domingo, 29 de março de 2009

"TRAÇAS NAS GAVETAS"


Naquela fase incrível da adolescência, a molecada tinha o hábito de colecionar de tudo. Lembra?

Guardavam-se quase tudo, né?

- Figurinhas de times de futebol.

- Moedas antigas.

- Selos comemorativos.

- Rótulos e embalagens.

- Canetas promocionais.

- Cadernos de autógrafos; Discos.

- Latinhas de alumínio de cervejas e refrigerantes.

- Bolinhas de "gude"; Tampinhas de refrigerante.

- Camisas de times de futebol e Jogos de botão com a foto de jogadores.

- Recortes de revistas e jornais com fotos dos ídolos, artistas e celebridades da época.

- 'Gibís', Revistas de histórias em quadrinhos.

- Cartões postais. Cartões telefônicos. Cartões de Natal, e todo o tipo de treco que se pudesse enfiar nas gavetas, guardar dentro dos armários ou pendurar nas paredes.

Amontoava-se pelos guarda-roupas. Espalhava-se pelos cômodos.

Ajuntava-se sob as camas e escondia-se debaixo dos colchões.

Entulhava-se pelos cantos dos quartos. Não era "meio assim" na sua época, hein? Não acredito! Sério?

Mal se terminava uma coleção de uma bobagem qualquer e já se iniciava qualquer outra bobagem, né não?

E aquelas coisas que se guardava na expectativa de que poderia ser útil no futuro. Isso justificava o hábito de guardar os tais trecos utilíssimos.

- Laminas de barbear usadas. Louças de estimação 'lascadas' ou em cacos.

- Motores queimados de liquidificadores. Panelas velhas. Roupas que não cabiam mais no "corpinho" nada 'sarado', E etc. e tal.

Mas alguns de nos adquiriram o hábito de guardar, não somente as 'coisas', mas as recordações simbolizadas pelas "coisas". Aprisionando junto com tais objetos, os sentimentos, os fatos, as emoções boas ou más, enfiadas em alguma gaveta com chaves dentro da alma.

- Sentimentos de inferioridade e complexos.

- Rejeições e frustrações amorosas. Pecados inconfessáveis. Medos incompreensíveis. Segredos e fantasias inimagináveis.

- Invejas. Ressentimentos. Mágoas profundas guardadas no fundo da mente e temporariamente 'esquecidas' ao longo da vida.

O tempo se encarregou de tornar todas aquelas "preciosidades" em inutilidades. Juntou sobre elas a poeira dos anos e as traças do esquecimento produziram estragos às recordações, a perda dos motivos e motivações pelo que se guardou tanta inutilidade. Foram roídas dentro das gavetas da alma.

Mas...

A hora é essa.

O Momento é agora.

Façamos uma enorme fogueira e lancemos todo "aquele tesouro" inútil no fogo.

- Dedetizemos nossas "gavetas" para eliminarmos as traças.

- Espanemos teias de aranha e os tais ressentimentos guardados a sete chaves, no criado-mudo para que gritem libertos de tanto pó.

- Façamos uma faxina com a vassoura da superação.

- Pascemos sobre tudo a borracha bendita do perdão.

- Lavemos toda magoa e ressentimentos com a água limpa do amor.

- Recolhamos todo o lixo do sofrimento guardado e o lancemos no aterro do esquecimento.

Vamos lá, meu amigo e minha amiga.

É hora de reciclar nossas mentes e transformar nossos "guardados" que nos aprisionam ao passado, e renovarmo-nos pela transformação do nosso entendimento.

Tenhamos uma vida com simplicidade e aliviada dos fardos inúteis e inutilizados que foram consumidos pelas traças do passado.

E aí?

'Tu tá nessa', hein?

Beleza então. Gavetas limpas e armários esvaziados, né?

Legal mesmo viu?

Bem...

Ops! 'Peraí'! E aquela "figurinha carimbada" do Ademir da Guia, aquele 'craque sarará' do "verdão"? Tem prá troca, hein?

sábado, 21 de março de 2009

ALMA E ESPÍRITO


Caminham pela vida inteirinha, juntos. Estão unidos de tal maneira que são a mesma coisa, na mesma pessoa.

Eu mesmo, sinto os dois como tivessem duas funções e atuações distintas, mas concorrendo para mim mesmo.

Um, reflete o que quero. O desejo de uma vida projetada como sonhos que antes eu sonhei e quis. Sonhos profissionais, pessoais e mesmo, sonhos comuns. Minha vontade dispôs os meus braços e energias para conquista-los. Meus desejos, jogaram os meus sonhos para fora e os puseram à prova.

