sábado, 5 de março de 2011

FOFOCA


As pessoas, de modo deliberado ou não, uma vez ou outra, escorregam naquilo que mais condenam. Um desses escorregões extremamente chatos e que causam muitos aborrecimentos, desde os ambientes profissionais até familiares e pessoais, é o que popularmente conhecemos como Fofoca.

Falar da vida alheia é uma mania terrível e muitas vezes cruel, pois via de regra, retira a chance da pessoa alvo da Fofoca, a possibilidade de se defender ou dar a sua versão dos fatos.

Há muita gente fazendo uso desse recurso mesquinho, e até justificando essa mania que se tem de emitir "opinião segura" sobre aquilo que desconhecem, como se obrigatório fosse ter que fazê-lo sob pena de ser tomado por ignorante e desinformado.

Levianamente, emite-se opinião sobre tudo e fala-se sobre todos com uma desavergonhada firmeza de argumentos sem qualquer consistência, sem a preocupação se aquilo é mesmo fato ou boato, se é real ou outra mera versão.

Particularmente eu acho que a Fofoca é um recurso dos mesquinhos sem brilho próprio e dos preconceituosos desinformados. Aliás, para mim preconceito é o mesmo que se diz no popular sobre a inveja, se é que me entendes, né!

Porque como já disse, fofoqueiros, invejosos e preconceituosos, nunca se preocupam nem com as provas e menos ainda com as consequências dessa leviana mania de falar do que não sabe, do que não viu.

A essa altura, você poderia perguntar: "Mas por que essas pessoas agem assim, hein?"

Claro que seria melhor perguntar a elas, mas senão vejamos: Vida vazia e tediosa; inveja e cobiça; incompetência talvez. Quem sabe motivadas pela desinformação, ou pela falta de educação, ou ainda com a falta de caráter mesmo.

Seja lá o que for que as motiva a falarem da vida alheia como se fosse a sua própria, e da publica como da sua privada, é um pé-no-saco, né?

Eita! Pode não ser assim uma resposta gentil, mas será que não cheguei perto? O que você acha, hein?

Não dá para saber como e porque nasce um fuxico, um mexerico, uma Fofoca. Sabemos todavia, que ela não é inofensiva nunca, muito pelo contrário, há muita má intenção embutida na Fofoca, na maledicência.

O fofoqueiro se outorga o direito de fazer juízo sem conhecimento, condenar sem provas e se executar sem compaixão, tomado de um poder que não existe de verdade, mas que essa prática parece-lhe dar sem ter que prestar contas por nada e para ninguém.

Sim, porque lança no ar como suspeita, como novidade, para provocar o falatório e depois apreciar o estrago que ele produziu para se divertir ou se dar bem.

Por sua vez, cada um que dá crédito e espalha, costuma aumentar no conto um ponto, ampliando o falso e o estrago também. Como um rastilho de pólvora, a continuidade da propagação acabará arrasando carreiras, relacionamentos e até interrompendo vidas.

Não dê ouvidos a Fofoca e não propague-a também.

Caramba! Pareço furioso? Pois não estou. É bom que se diga logo antes que alguém que nem lê meu 'blog' saia por aí fofocando a meu respeito, né?

Como costumo dizer aos amigos que me conhecem e conhecem muito bem o que penso, creio, e as motivações para viver como vivo: "Já passei da idade e do peso para me descabelar por causa das fofocas que criam sobre mim."

Afinal de contas, quem é que aí não foi alvo de uma Fofoca retumbante?

Quem sabe uma fofoquinha "ingênua" então?

Alguém escapou ileso até agora, hein?

Sortudo!

Opa! Você não é "o tal" não, né? Tô de olho em você, viu!

Fica esperto. Tome cuidado com aquelas pessoas que se aproximam de você para contar uma Fofoca. Quem fala de alguém para você, vai falar de você para alguém.

Presta atenção naquela conversinha daqueles que chegam perto e em tom de segredo disparam: "Você ficou sabendo?"

Essa é clássica, daquelas que acontecem pelos corredores dos escritórios, na pausa do cafezinho e até mesmo nos banheiros das repartições. Lá vem uma Fofoca pesada.

Fuja dela! Não seja um espalhador de boatos, pois Fofoca é mesquinharia e depõe contra você!

Acredite: Ninguém vai ficar impune do que disse, tanto como não vai ficar imune ao que dele se falará.

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