sexta-feira, 30 de outubro de 2009

BOM-HUMOR


"Portanto não vos entristeçais; porque a alegria do SENHOR é a vossa força."

Vez ou outra a gente esbarra com situações que deixam claro que as pessoas estão 'surtadas' de má vontade, mal-humoradas e deprimidas.

Há uma atmosfera de irritação e inquietação generalizadas por aí, que a gente consegue sentir só de respirar esse ar. Você consegue sentir?

Exemplo são pessoas que lidam com atendimento do público em balcões, guichês, gabinetes, consultórios, nas escolas, ônibus e em qualquer lugar, que fazem dessa atividade um suplício, um terrível sacrifício diário.

Aquelas "caras amarradas" e carrancudas, deixando bem claro com quanto desgosto executam suas funções, não é mesmo? Quem já não 'trombou' com uma 'tromba' dessas por aí, hein?

Executam com uma má vontade que chega a nos dar vergonha de incomoda-las e dá vontade de pedir desculpas pelo atrevimento em dirigir a voz para ela.

Também parece que há uma falta generalizada de alegria, de satisfação e contentamento nas pessoas que circulam a nossa volta, já percebeu isso ou não?

A gentileza e a educação com as pessoas, nos contatos diários, nas comunidades, nas escolas, nas igrejas inclusive, e no seio das familias, tornou-se muito comum suas ausências.

As pessoas parecem transtornadas, tristes, irritadas demais para enxergarem beleza nas coisas do simples cotidiano. Estão mal-humoradas demais para terem um comportamento sensível e simpático.

Não são raras as atitudes violentas e irracionais no trânsito das grandes cidades, Tão pouco nas praticas de gestos de cidadania, demonstradas nos atos de egoísmo, desprezo pelo bem publico, indiferença com idosos, deficientes e fragilizados da sociedade.

Uma quantidade enorme de pessoas que somente conseguem enxergar o "copo d'água quase vazio" quando ele está pela metade, ou seja, "quase cheio." Encarando a vida como ela fosse um imenso fardo, um caminho só de espinhos. Você percebe essa atmosfera a sua volta ou não, hein?

Elas infelizmente não percebem o sol que brilha e aquece a terra; que a faz iluminada e radiante durante os dias. Nem ao menos conseguem ver a beleza que é o luar e as estrelas do firmamento enfeitando de brilho divino as noites - todas essas lindas noites de todos esses belos dias!

Ah! Como é bom e desejável que toda gente possa cultivar o bom-humor. Que possa encarar a vida com bons olhos, olhos de otimismo e entusiasmo pela vida, não é assim?

Não é que as pessoas devam ignorar, mascarar, e enganarem-se diante da realidade desfavorável e momentânea. Não é isso não, viu?


Também não é viverem ocultadas nas suas percepções e deixarem suas mentes fugitivas dessa realidade que deixa corajosos e valentes em pânico. É talvez, enxergar essa realidade com esperança e bom-humor, com entusiasmo, acreditando sempre, que há de vir coisa melhor, e não sempre o pior. Isso tem que ser desenvolvido na gente e posto em prática como fosse um hábito natural - enxergar essa vida, essa nossa rotina, esses relacionamentos, essas adversidades que não podem ser impedidas, esses dias quentes ou frios, essas noites claras ou chuvosas, sempre com a melhor expectativa, sempre com muito bom-humor.

Sim, porque o bom-humor sempre será um agente contagiante, que espalha a alegria e a satisfação puras pela existência e o entusiasmo necessário para transformar as coisas da nossa vida.

"O entusiasmo é a maior força da alma. Conserva-o e nunca te faltará poder para conseguires o que desejas."

Sejamos então, agentes voluntários de bom-humor e transformadores, sem crachá, da sociedade onde estivermos inseridos. Que tal, hein?

sábado, 10 de outubro de 2009

FELICIDADE NÃO É DESTINO E SIM ESCOLHAS


Alguém já disse que "não existe um caminho para a felicidade, a felicidade está no caminhar." Você já deve ter lido isso em algum outro lugar, não foi? Mas eu repito aqui porque acredito nisso também, viu?

