segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

NO TEMPO CERTO

Há sem dúvidas um tempo para tudo que existe debaixo do sol.

Há tempo certo para tudo acontecer.

O Tempo certo para que aconteçam as coisas que devem acontecer, vem exatamente, nunca antes, no tempo certo.

Quando, afinal de contas é esse tempo certo?

Ele acontece exatamente quando nossas energias para lutar contra o tempo, se esvaem das nossas mentes. Quando as nossas forças já não nos permitem esperar pela hora que acreditávamos já a muito, deveria ter chegado.

Quando os olhos que nos olham a aflição e as cabeças meneiam de um lado para o outro e a solidariedade não mais nos estende a mão.

Quando os recursos, as palavras, e até mesmo a esperança nos falta e o temor nos ameaça possuir a mente.

Quando as horas se arrastam penosas, o sol se demora para se deitar no horizonte e a noite parece não ter fim.


Quando o tédio consumiu todo espaço da nossa alegria e nosso ânimo se transformou em desalento.

Quando toda provação já nos parece insuportável e o peso das nossas dores nos esmagam todo vigor.

Quando apenas e tão somente, restar em nossos corações a Fé para romper as defesas e clamar por socorro, ainda que sem emitir um grito sequer.

Então. É chegada a hora certa, no tempo certo em que acontecerá o que tem que acontecer debaixo do sol.

Para alguns esse tempo parece vir antes.

Para muitos o tempo certo parece nunca chegar.

Mas, para todos, sem exceção, o tempo certo vem na hora certa.


Temos a ilusão de administrarmos o tempo. Entretanto, apenas contamos as horas que se somam entre os ponteiros de um relógio qualquer.

No nosso tempo, sequer podemos impedir a queda de um só fio de cabelo da nossa cabeça. Não conseguimos impedir o envelhecimento das nossas células do corpo. Não podemos prolongar a nossa hora mais do que o tempo certo que existe para cada um de nos. Não podemos.


Mas há quem pode fazer o tempo parar.

Alguém que pode fazer com que o sol acima da terra, recue alguns graus na sua rotina eterna.

Há um ser que domina sobre tudo. Que tem os fios de cabelo de nossas cabeças contados e nenhum deles cai sem seu conhecimento.

Há um DEUS que tem o controle do tempo certo e sobre todo tempo exerce o seu poder. Ele tem o seu trono nos céus dos céus e a terra como apoio dos seus pés.

Este DEUS que habita na eternidade, de cujo tempo não há contagem, tem também, em suas mãos, o nosso tempo certo e a hora marcada para cada um de nós.


O Tempo de prantear e o tempo de voltar a sorrir.

O Tempo do medo e o tempo da alegria.

O Tempo da dor e o tempo dos cânticos de louvor.

O Tempo da tribulação e o de absoluta paz.

O Tempo do ódio e ressentimento e do perdão e da reconciliação.

O Tempo de morte e o de ressurreição.


DEUS tem o tempo estabelecido para tudo e para todos debaixo do sol, e na sua hora, todo o tempo se cumpre. E isso é que é o tempo certo das coisas acontecerem. E o tempo certo, vem exatamente na hora certa. Na hora certa de DEUS.


Ao reconhecermos nossa incapacidade de manipularmos o nosso próprio tempo e nos submetermos ao tempo de DEUS, passamos a viver os nossos dias e contar as nossas horas de acordo com o tempo de DEUS. Assim, alcançamos corações sábios debaixo do sol.


É preciso muito mais que relógios, calendários e previsões para o que há de vir e acontecer neste ou em qualquer outro tempo. É necessário acreditar. É preciso ter fé naquele que prometeu socorro antes que nossas forças pudessem não mais suportar a vida.

É preciso andar por fé e não por vista... Pois a fé nos dá a certeza da esperança e a vista apenas a ansiedade por ver o tempo passar debaixo do sol.


Tenhamos fé e caminhemos na esperança de que a hora certa para tudo e todos, vai chegar exatamente no tempo certo. No tempo de DEUS.


