emoções vividas e uma consciência serena de que fizemos o melhor que estava ao nosso alcance para fazer.

Aprendemos ainda, com essa experiência toda, a nos desapegar das coisas que podem ser carregadas em um caminhão de mudanças, mas não podem ultrapassar os limites dessa vida.

Aprendemos a valorizar o que tem valor e a investir naquilo que nem a traça, o ladrão e o tempo, podem roubar de nós: A fé, a esperança e o amor.

Aprendemos que tudo que nós conseguimos com o trabalho e nosso suor aqui nessa terra, está a venda e pode ser comprado e depois vendido, doado, ou mesmo abandonado, mas nossas emoções experimentadas, e sentimentos vividos, nem sequer podem ser emprestados. Isso é o que realmente somos e portanto, permanecerá conosco para sempre.

Temos aprendido também, que ainda temos muito o que aprender nessa e em muitas outras áreas. Humildemente sabemos que se todo o resto que pode ser carregado no "caminhão de mudanças" nos faltar, o SENHOR DEUS em quem investimos nosso ser e procuramos honrar com nosso viver, jamais nos faltará. Ele é o nosso Tesouro Eterno.

"Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração." (Mt. 6:19-21)

Nesses tempos de perplexidade diante das catástrofes naturais que vitimam cidades inteiras e arrasam países de lá e de cá; independentemente se pobres ou ricos.

Apesar da dor e do sofrimento que isso está causando, há que se fazer uma pausa para refletir: Onde estamos colocando o "nosso tesouro"? Lá onde não há dolo, não há choro nem ranger de dentes; não há pavor repentino. Lá onde nem a traça, nem a ferrugem, nem o ladrão, nem os poderes da natureza e nem mesmo a morte súbita pode nos tirar? Espero que sim.

Que o SENHOR seja também o seu Tesouro, viu?


OREMOS PELO JAPÃO!

sábado, 5 de março de 2011

FOFOCA


As pessoas, de modo deliberado ou não, uma vez ou outra, escorregam naquilo que mais condenam. Um desses escorregões extremamente chatos e que causam muitos aborrecimentos, desde os ambientes profissionais até familiares e pessoais, é o que popularmente conhecemos como Fofoca.

Falar da vida alheia é uma mania terrível e muitas vezes cruel, pois via de regra, retira a chance da pessoa alvo da Fofoca, a possibilidade de se defender ou dar a sua versão dos fatos.

Há muita gente fazendo uso desse recurso mesquinho, e até justificando essa mania que se tem de emitir "opinião segura" sobre aquilo que desconhecem, como se obrigatório fosse ter que fazê-lo sob pena de ser tomado por ignorante e desinformado.

Levianamente, emite-se opinião sobre tudo e fala-se sobre todos com uma desavergonhada firmeza de argumentos sem qualquer consistência, sem a preocupação se aquilo é mesmo fato ou boato, se é real ou outra mera versão.

Particularmente eu acho que a Fofoca é um recurso dos mesquinhos sem brilho próprio e dos preconceituosos desinformados. Aliás, para mim preconceito é o mesmo que se diz no popular sobre a inveja, se é que me entendes, né!

Porque como já disse, fofoqueiros, invejosos e preconceituosos, nunca se preocupam nem com as provas e menos ainda com as consequências dessa leviana mania de falar do que não sabe, do que não viu.

A essa altura, você poderia perguntar: "Mas por que essas pessoas agem assim, hein?"

Claro que seria melhor perguntar a elas, mas senão vejamos: Vida vazia e tediosa; inveja e cobiça; incompetência talvez. Quem sabe motivadas pela desinformação, ou pela falta de educação, ou ainda com a falta de caráter mesmo.

Seja lá o que for que as motiva a falarem da vida alheia como se fosse a sua própria, e da publica como da sua privada, é um pé-no-saco, né?

Eita! Pode não ser assim uma resposta gentil, mas será que não cheguei perto? O que você acha, hein?

Não dá para saber como e porque nasce um fuxico, um mexerico, uma Fofoca. Sabemos todavia, que ela não é inofensiva nunca, muito pelo contrário, há muita má intenção embutida na Fofoca, na maledicência.

O fofoqueiro se outorga o direito de fazer juízo sem conhecimento, condenar sem provas e se executar sem compaixão, tomado de um poder que não existe de verdade, mas que essa prática parece-lhe dar sem ter que prestar contas por nada e para ninguém.

Sim, porque lança no ar como suspeita, como novidade, para provocar o falatório e depois apreciar o estrago que ele produziu para se divertir ou se dar bem.

Por sua vez, cada um que dá crédito e espalha, costuma aumentar no conto um ponto, ampliando o falso e o estrago também. Como um rastilho de pólvora, a continuidade da propagação acabará arrasando carreiras, relacionamentos e até interrompendo vidas.

Não dê ouvidos a Fofoca e não propague-a também.

Caramba! Pareço furioso? Pois não estou. É bom que se diga logo antes que alguém que nem lê meu 'blog' saia por aí fofocando a meu respeito, né?

Como costumo dizer aos amigos que me conhecem e conhecem muito bem o que penso, creio, e as motivações para viver como vivo: "Já passei da idade e do peso para me descabelar por causa das fofocas que criam sobre mim."

Afinal de contas, quem é que aí não foi alvo de uma Fofoca retumbante?

Quem sabe uma fofoquinha "ingênua" então?