Sabe, tem muita gente - gente prá caramba aliás, que adquiriu o hábito de deixar tudo para depois, como se pudesse escolher o tempo em que as coisas da vida pudessem acontecer.
Não entendeu? Tá bom, eu explico "agora" prá você, ok? Por exemplo:

Muita gente deixa para ir ao médico depois, quando a dor já não puder ser suportada e a enfermidade tratada.

Muita gente tem o péssimo hábito de deixar para mais tarde aquela manutenção preventiva dos itens de segurança do seu carro. Você não é desses não, né?

Você não imagina quanta gente deixa sempre para a última hora as coisas que tem prazos para terminar, como se nenhum imprevisto, pudesse impedi-lo de atrasar-se, ou nunca chegar.

A maioria fica na expectativa de que uma oportunidade melhor virá, uma após outra, e que se continuar aguardando, escolhendo, a melhor oportunidade cairá no seu colo sem maiores esforços.

Um emprego melhor em que se produza menos e se ganhe mais.

Uma chance perfeita para se declarar para a garota pela qual nutre um sentimento platônico.

Uma época mais adiante, bem mais para frente, em que pensa buscar as coisas espirituais, encontrar-se com Deus.

Uma experiência súbita que lhe possa dar felicidade instantaneamente.

Tantos esperam que ela, essa tal felicidade, venha de repente, embrulhada para presente. Que alguém a venha trazer à porta do seu conforto, bata na porta... 'toc... toc ...toc'... e sem maiores esforços ou dificuldades, a felicidade lhe seja entregue como por algum mérito especial.

Essas pessoas irão fatalmente enfrentar a decepção e a frustração ao final do caminho. Porque a felicidade não se encontra em nenhuma prateleira, estrategicamente empilhada para ser escolhida e levada para casa. Não é assim que a coisa toda funciona, viu?

Não está disponível aos que esperam por ela.
Não está a mão dos que não lutam para achá-la, nos obstáculos, nas adversidades, nos compromissos e responsabilidades, nos encontros e desencontros da vida.

Mas ao contrário disso tudo, as pessoas que têm alcançado felicidade, a tem encontrado no caminhar, apesar dos obstáculos que se têm que superar; das adversidades das quais não se pode fugir; dos compromissos e responsabilidades que se deve cumprir consigo mesmo e com os outros, e acham a felicidade apesar dos encontros e desencontros da vida.

Sim, na verdade tudo isso é importante e necessário para que se descubra a felicidade. É nisso que está o prazer de viver. Sem se eximir de culpa e omitir-se da luta.

E é nessa perspectiva que se pode enxergar que não existe um caminho para a felicidade, mas que a felicidade é o próprio caminho!

Assim, o melhor a fazer não é deixar para depois das coisas que devem ser feitas, para viver e ser feliz, mas fazer isso tudo enquanto se caminha, se vive e se descobre igualmente, a felicidade.

Você já sabe que o tempo não espera ninguém, não sabe? Então, pare de esperar até que você termine sua faculdade; que você emagreça aqueles 2 ou 3 quilos.

Não espere para depois de ter seus próprios filhos; nem aguarde até que eles já tenham saído da barra das suas saias.

Não deixe para ser feliz a partir de segunda-feira; depois que adquirir sua casa própria; depois que comprar uma mais nova.

Não espere para quando acabar o inverno ou chegar o verão. Não deixe para quando se aposentar; nem espere para encontrar-se tardiamente com Deus.

Você precisa decidir que a melhor hora para ser feliz, é exatamente agora, agora mesmo!

Felicidade não é destino e sim escolhas, entendeu?

"Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos. Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. Eis que assim será abençoado o homem que teme ao SENHOR." (Salmo 128)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

AS ESCOLHAS PARA UMA VIDA



No último dia 5 de outubro, pude falar para uma turma frenética da 8ª série do Ensino Fundamental. Tratava-se de uma série de Conferencias que a Direção e a Coordenação da Escola Municipal João Ramalho, em Cubatão - SP, está fazendo, com palestrantes, de diversas áreas profissionais, tendo como público alvo, os alunos que estão terminando o ensino fundamental.