Dia após dia, os sonhos aconteciam dentro da minha alma e a vontade de torna-los realidade, impulsionava meu corpo para correr atrás deles e conquistar quantos fossem possíveis. De fato, alguns, minha vontade foi satisfeita e realizei uns poucos sonhos dos muitos que ousei sonhar.

Mas como disse: Um reflete o que quero, no entanto o outro, tão somente o que espero. Se fosse possível separar "A ALMA DO ESPÍRITO", a este último caberia a função responsável por tudo que eu espero. Meu espírito é nutrido pela Esperança. Sim. Não pelo Sonho, mas pela Esperança.

E não é pela minha vontade ou desejo, que estão dentro de mim. Todavia, minha Esperança vem da Fé.

Não algo que seja próprio de mim, mas algo dado, dispensado por DEUS para mim. Essa Fé é dada por DEUS e é a responsável para salvar o homem.

É dada graciosamente para que eu e você, creiamos nas promessas para as nossas "almas" e nos mantém na Esperança, que é O SENHOR.

"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus." {Apóstolo Paulo}

Dentro de cada um de nos, caminham juntos a Vontade e a Fé. Nossa vontade ou vontades, são projetadas, de dentro para fora, dos nossos sonhos para a realização.

Por eles, movemos nosso coração com entusiasmo e disponibilizamos as nossas forças, as nossas energias para ir ao encontro deles.

Mas no caso da nossa Fé, mesmo tratando-se de algo que está fora de nos, pois esperamos pela "Esperança", deve de igual maneira propulsionar todos os outros sentidos e percepções, em direção do que esperamos. E o que esperamos senão o resgate das nossas "almas".

A minha vontade, que está em mim não me garante conquistar o que minha alma espera. Todavia, a Fé que me foi dada, com dom de DEUS foi dada, essa me garante ao final do caminho, o alcançar daquilo que minha alma espera. A minha Esperança está no SENHOR.
E assim vamos eu e você. Nossos corpos carregando Alma e Espírito e nos levando como vento, pelos caminhos da vida. Na Alma: nossas vontades, desejos, sonhos e emoções. No Espírito: um anseio pelo DEUS vivo.

"Assim como o cervo brama pelas correntes das águas,assim suspira a minha alma por ti, ó Deus!A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante a face de Deus?" {Salmos de Davi}.

O nossos sonhos podem ser frustrados. Podem nos faltar forças para perseguir o que queremos. A Vida pode oferecer caminhos que divergem da nossa vontade. Pode o desejo de outros, impedirem a realização dos nossos próprios. Todos eles estão contidos dentro de nos e com somos apenas "um entre seis bilhões de vontades", a possibilidade de não conseguirmos realizar todos os nossos sonhos é muito grande. Mas a fé completa a força que existe em nos e assim continuamos sonhando e correndo atrás deles pela vida afora. Não desistimos. Não podemos desistir jamais!

Assim, triste me parece imaginar alguém sem fé. Assim também me é difícil pensar que alguém que sonha, não ter esperança. Assim ainda difícil me é acreditar que se possa viver sem sonhos e sem esperanças.

Assim então me parece que devemos conter Desejo e Fé, um complementando o outro, em nossa alma. Ambos nos propulsionando para frente e para a vida que está à frente de nossos pés.

Enquanto caminham juntinhos, Alma e Espírito, cobertos por nossos corpos de pó e água, deixemos sobre nosso caminho, as pegadas de todo bem que nossas mãos, movidas pela nossa generosa alma, possam deixar.

Os sonhos são para nos mesmos, a Esperança é para todos que tem Fé. Os nossos sonhos podem nos agradar, mas a DEUS, somente a Fé o pode agradar, "porque sem fé é impossível agradar a DEUS".

DEUS é quem pode realizar nossos sonhos e desejos e é também o motivo da nossa esperança.

"Confia no SENHOR e faze o bem; habitarás na terra, e verdadeiramente serás alimentado. Deleita-te também no SENHOR, e te concederá os desejos do teu coração."
(Salmos de Davi).

DEUS é o dono da vida, do corpo da alma e espírito.
DEUS é a vida e somente há vida nele.

terça-feira, 17 de março de 2009

CONFIANÇA CEGA


Conta-se que durante a invasão norte-americana no Iraque, naquela famosa operação de caça as "armas químicas" do Saddam Hussein. Durante uma verdadeira "Tempestade no deserto", provocada pelos mísseis disparados pelos aliados. Um pai fugia dos ataques, correndo pelos escombros e em meio a fumaça do intenso bombardeio, carregando seu pequeno filho de seis anos pelas mãos.

