sexta-feira, 24 de junho de 2011

ENQUANTO NÃO SE PERDER O ENCANTO

Existe de fato um tempo mágico, um período da nossa existência que é puro encantamento. Uma época de muitos sonhos, descobertas, experimentações e sem dúvida alguma, muitas fantasias: A adolescência.

Há também nessa idade, uma falta de sintonia entre gerações que historicamente tem gerado muitos conflitos. Todos nós já passamos por isso de um lado e do outro, não é mesmo? Não é lá muito tranquilo quando se está dentro desse conflito, mas como tudo mais, passa, né?

Quando a gente está do lado efervescente da mocidade, é muito difícil entender os motivos de alguns "Nãos" que os adultos usam conosco, com ou sem argumentos.
Receber algum tipo de Não, não é mesmo bem recebido para quem está pulsante de curiosidade e por descobertas. Dificilmente a gente quando jovem se impressiona pelos motivos dos mais velhos, quando estes nos dizem que é para nos preservar e nos poupar dos perigos do mundo. Papo de véio, né não?

Quando se é tão jovem, queremos ter as nossas próprias experiências. Fazer do nosso jeito, não importando se vai dar certo ou vai dar errado, pois temos energia explodindo dentro da gente, e assim, podemos contornar, pular, ultrapassar, modificar algo que dê errado. Tolices da mocidade.

Existem experiências que foram um fracasso total, e outras que foram muito bem-sucedidas. Ambas estão aí, disponíveis aos montes, para ajudar, para orientar-nos a não cometê-los outra vez. Estão registrados na história da humanidade, dos que vieram antes de nós e que construíram a sociedade que vivemos agora. Somos muito arrogantes quando desprezamos esse conhecimento vasto e rico, e consideramos apenas a nossa vontade, o nosso desejo adolescente.

Facilmente nos esquecemos de que graças aos experientes que fizeram tudo anteriormente nós podemos desfrutar de todos os avanços, conquistas, descobertas, agora no presente.

Eles construíram a partir de outras gerações e assim sucessivamente. Ou seja, nós não criamos nada hoje, apenas podemos melhorar o que já foi criado antes pelos antigos, tal como nossos pais fizeram de si próprios em nós.

Percebemos, entretanto, que a fragilidade das últimas gerações de pais, têm enfraquecido, por conseguinte as novas gerações. Não se conseguiu ensinar sobre os freios morais e limites comportamentais que tornaram as gerações posteriores transgressoras dos parâmetros legais.

Pena, sim, que pena.

Nossos jovens perderam o respeito pela ordem, se riem da hierarquia; não possuem admiração pelos pais e pelos educadores; não aprenderam o temor a DEUS e sequer o medo das consequências disso. Querem viver com liberdade total, e ter autoridade para fazer o que vier na cabeça sem pensar nas responsabilidades que agir assim poderá lhe trazer. Espelham-se em personagens, figuras inventadas pela mídia e desprezam as regras do jogo da vida.

Por outro lado, nós "os antigos" já descobrimos a duras penas que esse jogo é como máquinas de caça-níquel que estão preparadas para perdermos se nelas empregarmos nossas energias e esperanças.

Acredite nisso: Você não tem a menor chance de ganhar do mundo, pois ele está desde sempre preparado para derrotá-lo, viu?

O sábio antigo escreveu em suas reflexões da velhice algo que eu estou tentando dizer aqui sem querer parecer pretensioso com isso.

"Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e anime-te o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração, e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas estas coisas Deus te trará a juízo. Afasta, pois, do teu coração o desgosto, remove da tua carne o mal; porque a mocidade e a aurora da vida são vaidade."

Aqui há uma recomendação importante para todos nós, jovens de ontem e de hoje. A Liberdade de escolha implicará automaticamente na aceitação das consequências. Portanto, cuidado com as escolhas, tá bom?

"Manda estas coisas e ensina-as. Ninguém despreze a tua mocidade, mas seja um exemplo para os fiéis na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza."

Sim, se atendermos a instrução e o ensino, sempre haverá em nós o frescor da mocidade. Enquanto não se perder o encanto.

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