SENHOR ensina-nos a contar as nossas horas, dias e tempos, de tal maneira que aprendamos a ter corações sábios. Instrua SENHOR a nossas almas a confiar no teu auxílio oportuno e no teu socorro bem presente no momento certo. Pois cremos que quando pensarmos não mais podemos suportar o peso e a aflição dos dias, a tua mão nos virá livrar a alma. Por favor, meu DEUS, livra-nos da incredulidade e do pavor repentino. Protege as nossas mentes e restaura o nosso vigor físico, para que nossa esperança seja restaurada e a nossa fé fortalecida.

SENHOR confiamos na tua providência e na interferência sobre as nossas vidas no tempo certo; no teu tempo SENHOR.

SENHOR, aos que não tem mais como suportar a tristeza, a dor, as aflições, a indiferença, a falta de amor, a perda das energias e a instalação da depressão; DEUS meu, em o nome do SENHOR JESUS, socorre com urgência as vidas e preserva nestes a esperança. Vem SENHOR, resgatar os oprimidos e aflitos e torna a dar-lhes a alegria da tua salvação. É hoje o que te pedimos, não por méritos, mas o fazemos em o nome do SENHOR JESUS. Amém!

sábado, 21 de fevereiro de 2009

COMO UM POTE DE BARRO



Havia um pote de barro que desde a sua modelagem original, fora feito para guardar água potável, água pura para matar a sede.


Durante muitos anos aquele utensílio de barro fora usado e cumprido sua função, servindo água fresca a tantos quantos a ele recorressem para aplacar sua sede.

Com o passar do tempo, por falta de cuidados e de manutenção, o pote de barro começou a acumular dentro de si, pequenos resíduos e impurezas que começaram a comprometer a qualidade da água armazenada nele.


Ainda que nele fosse colocado água pura sem detritos ou odores, os resíduos e as impurezas dos anos, que haviam impregnado as paredes internas do pote, acabavam sempre por estragar a água nova. Em pouco tempo, toda aquela água ficava contaminada com as impurezas e o seu sabor ficava estranho para quem o provava.


O pote de barro envelhecera. Acostumado em apenas cumprir a função para o qual fora modelado, deixara de produzir, emprestar qualidade ao servir aquela água nova que lhe era introduzida.


Tendo o oleiro que modelara o pote de barro, percebido que ainda que colocasse água nova, pura e fresca no pote velho, este não mais mantinha as qualidades para oferecer aos sedentos, o oleiro tomando o pote de barro, o quebrou em pedacinhos. O oleiro tomando consigo aqueles pedacinhos de barro sem forma, misturou os cacos com água e o amassando fortemente, transformou a mistura em massa de argila novamente.


Pegando aquela massa sem forma, colocou-a na roda e moldou um novo pote de barro.

Tendo tomado o novo pote de barro e enchido com água pura e fresca, observou satisfeito que ao servir do pote, aquela água fluía do seu interior, pura e fresca como originalmente fora nele colocada.


E viu o oleiro que o pote de barro novo estava agora em condições de receber no seu interior, água pura e fresca até transbordar.Somos nos, tal qual o pote de barro nas mãos do oleiro que é o SENHOR.


Fomos moldados á semelhança Dele, feitos para servir ao nosso semelhante. Feitos para matar a sede de tantos quantos sedentos de água fresca e pura, possam de nos se servirem. DEUS tem colocado em nosso interior, a sua Palavra. Ela é suficiente para aplacar a sede nossa e dos que nos rodeiam.


Quando as comodidades e o comodismo vão permeando nossas almas e os costumes e práticas autômatas da religiosidade nos tiram a essencialidade do nosso propósito, perdemos nossa função para a qual aviamos sido feitos.