O menino estava tremendamente assustado; aterrorizado com o fogo e a fumaça das casas destruídas. Ele pouco podia enxergar no meio daquela confusão toda e então, se agarrava ao corpo do pai, como sua única proteção e segurança.

Durante a fuga, ao saltar de uma vala aberta no chão, o menino ficou para trás, parado à beira daquela vala funda.

Ele chorava e atemorizado pelas chamas das explosões, chamava por seu pai.

A pouco mais de 2 metros do menino, se encontrava o pai, que olhava para cima em direção da voz do seu filho, à borda do buraco que os poderia servir de refúgio. Mas a fumaça, o fogo e a poeira, não permitia que ambos se enxergassem nitidamente.

O menino ali, à mercê de algum estilhaço e o pai dentro do buraco querendo que o filho pulasse para dentro da proteção da vala aberta.

O Pai gritou então para seu filho:

- "Salta meu filho...Salta!"

Ao que o menino respondeu:

- "Pai, eu não te vejo, pai!"

Então o seu pai respondeu:

- "Mas eu te vejo meu filho. Salta!"

E o menino, confiando na voz do pai que não podia enxergar, saltou para os braços do seu pai e foi acolhido com extremo carinho.


Talvez você esteja na situação do pequeno menino de seis anos. Em meio a terríveis provações e com a mente atemorizada e confusa, sem conseguir enxergar através da cortina de fumaça de tantos problemas.

Você se encontra assim?

Seus problemas são maiores que a sua capacidade e energia para enfrenta-los sozinho, hein?

Pode ter certeza que você não é o único nessa situação e nem está sozinho, viu?

Todos nos vivemos dias transtornados pelas crises. Elas são de todos os tipos, económicas, morais, relacionais, emocionais e espirituais. Como verdadeiras "tempestades no deserto" das batalhas nossas de cada dia; de todos os dias.

Estamos assustados diante da violência das ruas, que através dos "plasmas", invadem nossas casa pelos telejornais, novelas, seriados.

Estamos prisioneiros no nosso próprio domicílio, por causa do terror urbano, que ameaça entrar em nossos lares pela portaria insegura dos nossos edifícios.

Vivemos em constante assombro em nossos empregos, ante a ameaça de "ondas" muito maiores que "marolinhas", que cada dia que passa, coloca mais trabalhadores nas listas de desemprego.

Ondas de loucura que levam jovens tranquilos a explodirem em surtos de fúria, armarem-se e saírem matando vizinhos, parentes, amigos e desconhecidos. Loucura que atingem todos os hemisférios da terra em pânico.

Nossas almas estão atemorizadas e outras aterrorizadas tal qual o menino de seis anos da nossa história. Mas também, tal como ele, temos um Pai, que nos oferece seus braços, seu carinho, seu consolo e sua proteção.

Ele nos diz:

- "Confia em mim. Salta!"

"Vós, os que temeis ao SENHOR, confiai no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo."

"Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento."

"Bendito o homem que confia no SENHOR, e cuja confiança é o SENHOR. Porque será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar fruto."

"Digam agora os que temem ao SENHOR que a sua benignidade dura para sempre. Invoquei o SENHOR na angústia; o SENHOR me ouviu, e me tirou para um lugar largo. O SENHOR está comigo; não temerei o que me pode fazer o homem. O SENHOR está comigo entre aqueles que me ajudam."

Então parece que ouvimos em nosso espírito:

- "Filho meu. Por que estás atemorizado? Pula para os meus braços. Pula já!"

Você também ouviu?
Tá esperando o que?
'Bora lá'...Pula 'cara'!
E Você aí garota, Salta já!
Venha para os braços do PAI.

sexta-feira, 13 de março de 2009

O REALEJO


Ali o menino robusto de olhos ávidos de curiosidade, se encantava com aquele pequeno artefato mecânico nas mãos do velho homem de roupas estranhas. Os olhos do menino fixados naquela caixinha gozada que emitia um som como fosse aquela música de circo mambembe. Como hipnotizado, o menino ficava bem próximo do velho, enquanto este girava lentamente uma manivela ao lado da caixinha, para que dela saísse aquele som de fantasia.

O velho carregava ainda em seu ombro um pequeno papagaio que ao comando do velho homem, abria uma gavetinha na frente da caixinha de músicas e com o seu bico torto, retirava um pequeno cartãozinho e o entregava ao velho.