A moçada, entre 13 e 15 anos, foi reunida no pátio da escola para me ouvirem falar sobre a profissão de arquiteto e aspectos da vida envolvendo esse profissional. Durante quase uma hora e meia, pude contar um pouco sobre minha experiência nessa área, como Arquiteto e Urbanista, sobre mercado, sobre campos de atuação, etc., e tal.
Claro que o grande desafio é realmente encontrar a linguagem ideal, adequada ao entendimento e despertar o interesse desses adolescentes para um assunto desses, nessa época de suas vidas.

Não é mole não, viu?

Havia mais de 90 adolescentes e vários professores na plateia. Procurei, na verdade, dar um depoimento sobre a profissão, sobre as alternativas que esse nobre ofício de formação generalista, permite desenvolver atividades em vários ramos e segmentos de mercado.

Pessoalmente eu acho extremamente precoce que essa turminha tenha que começar a pensar em escolher algo que pode ser para a vida toda. Mas a verdade é que os adolescentes de 14, 15 anos de hoje, possuem um nível de informação muito superior ao que minha geração tinha no início daqueles incríveis anos setenta. Velho? Não, antigo, né?

Mesmo sendo a linguagem a ser usada de difícil adequação, ainda assim, tentei falar sobre a vida, sobre escolhas, sobre eventuais "pedras e perdas" no caminho e a necessidade de correções de percurso. Pude compartilhar alguns dos meus pensamentos sobre a vida profissional após a perda da visão e as dificuldades para retomar a profissão de arquiteto, em virtude da falta de acessibilidade dos recursos e ferramentas de projeto. No meu tempo, os projetos eram na ponta da caneta 'nankim' e na força e leveza do traço livre sobre o papel manteiga e vegetal. Régua "T" debaixo do braço e montão de esquadros caindo pelos vãos das pastas de material de desenho. Eta Saudade, viu?
Quem sabe se desenvolvam programas para arquitetos cegos, hein?

Falei sobre a vantagem que a formação de planejador e organizador de espaços, conhecimentos amplos que o curso proporciona e desenvolvimento da parte criativa do pensamento, acabou me favorecendo quando fui trabalhar na área de Comércio Exterior e Transporte Internacional. Hoje essas atividades estão contidas na Logística. Uma área igualmente muito interessante, e muito solicitada no mercado de trabalho da Baixada Santista. Já existem alguns cursos para a formação desses profissionais por aqui também.

Durante a explanação livre, pude dar pequenos depoimentos e vida para aquela moçada inquieta e até certo ponto, irreverente. O 'feed-back' veio algumas horas mais tarde, quando a Coordenadora que me convidou, para falar sobre a profissão de arquiteto, foi procurada por uma aluna que disse que estava pensando em fazer Arquitetura. Eu pensei:
- "Ufa! Alguém foi contagiado."

Enquanto estive lendo algumas atualizações para poder não "pagar por um mico e comprar um gorila", eu li que existem no Brasil, cerca de 170 escolas de Arquitetura e Urbanismo e que mais de 55000 alunos iniciam o curso. Também que são lançados no mercado anualmente, cerca de 6000 novos profissionais. É gente prá caramba, né não?

Pude contar ainda, com a participação ativa da minha maior colaboradora, incentivadora e "crítica literária"...(rsrs), minha esposa Vivian. Além de assistente de congressista "caido do caminhão de mudanças"...(rsrs), ela também registrou o evento com a lente esperta da sua câmera fotográfica.

Bem, na verdade o maior beneficiado com tudo isso foi o palestrante, eu próprio. Ao final da minha fala, a turma aplaudi-o com grande alarido, próprio dessa efervescente idade. Foi ótimo mesmo. Não sei se porque gostaram ou porque enfim, acabei de falar, né? O fato é que me senti gratificado e feliz por nessa altura do campeonato, ter sido útil com a minha história, experiência e atitude, após ter eu mesmo, ter que arrancar algumas "pedras" do caminho.