Sim. Tomamos outra forma que não a originalmente tinha-mos e nos moldamos ao formato de um pote de barro velho e corrompido. O SENHOR porém, que é extremado em amor, nos "quebra" e através da sua misericórdia, nos molda outra vez para dar-nos a forma, o aspecto e o conteúdo que sirva aos propósitos eternos Dele. No entanto, duro é passar pela restauração do caráter de pote de barro fútil para novamente o de útil. O processo é doloroso. Todavia, o que é o pote de barro para perguntar ao oleiro, o porque foi feito assim?


O SENHOR tem seus propósitos eternos e onde todos os potes de barro, vasilhas e todo tipo de utensílios são para cumpri-los.


Assim também, não importa o formato do utensílio, sua aparência, material ou mesmo tamanho. Se é adornado, decorado com entalhes, revestido de materiais nobres ou preciosos. Se fundo ou rasos, se largos ou estreitos. Somos feitos utensílios, recipientes que possuem a capacidade de armazenar no interior, aquilo que o SENHOR quiser colocar, para que possamos suprirmos uns aos outros com as nossas vidas.

Proponho aqui e agora, para você que entende tanto a "parábola" quanto o contexto, a juntar-se comigo nessa breve oração.

SENHOR!
És o Oleiro e eu, teu pote de barro.
Limpa o meu interior e se for preciso, quebra-me e faz-me de novo.
Eu quero ser e conter em meu interior, a água viva que é o SENHOR.
Usa a minha pequena vida, tal qual o frágil pote de barro, mas que tem algo precioso dentro.
Torna-me cada dia útil como utensílio feito para servi-lo e servir ao meu próximo.
Obrigado SENHOR, porque ainda que sendo eu como um pote de barro sem valor, ao teu serviço quero estar. Transborda-me SENHOR.
Faz-me ser sempre um pote de barro novo, para que a água viva que é o SENHOR, possa fluir do meu interior para fora, e matar a sede do meu semelhante.
Em teu nome SENHOR. Amém!

Fez, hein? Olha só. De "pote" para "pote", me diga se também o fez, viu?

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

CARTA ABERTA A UM AMIGO FORA DE SÉRIE


Puxa vida meu amigo!

Incrível mesmo tudo isso. Relendo a tua biografia, fico cada vez mais apaixonado pela tua história e pela coragem e ousadia dos teus feitos, viu?

Sabe. Depois que soube pela primeira vez, de tudo que você fez, e pelas coisas que passou, fico cada vez mais orgulhoso por privar da tua amizade. Eu na verdade, quero te confessar aqui de público, tenho uma admiração incondicional por você. É verdade mesmo!

Tua vida é muito preciosa para mim. Tenho hoje, maior orgulho de dizer que me esforcei a vida inteira, para tentar imitar você em tudo. Essa força e determinação para realizar tudo o que foi planejado para tua vida. Essa sensibilidade incrível para com os problemas das outras pessoas. Esse jeitão carinhoso e caridoso de tocar as pessoas que te procuram. Tua disponibilidade sem preconceitos para dar do teu tempo e da tua atenção. Acho tudo fantástico e é o que me inspira.

Sabe. Tento administrar minha vida em conformidade com todas essas coisas que você diz. Sim... Tento né? Vejo que estou tão distante do que o teu caráter especial estabelece como padrão. Puxa! Bota distante nisso!

Queria poder agir como você agiu com aqueles que se diziam teus amigos e na hora "H", deram 'pista', vazaram, escafederam-se. Quando a coisa tava boa, tava todo mundo do teu lado, mas quando a 'coisa' ficou preta... Teve gente que negou até que era teu amigo, lembra?
Enquanto você pagava o almoço prá todo mundo, sem distinção, tinha um montão de pessoas que se diziam amigos. Mas quando você falava aquelas coisas que incomodavam as consciências e tocava no fundo das almas. Ah! Isso já incomodava muita gente, né mesmo? Ninguém gosta de ouvir umas verdades. Talvez seja porque a gente não saiba o que seja verdade mesmo. Verdade verdadeira que você colocava, e ainda hoje coloca, diante da gente e nos confronta com nossas fraquezas.