Os olhos do garoto incendiavam de puro entusiasmo ao ver aquela cena, e o seu coração parecia explodir de enorme alegria.

Era o velho realejo, que saia pela vizinhança para anunciar que o circo estava na cidade e que iria ter espetáculo à tarde. Aquilo tudo era irresistível para a garotada toda que já rodeava o velho realejo e seu papagaio esperto, fazendo um grande alvoroço.

O menino de olhos brilhantes e com o rosto vermelho de corado, corria afoito para sua casa, para conseguir junto ao pai, o dinheiro para a entrada no circo.

Ah! As lembranças.

Naqueles idos de 1968, quando morávamos no interior do Estado de Goiás, era para mim e para meu irmão mais velho... "uma coisa" a chegada do circo itinerante na nossa cidade. Fazíamos de tudo para que nosso pai permitisse, liberasse a "verba" do circo. Nosso comportamento de garotos "levados da breca", mudava da "água para o vinho". Tudo para conquistarmos nosso pai e conseguirmos o dinheiro dos ingressos.

Agia-mos de forma "combinada", executando pequenos serviços domésticos de maneira a impressionar nosso pai. Arrumávamos nossos poucos brinquedos espalhados e nosso material de escola. Dávamos uma "maqueada" no nosso quarto. Escondíamos nossas bagunças nas gavetas e guarda-roupa de maneira a "darmos aquela aparência" de que estava tudo em ordem, e pronto!

Fazíamos então aquelas caras de anjinhos e nosso pai nos dava dinheiro dos ingressos. Então lá íamos para o circo, mas nunca sem antes recebermos todas aquelas exortações e recomendações do nosso pai.

Mas era só nos juntarmos a garotada agitada, e o nosso comportamento se nivelava com a maioria e assim, aquelas feições quase angelicais diante do nosso pai, ficavam exatamente iguais a toda aquela meninada sapeca.

Sabe, essas lembranças hoje, me dão a noção do que acontece também em nosso relacionamento com o Nosso Pai Celestial. Queremos muito determinadas coisas, materiais ou não. Fazemos "de um tudo" para impressionar o SENHOR com a finalidade de obtermos o que tanto queremos. Pedimos incessantemente. Oramos e clamamos com intenso fervor. Alguns chegam mesmo a dedicarem algum tempo em jejum e meditações. Vamos todos os dias ao templo. Colocamos nossas melhores vestes e nos sentamos nos primeiros lugares no templo. Quase estouramos os pulmões em louvores e cânticos exacerbados até e emitimos um sem número de Aleluias, Glória a DEUS!

Na grande maioria das vezes, ainda que procedendo dessa forma e tendo o aparente comportamento que entendemos ser a de um verdadeiro filho, não obtemos a resposta que nos preparamos para receber: O SIM!

Assim como o meu velho pai, que nos conhecia o comportamento diário e atento estava àquela aparência angelical que poderia enganar a todos; mesmo concedendo por amor a nós, não deixava de requerer de nós, o comportamento adequado e sincero ao que ele, nosso pai, esperava de nós.

A Palavra de DEUS nos dá uma dica importante de porque o Nosso Pai não nos dá tudo o que pedimos, quando diz: Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites.

Nossa natureza que possui aquela tendência "levada da breca", meio assim por dizer: Egoísta. Têm-nos muitas vezes, mantido nossos corações adultos, presos à infância.

Muitas coisas durante nossas vidas nos atraem como "a imagem e o som de um realejo encantado", exercendo sobre nós, uma força estranha, para fazermos o que desejamos apenas, ainda que não devamos. Claro, porque nem tudo que podemos fazer é certo fazer, né?

Mas como crianças "mimadas", insistimos em fazer assim mesmo. E como diria vovó: "Vai dar com o burro n'água!"

Mas com Nosso Pai Eterno, as aparências não enganam. "Porque o SENHOR não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR olha para o coração."

Existem muitas coisas que são oferecidas diante dos nossos olhos e nos atraem como os sons de uma caixinha de músicas, tocada por um velho realejo. Outras tantas como o encantamento que as alegrias e surpresas que nos sugerem um espetáculo de circo. Todavia, o tempo da infância espiritual já passou. É hora da gente entender, discernir as coisas como o Apóstolo Paulo registrou:

"Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino."

Aqui digo novamente, não mais como um menino robusto, com olhos brilhantes e deslumbrados. Digo apenas o que tenho aprendido no rigor da realidade que se faz perceber pela maturidade.

