terça-feira, 27 de dezembro de 2011

A REALIDADE DESSA VIDA PREPARA OS CIDADÃOS DA ETERNIDADE


"Deus não nos dá mais do que podemos suportar, mas ele nos conduz pelas aflições para queimar a escória de modo que apareça o ouro puro da fé." (Frank Dietz)

Tenho guardado no meu coração uma firme convicção de que estamos sendo refinados pelas labaredas dessa nossa vida.

Que as tribulações intermitentes, os percalços constantes, as intolerâncias frequentes, os sucessivos desvios de rota, as insuportáveis pressões ao nosso emocional, os inevitáveis desgastes físicos e tudo o mais nessa existência breve, são para forjar um caráter espiritual desejado pelo Criador. Nada tão místico quanto muitos gostariam que fosse, para apoiar suas versões e crenças, mas um recurso Divino para resgatar os cidadãos para o convívio o seu Reino Eterno.

Assim é que seremos aperfeiçoados na dureza da nossa própria jornada e lapidados na aspereza da peregrinação terrena até que nosso vigor se acabe, nosso viço se esgote e a nossa alma se renda a Deus que a deu.

Ainda existe no meu coração, no fundo dele, outra convicção de que haverá uma nova e definitiva experiência de vida na eternidade onde as qualidades, as virtudes desenvolvidas em nós, serão imprescindíveis para lá vivermos entre amados irmãos.

Aqui, no entanto, esbarramos o tempo todo com as nossas inúmeras fraquezas, e debilidades inerentes aos humanos. Por causa das nossas personalidades e temperamentos, somos limitados demais para receber o fardo leve e o jugo suave daquele que veio nos mostrar um Caminho novo, porém seguro para nos tornarmos cidadãos do seu Reino.

A maioria, no entanto, não está disposta, não acredita, não se submete, e procura alternativas mais leves, mais confortáveis. Encontra caminhos diversos, atalhos e veredas que parecem de fato, levarem a algum lugar bom, mas que ao final, são ciladas, armadilhas, caminhos de morte.

Como não há retornos, e o caminho é somente de ida, será tarde demais ao final, para se descobrir, que ao se tentar evitar o refinamento provocado pelas labaredas dessa vida, perdeu-se o caráter desejável para se ultrapassar as limitações que nos separam do Criador.

Portanto, não sejamos iludidos por qualquer outra pregação que afirme não ser necessário o refinamento pelo sofrimento. Que há negócios ou barganhas que possam ser feitas com o Altíssimo que garanta ausência de sofrimento. Porque todas as Escrituras, antigas e do Evangelho, na vigência da Aliança da Graça, não abrem espaço para que nenhuma ideia de que "a benção de Deus impede a calamidade". Porque tudo acontece a todos debaixo do sol de meu Deus!


Sim, pela genuína fé podemos entender além daquilo que se escreveu, do que se interpretou, daquilo para o qual fomos doutrinados na tenra infância. Pela fé que é dom de Deus, também podemos compreender os mistérios do Amor do Pai, que não poupou seu próprio Filho, mas antes o entregou por nós em sacrifício vivo e agradável aos olhos do Pai. E se nem a Ele o Senhor poupou por amor a nós, como não nos dará Nele todas as outras coisas?

Ele próprio nos disse que "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo!”.

Por crer nesse Deus de Amor ensandecido por sua criatura, é que tenho guardado no meu coração uma firme convicção de que estamos sendo refinados pelas labaredas dessa nossa vida terrena, e que a exemplo do próprio filho do homem, tornado O Cristo, seremos feitos como Ele, Cidadãos da Eternidade.

"Bem-aventurado o homem que suporta a provação; porque, depois de aprovado, receberá a coroa da vida, que o Senhor prometeu aos que o amam." (Tiago 1:12)

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