Mas sabe. São justamente essas palavras tão sábias e ao mesmo tempo desconcertantes, que me deixa cada vez mais impressionado. E não são palavras lançadas ao vento, que são sopradas e dissipadas, que depois ninguém mais se lembra. Que nada! Tuas palavras são sempre acompanhadas dessa atitude valente, essa autodeterminação fantástica que fazem com que você seja assim tão amado por todos que te conhecem, assim como eu tenho te conhecido.

Ninguém que tenha tido contato com a tua história de vida, consegue ficar impassível, ficar ' encima do muro ', não dá não viu? Você é mesmo um amigo fora de série! Um amigo para vida toda e após essa vida. Eu queria ter sido para o meu pai, tudo o que você foi para o teu. Queria ter sido obediente e ter dele obtido o reconhecimento que o teu pai teve para contigo. Também pudera né? Você herdou todas aquelas qualidades do teu pai, né mesmo? Tal pai, tal filho!

Enfim meu querido amigo. Hoje estou mais maduro. Sou um 'cara' um pouco mais 'descolado' em função de estar tentando imitá-lo em minha vida. Não tenho qualquer mérito ou talento especial como você, mas tenho esperança de que quanto mais perto eu andar dessas tuas orientações e manter o teu padrão de excelência na minha vida, no meu dia-a-dia, vou melhorando também como pessoa.

Outro dia mesmo. Eu estava relendo tua biografia e tentava imaginar algumas daquelas coisas que você, já de antemão, dizia que iriam acontecer. E aconteceu mesmo hein? Mas hoje entendo também, que se não tivessem as coisas acontecido como aconteceram, os teus amigos, quais eu me incluo, não teriam conseguido espalhar aquelas palavras incríveis que você ensinou. Foram determinantes para que muitas outras pessoas pudessem conhecer você e serem conhecidos. Tua história nos 'contagiou' e nos 'contaminou' ao ponto de terem transformado radicalmente as nossas vidas.

Olha só meu amigo. Quero aqui, dizer sem qualquer constrangimento ou receio de ser rotulado de qualquer coisa, que eu te amo, viu? Sim, eu te amo meu amigo. E o faço porque você me amou primeiro. Aliás, e melhor dizendo: Você nos amou daquela forma tão sobrenatural, tão exacerbadamente que deu tua própria vida, para que os teus amigos tivessem vida, e vida com abundância. Isso sim é amor!

Não tenho vergonha de dizer isso aqui não. Não tenho mais medo do que me possa fazer os inimigos. Quero ter apenas condições de poder manter essa nossa amizade que já é bem antiga, né? De longa data, como se fosse desde a eternidade, né não?

Quero aproveitar e te agradecer do mais profundo do meu coração, pelo teu amor para comigo, com a minha família e irmãos. Pelo teu sacrifício espantoso, em dar a tua própria vida por nós, viu? Serei sempre muito grato pelo teu carinho. Grato pelo teu amor incrível. Grato pelas lições de vida que nos deixou impressas e impregnadas em nossas almas. Grato pela tua presença constante em meu espírito e por todo consolo que essa presença me traz. Aliás, por falar nisso... Meu espírito anseia por ver a tua volta. É claro que sempre poderemos nos encontrar antes, né mesmo: É só me chamar que eu vou!

Bem meu amigo fiel e leal. Por mim ficaria linhas e linhas, horas e horas escrevendo as coisas que saltam da minha alma, por todo bem que tua amizade tem feito em minha pequena e débil existência. Ficaria mesmo. Mas sinceramente eu espero que outras pessoas que eventualmente passem por aqui, possam ter nelas, despertadas o interesse em provar da intimidade dessa amizade tão gostosa, que os teus amigos têm contigo.

Sabe meu amigo e irmão amado. Tem muita gente precisando de ti por aqui. Todos na verdade, precisamos. Uns mais, outros mais ainda. Espero que você meu amado, mesmo estando assentado agora no teu trono de Glória, merecidamente, diga-se de passagem, inspire outros corações para que os olhos e corações se convertam para ti, pelo poder que o teu Pai, Nosso Pai, colocou no teu nome.