"Examinai tudo. Retende o bem. Abstende-vos de toda a aparência do mal. E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor". Amém!

Ah! Mas como era engraçado ver o "palhaço" levar tortas na cara, não era, hein?

quarta-feira, 11 de março de 2009

QUEM VAI PARA O CÉU?


Tem muita gente "batendo cabeças" e algumas até "chutando o pau-da-barraca", numa hostilidade enorme. A discussão é antiga. Eu diria até mais: Eterna.

Todos querem deter a posse inequívoca da verdade, e por "suas verdades", são capazes de qualquer coisa. Mas afinal de contas, qual o motivo de tanta celeuma: Por que tanto barulho, hein?

A questão que eu quero me deter aqui é a a seguinte:

QUEM VAI PARA O CÉU?

Eta 'perguntinha' complicada, hein! Não é a toa que tá esse bate-boca todo.

Sabe de uma coisa meu "chapa", eu não vou meter a minha mão nessa "cumbuca", nesse ninho de vespas. Não vou não, viu?

Hum!

Bem... Pensando melhor. Eu vou sim!

Mas como eu não tenho todo o cabedal necessário para fundamentar meu atrevimento, mesmo porque ninguém o tem, vou enveredar pelo que o assunto toca no meu coração. Tá bom prá você? Pode ser, hein?

Vou fazer o seguinte: Vou dizer quem não vai estar lá. Não vale olhar o final para saber quem eu acredito que com certeza, lá no Céu vai estar. Não vale xeretar, viu?

No Céu não vai ter Jogadores de futebol. Não vai não! Nem adianta tentar driblar, dar aquelas pedaladas ou o "da vaca", que não adianta nada. É bola na trave.

Também não vai ter no Céu, nenhum Cientista. Pode tirar as suas teorias mirabolantes e engenhocas fantásticas da chuva que não vai não.

Lá no Céu não vai ter um Cirurgião sequer, nem prá remédio. Doutores no Céu? Não vai adiantar aquele doutorado em Harvard, viu!

No Céu também não vai ter Sacerdotes, Monges, Padres, Pastores, Missionários, Teólogos de qualquer vertente, Bispos, Cardeais e mesmo os "PAPAs", tão pouco Gurus, nada disso. Nadinha mesmo e não adianta apelar para os "céus".

Também no Céu não vai haver Engenheiros, Arquitetos como eu, Médicos, Advogados, Juízes e outros magistrados, profissionais liberais ou altos executivos. Pode esquecer, porque não vai ter nenhum prá posar ao lado dos Querubins. Vai não viu?

Ah! Lá com toda certeza, não vai ter um só Político. Seja Presidente da República, Senador, Deputado, Congressista, Ministro de qualquer pasta. Prefeitos e Vereadores, "Lobistas" e qualquer outro tipo de "puxa-saco". Nem um sequer e não adianta correr os 'trintinha porcento', viu??

No Céu não vai ter Artistas, Atores e Atrizes, sejam comediantes ou dramáticos. Não tem Palhaço, Canastrões ou Musas e Galãs. Não adianta fazer cenas, palhaçadas e ilusionismos que não vão impressionar os Anjos. É Bola-fora!

No Céu não terá Imperadores, Reis ou Rainhas. Primeiro-ministro, Chanceler, Ditador de republiquetas ou mesmo Republicanos e Democratas. Não adianta dizer no Céu: "Sabe com quem tá falando?" Lá não existe nem mesmo "nepotismo" viu? Não cola!

Agora presta atenção meu pasmo e perplexo camarada. Se liga nisso:

No Céu não vai ter Mendigos. Surpreso? Não vai ter um só com o chapéu na mão. Pode esquecer.

Não vai ter Trabalhador braçal, Aposentado por tempo de serviço ou por invalidez. E antes que eu me esqueça, não vai ter ninguém do Sindicato também não. Entendeu né?

Também não vai ter no Céu: Prostitutas e "cafetões"; Efeminados de qualquer tipo; Malfeitores ou Benfeitores; Pretos, Brancos, Amarelos, Vermelhos, multicolorido ou descolorido. Vai não meu chapa, vai não!

No Céu não vai ter ricos ou pobres, famosos ou absolutamente desconhecidos. Privilegiados de qualquer espécie ou infortunados de toda espécie. Nenhum de Alta Casta e nenhum "Pó-de-terra". Não vai existir Abastados ou "Classe-média" e nenhum Rejeito humano existirá no Céu.

Lá não vai ter nenhum Capitão de Indústria, Banqueiro ou Especulador de Wall Street. Não terão Aplicadores, Investidores, Saqueadores também... Nenhum não, viu?