Sei que ali havia sonhos enormes em mentes tão jovens. Realidades diferentes, mas histórias tão frequentes. Uma geração que cada vez mais prematuramente, é pressionada a fazer escolhas tão importantes para a vida toda, em um momento da vida em que estão em desenvolvimento físico, emocional e intelectual. São infelizmente, sinais dos tempos.

Mas essa escola não se eximiu da responsabilidade e solidária com os pais dos alunos, e se apressa em agregar valor ao curso. Estão de parabéns pela iniciativa, viu?

Essa experiência nova também para mim, permitiu uma reflexão e inspirou um pensamento.

Diante de nós se encontram caminhos toda hora, e assim sempre é hora outra vez de escolhermos em qual deles seguiremos á partir de agora.

Se permanecemos na mesma estrada que nos leva onde achamos que estaremos sempre seguros; ou, se arriscamos uma escolha nova, e enfrentamos igualmente, um destino melhor apenas imaginado.

Diante de nós se encontram caminhos. É hora outra vez de escolhermos em qual deles seguiremos.

Se iremos pelos caminhos conhecidos de outras gerações para experimentarmos as mesmas sensações que elas, sentiram; ou se escolhemos caminhos menos conhecidos e desbravamos percursos poucos experimentados.

Sim, porque não podemos nos omitir de fazer certas escolhas. Elas se apresentam diante de nós cada vez mais precocemente. Cada nova geração que se põe na caminhada, se vê constrangida a tomar decisões que poderão impactar drasticamente, todo o caminho.

As alternativas são muitas e estão diante de nós. Umas, longamente experimentadas e por isso mesmo, consideradas seguras e confiáveis; outras alternativas, são sinais dos tempos, frutos das modificações e transformações ocorridas em nossa sociedade. Mas tanto umas como as outras estão aí, prontas para serem trilhadas.
*
Ah! Um recadinho para aquela turminha:
Tratem de passar de ano, senão vão ter que ouvir o "Tio" falar tudo de novo ano que vem, hein!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Sob um novo olhar....: RIO 2016

Sob um novo olhar....: RIO 2016

RIO 2016

PARABÉNS RIO DE JANEIRO!

Como uma grande massa de brasileiros que gostam de esportes e acreditam ser esse um dos melhores instrumentos de desenvolvimento do ser humano no sentido mais amplo da palavra, fiquei muito contente com a escolha do Rio, para sediar as Olimpíadas de 2016. Demos já "um cassete" nos outros países concorrentes e já saímos na frente, né não?

O Brasil, dessa maneira, se impõe definitivamente, como uma potência emergente nas américas que merece as atenções do planeta, para sua capacidade de organizar uma empreitada de enormes proporções como é o "Jogos Olímpicos".

Temos igualmente, enormes problemas aqui dentro, que também estão e estarão na mira de toda imprensa, especializada em esportes ou não, nos próximos sete longos anos em que estaremos montando o grande palco para receber o mundo na Cidade Maravilhosa.

Será sem qualquer dúvida, um desafio "hercúleo" para os organizadores brasileiros, para as autoridades, para os nossos atletas e para o povo brasileiro do Rio de Janeiro.

Mas devemos nos lembrar, que o Brasil terá, até 2016, duas grandes eleições majoritárias e mais duas para as prefeituras e câmaras, se não estou enganado. Me corrijam se eu estiver, tá?

Esse governo que está acabando no próximo ano, mas que agora celebra a conquista sobre três grandes cidades concorrentes, Chicago, Tóquio e Madri, não estará a frente dos empreendimentos que se farão necessários, para tornar realidade, aquele filme do Fernando Meireles que contagiou o comitê votante e atraiu os olhos simpatizantes do mundo. Não vai ser essa turma não, né mesmo?

Então é preciso que os próximos governos, estejam comprometidos com essa conquista de agora, para que não percam nem o entusiasmo e nem o foco sobre a oportunidade que nosso país tem agora, de mostrar que somos um povo que pode. "Sim, nós podemos!"

Podemos organizar um Campeonato Mundial de Futebol, em 2014, e podemos organizar uma Olimpíada em 2016.