Hoje em teu nome, agradeço pela tua amizade JESUS. Mais, muito mais. Hoje meu amado SENHOR JESUS, te agradeço por ter escolhido a mim, como tem escolhido a todos os teus amigos, irmãos, filhos e co-herdeiros do teu Reino. Obrigado SENHOR!

Ah! Não que eu esteja com pressa não, viu? Mas se me chamar... Eu quero estar pronto para ir te ver, viu?

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

DE OLHOS FECHADOS E A MENTE ABERTA


Eu aprendi assim:

Nas orações dirigidas a DEUS, eu deveria abaixar minha fronte, fechar os meus olhos e dirigir-me a DEUS com a minha "alma aberta". Entrar na presença do SENHOR "DE OLHOS FECHADOS E A MENTE ABERTA".

E Você? Como faz para dirigir-se a DEUS, hein?

Não me pergunte como e quando, mas desde que o ser humano 'pintou' por aqui, nesse planetinha azul, sua relação com o ser superior sempre foi meio conturbada.

Hã? Como é que é?

Sim. O Homem criado a semelhança de DEUS, por diversas vezes ousou 'criar' deuses para si. Talvez inconformado com a 'invisibilidade' desse DEUS e da sua incapacidade de 'enxergar' um palmo à frente do seu nariz. Dificuldade de relacionar-se com um ser sobrenatural e soberano, e de quem o homem natural, não pode colocar-se sobre seu jugo.

Eeeita! Essa tendência perversa do homem dominar tudo, não é mesmo? Não é?

Ai então, o 'esperto' homem, tomou para si, um pedaço de pau, esculpiu uma imagem qualquer do que ele podia 'ver e tocar'. Abaixou sua fronte, prostrou-se diante da obra de escultura das suas próprias mãos, e dobrando seus joelhos diante do 'deus de pau', o adorou "DE OLHOS ABERTOS E ALMA FECHADA".

Mas Você pensa que ficou nisso?

Não ficou não ' campeão '.

Ele, digo, o homem 'espertão', pegou uma pedra, meteu a marreta e o cinzel nela, e esculpiu um altar enorme, onde colocou o tal 'deus de pau', e tendo construído ao redor no altar, paredes e cobertura, chamou aquele lugar de templo.

Ah! Mas adorar aquilo tudo sozinho, era muito sem graça. Não tinha rádio, não tinha televisão, e internet então? Nem pensar!

Ele convidou a rapaziada toda da vizinhança.

Chamou a galera da sua parentela.

Organizou alguns rituais cheios de símbolos, acrescentou uma performance bacana, chamou tudo isso de culto ao 'deus de pau'.

"Formou o cenário" na sua mente, hein?

Mas...

Sempre tem esse "mas", né?

Para manter aquela rapaziada toda congregada e congregando no templo de pedras caiadas, era preciso estabelecer "regras", dogmas austeros que impedissem a "massa" a possibilidade de "pensar" livremente e expressar-se com o sentimento autêntico que latejava a alma de criatura.

Eu acho que esses caras foram precursores dos legisladores. Criativos e manipuladores. Que fazem as leis para os outros cumprirem, mas não para si próprios.

Aprisionaram as consciências com a religiosidade.

Escravizaram o inconsciente coletivo e formaram para suas organizações, seguidores que tendo olhos, não viam e tendo ouvidos, não ouviram.

Mas esse anseio latente nas almas, parecia que poderia trazer insubordinações entre os seguidores menos 'crédulos'. Aquele pessoalzinho tido como de 'esquerda' da época.

Então, alguém mais esperto do que os demais 'líderes religiosos' que convenientemente também se tornaram líderes políticos, dividiram o povo em 'camadas'. Sim! Que nem que bolo de casamento. Em camadas, ou como está na 'moda global', em Castas.