Alguém escapou ileso até agora, hein?

Sortudo!

Opa! Você não é "o tal" não, né? Tô de olho em você, viu!

Fica esperto. Tome cuidado com aquelas pessoas que se aproximam de você para contar uma Fofoca. Quem fala de alguém para você, vai falar de você para alguém.

Presta atenção naquela conversinha daqueles que chegam perto e em tom de segredo disparam: "Você ficou sabendo?"

Essa é clássica, daquelas que acontecem pelos corredores dos escritórios, na pausa do cafezinho e até mesmo nos banheiros das repartições. Lá vem uma Fofoca pesada.

Fuja dela! Não seja um espalhador de boatos, pois Fofoca é mesquinharia e depõe contra você!

Acredite: Ninguém vai ficar impune do que disse, tanto como não vai ficar imune ao que dele se falará.

quarta-feira, 2 de março de 2011

POR FORA E POR DENTRO


"porque andamos por fé, e não por vista)" II Coríntios 5:7

Não é a primeira vez que acontece, e espero que não seja nunca a última.

Falo de que se repetiu agora, bem recente, o que acontece sempre que vou ao consultório dos meus médicos antigos, aqueles que não me veem já há algum tempo.

Percebe-se na conversa uma certa surpresa em me ver vivo, andando e falante como sempre. Muitos deles tem a lembrança de um homem encolhido, fincado em uma cadeira de rodas, magro, amarelo, com os cabelos ralos e com olhar agonizante, que entrava empurrado em seus consultórios há poucos anos.

Alguns até já não tinham lá muita expectativa de me verem melhor como hoje estou, e simplesmente ficam felizes, tanto quanto surpresos, ao me verem bem agora.

No caso mais recente, minha esposa me disse que o médico estava bem envelhecido e com os cabelos, além de brancos, um tanto quanto ralos.

Parecia que o tempo judiara mais dele do que de mim, não soubesse ela de onde DEUS havia me arrancado.

Ele ficou muito contente de verdade, pois fora um daqueles que desenhara um breve final para minha existência, em função do quadro em que me vira antes do meu transplante, durante o período das sessões de hemodiálise. Eu tava mesmo no bico do corvo, viu?

Ele estava ali com duas estagiárias no seu consultório, uma das quais, sua própria filha. Ele fez questão de recordar para ela, aqueles tempos atrás que já descrevi aqui.

Brincando ele perguntou-me qual era a marca da tintura que eu usava no cabelo. Sempre brincou com isso por causa de eu não ter cabelos brancos e a cabeleira estar inteira, apesar dos 5.3 décadas rodadas. Mas isso eu não conto nem sob tortura, viu!

Digo sempre que DEUS foi e tem sido muito bom para comigo. Me fez passar por alguns vales, desertos, e até cair em cavernas sombrias, onde não arredou o pé de estar comigo.

Eu sei bem, aliás, muito bem de onde o SENHOR me tirou e sei que há ainda muitos outros que não podendo evitar a entrada, confio que ELE providenciará minha saída mais uma vez.

Espero surpreender meus médicos, meus amigos e quem sabe, algum inimigo desconhecido por muito tempo ainda, pois a despeito de pelo lado de fora, apresentar o peso e a aparência dos anos, pelo lado de dentro eu tenho sido nutrido, vivificado, rejuvenescido, pelo amor, pela fé e pela esperança nesse DEUS que me colocou à prova, mas também me socorreu quando eu não podia mais aguentar.

Sim, DEUS nunca foi além das minhas possibilidades, e nunca foi além disso com ninguém. DEUS põe à prova ao que ama, e eu sei disso muito bem.

Tem sido assim comigo, e com muitos que ELE provou, afligiu, e depois restaurou. Tornamo-nos mais fortes pela força que ELE desenvolveu em nós na tribulação.

Não tenho pretensão de ficar para semente, pois até agora pelo menos, não tenho semente de mim mesmo para deixar, todavia, enquanto DEUS me permitir, quero continuar surpreendendo a vida com a sobrevida que o SENHOR tem me dado.

Talvez seja isso que faça diferença na vida daqueles que são provados pelo Pai, que acaba diferenciando de outros que murmuram quando chega a primeira aflição.

A gratidão na alma faz a gente rejuvenescer com a experiência; se alegrar com o suficiente; ter esperança com aquilo que ainda não veio, e estar sempre pronto para receber o que DEUS mandar.

Assim, ter uma atitude agradecida e esperançosa, um comportamento afirmativo e bem-humorado também, parece ajudar em muito a manutenção da juventude na alma. Experimenta
prá ver, tá?

Claro que vamos envelhecer algum dia, né? Espero que demore bastante prá ti também, viu?

Sei entretanto, que é inevitável o aparecimento daquelas rugas na cara, uns cabelos brancos espalhados, as carnes flácidas pela cintura e coxas ou ainda, aquela calvície tardia, porém, espero que o meu interior, e o seu também, se renovem todos os dias, trazendo de volta os sabores, odores e valores da primeira infância da nossa eternidade, com graça e Plena Graça em Cristo Jesus. Aleluia!

"Pois tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. POR ISSO NÃO DESFALECEMOS; MAS AINDA QUE O NOSSO HOMEM EXTERIOR SE ESTEJA CONSUMINDO, O INTERIOR, CONTUDO, SE RENOVA DE DIA EM DIA. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4:15- 18)

O Senhor faça transbordar em Graça o seu viver!