No Céu não terá Apresentadores de programas de televisão, Animadores de torcida, Secretárias de palco, Diretores ou mesmo a "moça do cafezinho".

Ufa!

Sentiu o porque de tanto barulho a tantos séculos. Entendeu ou quer que eu desenhe?

Ta curiosa?

Com certeza, depois que der uma 'espiadinha' no final da página, você mesmo vai querer aumentar a lista por sua conta e risco. Mas, vem cá. Quem é que vai para o Céu?

aH!
Na próxima postagem eu conto... {rsrsrs}

Brincadeirinha, não vá sustar agora, hein!

Vou dizer somente para você que não tá aguentando de curiosidade e já tá com o corpo cheio de brotoejas. {rsrs}

Lá no Céu somente terá, além daqueles que lá estão desde sempre, apenas os SALVOS!

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele."

Pronto! Satisfeita?

No Céu só terá OS REMIDOS DO SENHOR.

Aqueles todos que foram lavados no sangue do Cordeiro e receberam a marca da promessa.

"Opa! Marca da Promessa?"

Bom meu 'véio'... Essa vai ficar para uma outra postagem, viu?

Que DEUS amplie no nosso coração o Espírito da Palavra que esclarece e retire, apague qualquer palavra que nos confunda o coração. Amém!

quinta-feira, 5 de março de 2009

APENAS UM CISCO NO OLHO ALHEIO

Somos pródigos em examinar, fuçar, esmiuçar, e enxergar os defeitos dos outros e dificilmente, nos detemos no conhecimento de alguma virtude dele. Julgamos e somos julgados quando estamos "diferentes" dos que acreditam ser padrão de moral e do comportamento de um grupo, por exemplo.

Nos tornamos muitas vezes moralistas exacerbados ou legalistas ferozes, buscando com uma lupa de aumento na vida alheia, o que encontraríamos facilmente apenas nos olhando de frente ao espelho.

Talvez a esse comportamento tão largamente encontrado nas comunidades, nas organizações e na sociedade, poderíamos denominar: Hipocrisia?

(Doeu aí em algum lugar do teu olho, hein?)

Temos extrema dificuldade para sermos razoáveis com eventuais erros cometidos pelos nossos pais, cônjuges, filhos, amigos. E na maioria das vezes, totalmente complacentes com os nossos próprios erros.

Por causa de comportamentos assim, muitos relacionamentos são desfeitos.

Por esses motivos também, muita sociedade é rompida.

Por causa deste moralismo sem traços de afeto ou compaixão, muitas amizades são quebradas, perdidas; muitos amores se acabam; muitas famílias vivem em estado permanente de conflito.

Não importam os motivos uns dos outros, mas apenas a "nossa opinião", mesmo que no fundo, saibamos estarmos de igual maneira, errados.

Todos perdem.

Todos sem exceção, viu?

Temos a ousadia de apontarmos perversamente as falhas de todos, mas nunca "apontamos" para as nossas falhas. Elas não são relevantes para outros e sequer confessáveis para nos mesmos.

Alguns de nós, se escondem debaixo de vestes de fidelidade e lealdade, mas tão logo as pessoas percebam suas "roupas de baixo", lançam farta artilharia contra eles afim de desviar-se atenção sobre sua nudez.

Se o alvo do desafeto produz algum tipo de bom fruto, mesmo não tendo assim sido antes, a ofensiva é desacreditar ou desqualificar a autenticidade do fruto.

É uma tolice!

É também um "tiro que lhe sairá pela culatra".

Nenhuma tentativa para desqualificar uma verdade resistirá para sempre e tal qual uma mentira dita muitas e repetidas vezes, sucumbirá ao confronto com a luz dos fatos.

Também nada que agora se mantenha em oculto, permanecerá para sempre escondido e quando a luz incidir sobre a mentira, as motivações também serão reveladas.

Na Palavra de DEUS, existe fartas orientações e exortações sobre esse tipo de comportamento descrito anteriormente. Inúmeros, mas para não ocupar o seu tempo demais, cito apenas alguns conhecidos:

"E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?" Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, estando uma trave no teu? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão." (Doeu aí em algum lugar do teu olho, hein?)

E observe que isso foi dito por Jesus, uns 2000 anos atrás, ensinando e exortando uma multidão que o ouvia.

Jesus havia dito, instantes antes:

"Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós."