Claro que para a 'patota marota', ficava a melhor parte do bolo. Aquela camada superior onde tem a cobertura de chocolate.

Tinha bobo não, meu filho...tinha não, viu?

E as demais camadas, foram distribuídas de acordo com as riquezas, importância, interesses sociais, etc. e tal. Mas o que fazer com uma grande massa de infortunados?

Ah! Deixa prá lá! Estes vão carregar a mesa do bolo, sem nunca...nunca sequer lamber o glacê da embalagem ou da forma.

Então os tempos e tempos passaram. E de boca em boca, essas tradições foram sendo passadas entre as famílias, entre as 'castas' e ensinada nas escolas e congregações dos 'deuses de pau'. Com os séculos que foram se pondo um sobre o outro, as tradições se cristalizaram na cultura e nas mentes subjugadas pela ignorância.

Então...

DEUS, O Criador, deve ter se arrependido de haver criado a raça humana...

Até mesmo aquele povo que Ele havia separado para o adorar, andou dando umas 'mancadas fenomenais'. Chegaram mesmo a construírem um 'certo bezerro de ouro'. Acho que ficaram com inveja dos artífices dos 'deuses de pau'.

Bom, DEUS então, e por várias vezes, 'deitou o pau', 'arreou a lenha', até mesmo no seu povo escolhido. Teve até que utilizar sua sobrenatural capacidade de produzir reais efeitos especiais, como por exemplo: Abrir as comportas dos céus e as entranhas dos abismos e promoveu o Dilúvio na Terra. Teria sido o fim enxarcado da humanidade, não fosse a Misericórdia e a paciência do Criador.

Mas você acredita que nem assim o homem tomou jeito? Que nada!

Os 'espertos' haviam descoberto uma maneira muito eficiente de dominar o seu próximo. E não 'largaria a o osso' nem a pau, meu caro Nicolau.

Foram adaptando-se aos tempos de tal maneira, que a fé foi abalada na terra, mas as tradições...Ah! As tradições.

Vieram muitos profetas, enviados da parte de DEUS, para anunciar aos homens a insatisfação do SENHOR, com as práticas idólatras e a contaminação do coração do homem. Vieram muitos profetas com o dedo em riste, exortando e conclamando o povo a se converterem ao verdadeiro DEUS VIVO.

Meu camarada!

A grande maioria destes foram massacrados pelos idólatras tradicionalistas e por seus asseclas legalistas.

Ouve uma voz que clamava no deserto, que veio apregoar o arrependimento e anunciar o ano aceitável do SENHOR.

Houve após este o maior de todos os profetas. O próprio Filho de DEUS, veio em carne e osso, habitou entre todas as 'castas' e em particular, veio para o consolo e o resgate dos desprezados, dos que nem as pegadas dos pés no pó, podiam ser 'tocadas', verdadeiros intocáveis. Este último profeta também foi massacrado. Foi entregue nas mãos das 'castas religiosas' daquele tempo e levado ao martírio extremo, foi enfim pregado numa infamante cruz.

Ele levou sobre si as nossas enfermidades, nossas humilhações, nossos pecados e com o seu sangue derramado, lavou não os nossos corpos, mas a nossa alma. Sangue puro do justo, vertido como um Rio de águas puras que saem direto do trono da graça de DEUS.

Ele venceu a morte e ressucitou.

Está no céu junto ao Pai.

Através Dele temos pleno acesso ao trono do Pai.

E é por isso que eu me curvo diante desse SENHOR.

A Ele, em oração, mantenho os meus OLHOS FECHADOS E A ALMA ABERTA.

