quarta-feira, 13 de junho de 2007

A espera para o descanso


É claro que algumas lembranças nos trazem saudades, às vezes até noslevam às lágrimas, mas esta que vou contar me tras orgulho.

Quando estive internado em 2005 recuperando do transplante duplo de pâncreas e rim, meu pai também esteve internado em Goiás. Havia sido submetido auma cirurgia complicada nos intestinos.

Devido seu quadro agravado porpneumonia, acabou por falecer por complicações respiratórias e falênciade orgãos dia 29 de dezembro de 2005 por volta de 15hs. Eu só fiqueisabendo de sua internação e seu estado gravíssimo, dias antes do Natal,pois como dito, estava internado desde 16 de novembro, no Hospital SãoPaulo. Dias antes, conseguí falar com meu pai, dentro da internação emGoiás.

Papai me perguntou como eu estava, brincou que estava me esperando para o Natal; sua voz parecia firme naquele dia.

Devido minhas complicações por infecção hospitalar, acabei ficando com sucessivasaltas prorrogadas e acabei passando o Natal num quarto de hospital huntocom minha esposa, comendo cheese salada. Nem preciso dizer que lá emGoiás o Natal sequer foi comemorado. Estávamos orando em São Paulo pelopapai e minha família intercedendo por mim em Goiás. Dia 29 de dezembrorecebí alta e cheguei em casa por volta de 11hs, imediatamente ligamospara o Hospital em Goiás e acisamos aos meus irmãos que já estavamos emnosso lar e pedi para que avisassem o papai

. Por volta das 15hs, papaideu seu último suspiro e partiu para a glória, para receber o fruto dapromessa da eternidade com DEUS. Papai parece ter esperado a notícia daminha vitória momentânea para ir buscar a sua vitória eterna.

Sabe turma, o que me conforta a alma e o coração, é a certeza de que nossaluta não é inglória, nossas aflições não são para sempre, que nosso pranto pode durar uma noite mas a alegria certamente virá pela manhã.

Tenho impregnado em minha alma que meu pai me amou tanto mas tanto, quesuportou além dos seus limites da sua dor, para que tivesse a certeza deque eu estava fora de perigo; esperou para descansar o merecido descansodo guerreiro.

Dou graças ao meu DEUS, pela honra de ter tido um herói como pai; meu pai herói.Tenho muito orgulho em carregar em minhas veias

o sangue valoroso deste homem de DEUS, não um homem qualquer; meu pai.
Por Gerson Palazzo

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