Logo, é de imaginar que podemos organizar as nossas contas públicas, tanto quanto podemos diminuir as carências estruturais do nosso país.

Assim também podemos diminuir as desigualdades sociais, as defasagens educacionais, as carências habitacionais e as necessidades sanitárias da nossa nação.

Não podemos fazer isso tudo com propaganda institucional e campanhas publicitárias fantásticas. Não dá não, né?

Será preciso um esforço político convergente para a solução da nossa realidade, que jamais se resolverá com discursos veementes e gestos emocionados.

Desde já, somos mais que torcedores empolgados não somente com o sucesso dos nossos jogadores e atletas, mas também e principalmente, para que a sociedade brasileira se aproprie dessa oportunidade para transformar os desequilíbrios históricos do nosso país em benefícios para todos.

Além de torcedores frenéticos de verde e amarelo, cabe a todos nós, sermos fiscalizadores atentos, para que essas oportunidades não sejam canalizadas para uns poucos privilegiados. Que não nos venham com "Pão e Circo" ou "Bolsa disso e daquilo e Olimpíadas" que a galera 'tá ligada', viu?

"Sim, nós podemos!"

Podemos ser um país de vencedores em qualquer empreitada que nos propusermos a enfrentar.

Então que venha a Copa do Mundo de 2014 e que venha os Jogos Olímpicos de 2016.

Valeu Rio!
Valeu Brasil!

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

HÁ GREGOS E TROIANOS


A Simpatia não enxerga nossos defeitos; a Antipatia não enxerga as nossas virtudes; mas a Empatia é aquela capacidade natural da Amizade verdadeira, que consegue enxergar em nós, tanto um defeito quanto uma qualidade, e ainda assim, permanecer ao nosso lado.

Agora, o melhor de tudo é que sendo como somos, tendo pouco ou muito não importa, a Simpatia, a Antipatia e a Empatia são absolutamente gratuitas e por isso mesmo, nós não as conseguimos explicar.

Excluindo-se o Amor, não há explicação para que nós despertemos sentimentos tão opostos, sendo nós mesmos, a mesma pessoa o tempo todo.

Como explicar ainda os julgamentos de pessoas que gratuitamente tem aversão natural a nós?

Como justificar a amizade espontânea que nasce sem maiores juízos sobre o que somos?

É como querer explicar o ódio sem intimidade ou justificar o amor sem convivência.

Há aqueles que nos amam de forma incondicional, como também há aqueles que nos rejeitam de maneira desproporcional. Para os que nos amam basta um sorriso para sermos perdoados, todavia para aqueles que nos odeiam, o mesmo sorriso basta para sermos apedrejados.

E ninguém consegue a unanimidade; ninguém é totalmente querido por todos o tempo todo, tanto quanto alguém não é odiado por todos todo o tempo. Portanto, é impossível agradar aos "gregos e troianos" e amigos e inimigos, conhecidos ou não. Não dá.

Existem amigos que são mais que irmãos e que conseguem se colocar em nossa situação, para entenderem as nossas atitudes. Existem outros que não tendo essa capacidade, acabam nos julgando com preconceito e passionalidade.

Aos que assim procedem e sem proximidade nos julgam, nenhuma explicação é suficiente, tanto como não é para aqueles que gratuitamente nos rejeitam.

O Amigo verdadeiro é aquele que possui por nós, grande simpatia, e com a intimidade que a convivência promove nas almas, elas se tornam capazes de sentir o que sentimos, sofrendo o que sofremos ou alegrando-se com a nossa alegria.

O Amigo verdadeiro é aquele que torce pelo nosso sucesso, chora com os nossos fracassos, se ri das nossas bobagens e nos repreende com brandura nos nossos erros.

Já aqueles que tem antipatia por nós, e sem razão nos rejeitam, sem explicação fazem pouco de nós, não há o que fazer a não ser limparmos a poeira da sola dos nossos pés e seguirmos nosso caminho a sós.

Melhor é a sabedoria do amigo do que a esperteza do inimigo. Assim sendo, mantenha seus amigos ao seu lado e os inimigos a sua vista, tá bom?