"Admoesto-te, pois, antes de tudo, que se façam deprecações, orações, intercessões, e ações de graças, por todos os homens; pelos reis, e por todos os que estão em eminência, para que tenhamos uma vida quieta e sossegada, em toda a piedade e honestidade; porque isto é bom e agradável diante de Deus nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem, e venham ao conhecimento da verdade. Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem." 1Tm. 2:1-5

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

OLHOS NOS OLHOS


Enquanto isso...
Em algum lugar que não se pode perceber.
O coração imagina ser possível chegar.
Enquanto os olhos que não enxergam, pois apenas sonham, recebem a pequena luz sobre as pálpebras, o sentimento já tomou de assalto o peito e a luminosidade dos desejos atravessou as membranas da alma.
O vento assopra a pele e alivia o ardor do rosto enrubescido.
A cor rubra na face, delata a emoção que já quase foge, salta aos olhos.
Denunciado pelo ruborizar do rosto e pelo tremor das mãos suadas, o que era latente vaza pelos poros agora.
Será que escapa pelos olhos, o medo guardado entre os gestos de disfarce?
Será que o temor não mais pode ser retido; contido entre as quatro paredes da alma?
Será que o que se revela assim como impulso, encontrará eco no silêncio da outra voz?
Será?
Assim Posso dizer:
Enquanto as dúvidas persistem em fragilizar a mente.
O coração que dispara, convence a timidez a dizer o que não queria ser dito.
A surpresa é mútua.
O rubor na face contagia a ambos, e os temores resvalam para fora.
Não estão mais fechados os olhos; e as pálpebras abertas, contemplam ainda, como se sonhando estivesse, aqueles olhos brilhantes e surpresos, tanto quanto os meus.
Olhos nos olhos.
Corpos postos frente à frente.
O Silêncio se transforma na linguagem da perplexidade mútua, pela revelação do que não cabia mais no secreto do coração.
As palavras são tremulas e ao toque leve dos dedos são interrompidas.
Um novo tremor.
Um ligeiro arrepio acontece espontâneo.
As bocas se calam e se aproximam, como atraídas por inexplicáveis sensações de ternura.
Será ternura?
Admito agora ter sido um desejo improvável, mas compreensível e legítimo.
Olhos nos olhos e um sorriso de promessas, são interrompidos pelo colar dos lábios.
Ali. Naquele mesmo instante, foram selados os destinos, e as veredas impares se converteram em um só caminho.
Nem me parece agora que tanto tempo já se passou.
A lembrança e a imagem parecem impressas na retina, e a pequena luz que incide sobre minhas pálpebras trazem à mente, a memória guardada no meu peito, da tua pele enrubescida daquela manhã.
Mesmo tendo o tempo escapado.
Mesmo as percepções alteradas pelo passar das muitas águas.
Mesmo tendo havido dores e transtornos que fustigaram nossas almas.
Mesmo que não possamos nos encarar olhos nos olhos.
Ainda assim valeu a pena.
Assim posso dizer:
Mesmo assim vale a pena apaixonar-se uma vez na vida.
E vale para mim, tanto quanto vale para você.
E vale para você, o mesmo que vale para quem como nós, transforma o medo em desafio, e as diferenças em oportunidades para transpor limites e projetar esperanças.
Enquanto isso...
Há corações cheios de temores.
Há temores rondando corações.
Porque não há certezas. Não há!
É necessário coragem. É preciso se lançar com a convicção da fé, sem ter os receios que nem mesmo os olhos nos olhos podem garantir.
É preciso acreditar e tentar, para que se houver arrependimento, seja pelo atrevimento de tentar, e nunca pelo de jamais ter tentado correr os riscos do amor.
Há beleza no sonhar!
Sim há! Mas há muito mais prazer em realizar o que sonhamos, viu?
Então...
Permita que a luminosidade da vida invada a penumbra das tuas pálpebras fechadas para a vida.
Abra tuas defesas e encare tuas emoções, frente à frente, Olhos nos olhos.
Mas saiba que só o Amor resiste a tudo.
Ele somente não resiste à falta de Amor, viu?
Portanto digo:
Apaixone-se pela vida.
Ame-se como espera que o teu próximo te ame, tal qual o amor que se deve ter por si mesmo.
Mas ame em primeiro lugar a DEUS, de quem o amor jamais nos poderá faltar. Jamais! Porque DEUS é o Amor!