E aqui também está escrito, todavia da Palavra do SENHOR transcrita. E mesmo estando aqui transcrita, não desqualifica o fruto de quem transcreve para o nosso próprio ensino e exortação.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça. Quem não tem "ouvidos" para entender, "Atire a primeira pedra!"

Diante das tentativas dos fariseus "apontadores" da época, que questionavam o comportamento diferente de Jesus e dos seus discípulos, o evangelista Mateus escreveu:

"Jesus, porém, ouvindo, disse-lhes: Não necessitam de médico os sãos, mas, sim, os doentes.

Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifício. Porque eu não vim a chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento."

O Apóstolo Paulo, de quem toda comunidade Cristã já ouviu falar. Disse:

"Fiel é a Palavra e digna de toda aceitação, que Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais 'eu' sou o principal." Pois esta não é a "minha palavra para você", mas é A Palavra do SENHOR para nós todos, pecadores arrependidos ou não, com ou sem "CISCO NOS OLHOS", viu?

domingo, 1 de março de 2009

COMO GRÃOS DE AREIA

Não sei se você pode concordar comigo, mas mesmo assim eu vou deixar aqui uma reflexão sobre o assunto: "Grãos de areia".

Sim, eu digo agora "Grãos de areia", como fossem vários, bilhões eu diria melhor, de grãos, mas de mesma essência, "areia". Eu até poderia querer escrever sobre Grãos de AREIAS, mas eu vou me deter mesmo é na Areia nossa de todo dia, que habita em 'besteirozilhões' no nosso planeta.

Papo de maluco, né? Mas vamos lá.

Imagine que a Areia que existe cobrindo toda superfície dos desertos; todas as praias banhadas por oceanos, mares, rios e "córregos"; montes, vales e planícies; e abismos do fundo dos mares; e até aquele tantinho que cobre o vasinho de plantas das nossas casas - Cuidado com a o mosquito da dengue, né?

É Areia prá encher muitos caminhõezinhos, né não? Tudo isso é, se possível for, o tanto de areia disponível no mundo, para que a humanidade pudesse juntar ao longo da experiência humana. Mas a vida do homem, que dura uma fração de tempo, somente pode acumular durante toda vida, apenas os Grãos de areia que se grudam na pele das palmas das suas mãos e se aderem na superfície do seu corpo.

O Homem pode com muita imaginação e criatividade, tentar encontrar meios para carregar em suas mãos, mais Grãos de areia que ele precisa, pelo simples fato de ajuntar coisas e coisas, enquanto cumpre a sua jornada pela terra. Ele não precisa de tanto ou de tudo que tenta em vão carregar e acumular para si mesmo. Ele teria talvez que viver muitas e muitas outras vidas, para ao final, descobrir que ainda assim, não precisaria ter acumulado tanta areia. Todavia, como a Bíblia nos ensina, que ao homem está determinado morrer uma só vez, e após isso o juízo, então aí é que não vamos precisar de mais do que já ficou grudado nos nossos corpos.

Aquilo que não precisamos, vai se esvaindo pelos vãos dos dedos das mãos, e ficam para trás, enquanto no chão, marcam as pegadas que nossos pés deixam sobre ela, até que o vento as sopre e já não mais são.

-"Ei! Não tô entendendo nada!" Parece que ouvi a loiríssima lá das Dunas de Sergipe, gritando. Vocês ouviram também, hein?

É interessante no mínimo pensarmos, que nossos corpos feitos de "água e pó da terra", queira tanto e se esforce tanto para acumular tantos Grãos de areia como se fossem tesouros. Tolice! Sabemos que os nossos corpos voltarão ao pó de onde saíram e é claro, que toda areia acumulada, juntada, armazenada, economizada, investida, irá junto ao pó, como foi desde o princípio.

É claro que essas coisas têm a ver com o discernimento das coisas espirituais. É uma metáfora viu meu caro.

Independente da crise dos nossos dias, o homem sempre buscou adquirir valores, poderes e prazeres e pelos quais, acredita poder preencher a sua existência de forma plena. Mas... (Olha aquele "mas" aí de novo, gente!), acabam não passando de Grãos de areia no sentido maior da essencialidade da alma humana. É talvez uma forma muito tosca de expressar o significado da vida para o ser humano, criado à semelhança do Criador. Fazer o que né? Eu também tenho minhas limitações com os tais Grãos de areia. A gente sempre tem dificuldades com isso, né mesmo?

São Grãos de areia a vaidade do homem em ser maior mais poderoso e mais importante que o outro. Isso passa e escorre pelos vãos dos dedos das mãos.

O Homem corre atrás das riquezas que o façam rico e cortejado por isso. Mas, outra vez, não tem maior valor que Grãos de areia grudados no corpo que não ultrapassarão esta vida para a outra vida, após esta vida aqui.

É Grãos de areia o investimento humano em tentar deter o tempo; tentar parar o envelhecimento do próprio corpo. Os que conseguem passar uns poucos anos a mais da média, por conta da sua robustez, enfrentam o cansaço e o enfado, o ócio e o tédio tal qual admirar um deserto de Grãos de areia.

E preste atenção, meu camarada. Eu não falo do investimento humano no ser humano, não! Na saúde da humanidade, melhoria e na ampliação da qualidade de vida das pessoas, enquanto correm atrás dos seus Grãos de areia. Todo investimento do homem bom, para o bem do homem, é de fato riqueza. Mas o investimento do homem mau apenas para dominar o outro, é grão de areia de péssima "lavra".

- "Agora vem aquela hora que ele vai passar o sermãozinho na gente. Que saco!"

Pode ficar tranquilo meu querido carregador de areia. Desencana, viu? Não estou aqui prá "pregar" nada prá ninguém. Eu, tal como todos, carrego os meus Grãos de areia grudados no meu corpo. Eu também corri atrás para encher as minhas mãos com muitos Grãos de areia, mas como de fato, esvaíram-se por entre meus dedos. Aprendi, como muitas outras pessoas por esse mundão de meu DEUS, que é mais 'esperto' ajuntar Grãos de ouro na vida eterna. E observe que lá, Grãos de ouro valem tanto quanto os de areia aqui para nós. A riqueza que possamos eventualmente juntar aqui, são menos que Grãos de areia, lá.

Pegou a idéia, né?

Mas os Grãos de ouro que lá não tem valor, aqui representam o "tudo de bom e de bem", que o homem pode dar de si para o seu semelhante. Tudo o que ele pode doar de si próprio, para que a caminhada de todos se torne melhor, menos árdua e penosa. Todo o bem que cabe nas palmas das tuas mãos para entregar ao próximo e aliviar o deserto arenoso das outras pessoas. Servirmo-nos uns aos outros e facilitarmos a vida uns dos outros fazem parte dos tesouros da alma.

JESUS fez isso.

Ele se doou como servo, mesmo sendo Filho de DEUS. Mesmo tendo em Sua herança eterna, nãos só todos os Grãos de areia da Terra, como também todos os Grãos de areias cósmicas que formam o universo. Ele se fez carne, como a nossa carne, de água e de pó, habitou no meio de nós e tendo deixado Seu sangue manchar as areias da Terra por amor de nós, assumiu Seu lugar nos céus, além das estrelas que Ele mesmo ajudou a criar.

Eu não sei o quanto você pode reter dessa reflexão "granulada". Eu gostaria de passar a idéia de que as melhores coisas para se acumular, enquanto habitantes e caminhantes pela terra dessa Terra, é a de fazer o bem, não importando a quem.

Ser um bom amigo sempre, mesmo quando a recíproca não for verdadeira. Consolar os aflitos, mesmo quando precisar de consolo. Alegrar o entristecido, ainda que estejas abatido. Repartir com o necessitado o teu pão, mesmo que não tenhas tanto para ti mesmo. Matar a sede dos que estão sedentos de água ou carinho. Cuidar daqueles que estão enfermos. Orar pelos que não tem forças para clamar. Distribuir a palavra de esperança para quem está desesperançado.

Sim, essas coisas não são como Grãos de areia grudados na superfície dos nossos corpos, mas Grãos de ouro impregnando o nosso espírito e atraindo a atenção do Pai.

Nós esperamos alcançar o Reino de DEUS, onde a traça e a ferrugem não corrompem nosso tesouro.

Acredite. Você não vai poder levar os "caminhõezinhos-de-areia" que laboriosamente ou não, ajuntou ao longo da tua vida. Ah! Não vai não, meu 'véio'! Vai ficar para outros usarem. Mas aquilo que você com alegria, ajuntar na eternidade, você também desfrutará pela eternidade.

O Exemplo a ser seguido e perseguido é o de Jesus. Mesmo ele sabendo de antemão que seria consumido pelas iniquidades de nós, os Grãos de areia, assim mesmo, não cessou de nos fazer o bem.

Bem... É isso meu amigo "granulado". Vamos sacudir as "areias" da nossa vaidade e do nosso egoísmo, e seguir a orientação de Jesus, nosso mestre:

"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração." {JESUS CRISTO - Mt. 6:19-21}