quinta-feira, 31 de março de 2011

CONTRA FATOS HÁ ARGUMENTO SIM!


"Contra fatos não há argumentos?"


Sabe, na minha maneira de ver as coisas agora, meso os fatos que nos apresentam, podem ser relativos tanto quanto a verdade de cada um o pode ser.


Há pessoas que se limitam aos fatos, ao que se conhece sobre aquilo que se pode ver, mas que podem todavia não suportar a uma investigação profunda, para além daquilo que se imagina ter sido visto.


Por exemplo: Existem muitas histórias de pessoas que foram indiciadas, julgadas, condenadas e executadas até, pela exposição dos fatos que eram contra elas. A sequência da história contudo, em muitos desses casos, com o tempo e a investigação, trouxe a tona uma verdade que não se apresentava na cena, na coleta dos fatos.

Muitos erros judiciais até viraram filmes e acabaram revelando que mesmo os fatos podem ser contestados/confrontados pela verdade. Nesses casos entretanto, não se pode alterar os fatos e tampouco negar o fato de que se cometeu uma injustiça terrível. Os fatos podem limitar o julgamento que fazemos, mas a Verdade é que nos liberta de fato, dos fatos.


Assim, modestamente, eu me atreveria a dizer que Fatos não são verdades absolutas, mas uma interpretação daquilo que se pode ver. Todavia, o que se pode ver e desse modo ter-se como verdade, depende do ponto de vista de quem vê. Complicado?


Recentemente li em um livro que me presentearam, uma ilustração muito interessante que pode lançar um pouco de luz ao que quero dizer. Conta-se em uma "antiga história a respeito de três cegos que encontraram um elefante. Quando lhes foi pedido que descrevessem o animal, cada um disse uma coisa diferente. Um afirmou que o elefante era como uma grande mangueira; o segundo, que ele parecia um cabo de vassoura; e o terceiro, que ele se assemelhava ao tronco de uma árvore. Cada um descreveu o animal a partir da sua perspectiva. Nenhum deles estava certo ou errado; todos estavam expondo o seu ponto de vista pessoal. Assim o autor do livro faz uma afirmação que merece ser considerada diante dessa ilustração interessante.


"Somos humildes quando percebemos que somos como os cegos, limitados na nossa capacidade de perceber as coisas que estão bem diante de nós." (Mark Baker no livro: JESUS, O maior psicólogo que já existiu.)


Evidentemente, considerar então que é verdade absoluta aquilo que percebemos a partir do nosso ponto de vista, da nossa perspectiva da vida e da lida passa a ser arrogância até.

Agindo assim, estamos desrespeitando o ponto de vista do outro em sua verdade, que como a minha própria, é relativa. Nossas verdades não representam a totalidade dos fatos, apenas a interpretação que fazemos com o que sabemos deles.

E isso não quer dizer que não aja uma verdade absoluta, pois há ("Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida;" João 14:6), nós é que a conhecemos apenas em parte. Talvez por isso todo aquele que CRÊ se aproxima melhor da verdade do que aquele que apenas SABE sobre ela.


Crer não necessita sequer dos fatos, das provas para ter-se por verdade e segui-la. Aquele todavia que precisa das provas e dos fatos para então aceitar, terá extrema dificuldade para seguir a verdade que somente é percebida na perspectiva da fé. Crer pela fé no entanto, não dispensa o conhecimento dos fatos, mas ao contrário, dá qualidade a essa fé. Conhecer e prosseguir em conhecer o motivo daquilo que se cre pela fé, capacita o que crê, estabelece a confiança e cria um relacionamento com o motivo da sua fé. JESUS é o motivo da minha fé.


Eu creio na sua verdade e com toda a convicção que me é possível ter, quero conhecê-lo mais, e prosseguir em conhecê-lo cada vez melhor. Jesus não convenceu-me pelos fatos históricos, mas Ele me atraiu gentilmente pelo que fez por mim antes mesmo de eu existir. Pela cruz, Jesus me atraiu para si, e é desse ponto de vista que eu posso enxergar a vida. É também sob a perspectiva da cruz de Cristo que podemos caminhar pela fé em direção a Esperança apesar dos fatos. Jesus disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim". Sim, esse é o argumento que muda os fatos que pesam sobre nós, e altera a condenação. Aliás, Jesus sobre isso afirmou que "Não veio para condenar o mundo, mas veio para que o mundo fosse salvo por Ele."


Não permita que suas próprias verdades ou de quem quer que seja o condenem e limitem sua crença em seu potencial; em sonhos maiúsculos; nas pessoas que te cercam de amizade e te querem bem. Não permita que te roubem a fé, diminua sua esperança e tampouco esfriem o amor. Não se autocondene pelos fatos da sua história que não pode mudar, mas perdoe-se e viva. Aceita o perdão de Jesus e viva para sempre.


"Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus." (Rm. 8:1)


O Senhor faça transbordar em Graça o nosso viver.

segunda-feira, 28 de março de 2011

EMBRULHOS DE PRESENTE


Há pouco tempo, minha esposa e eu escolhíamos um presente para uma pessoa querida. Era o aniversário dela e para não dizer sua idade, vou apenas ilustrar com um bolo cheio de velinhas, tá? Pegaram a ideia, hein?


Inicialmente tínhamos algumas alternativas, mas acabamos decidindo por uma coisa diferente daqueles presentes tradicionais que sempre damos e recebemos, depois que chegamos na maturidade. Compramos uma boneca de pano enorme, depois de virar algumas lojas especializadas dos shoppinges da cidade. "Será que ela vai gostar?" Perguntou minha esposa. "Tenho certeza que vai gostar da surpresa." Respondi convicto que ela gostaria. Além de inusitado para a ocasião, tinha muitos significados entre elas.


Bom... tarefa cumprida, né? Vocês que pensam! Então começou a procura de um "embrulho" que coubesse e valorizasse o presente. Sabem, essa situação me fez recordar de quando mais moço... (Que que é? Já fui mais moço sim, viu!) A gente costumava embrulhar os presentes com muitas caixas. Começava com uma grandona, que dava a impressão de ser um presentão, e depois, uma a uma, caixas menores e menores, uma dentro da outra, até chegar em uma pequenininha onde enfim estava o tão escondido presentinho. O que? Vocês nunca fizeram isso na vida não, hein?


A brincadeira, além de esconder do presenteado o formato e o valor do conteúdo, ainda causava a expectativa de que era muito legal para se ter tamanho trabalho, considerando o embrulho, é claro. Muitas eram as surpresas. Umas boas e outras frustrantes. A gente olhava para aqueles embrulhos caprichados, cheios de papeis coloridos, laços, fitas, penduricalhos presos por todos os lados; um embrulho mais bonito que o outro, e no final, o conteúdo... outro par de meias pretas. Fala sério! Frustrante, né não? Isso enfraquece a amizade, viu!


Dessas toscas memórias eu já emendo com uma reflexão rápida que a situação provoca. Sabe, ao longo de toda a nossa vida, nos oferecerão muitos "embrulhos" de presente. Nos nossos aniversários e na maior parte, entre eles. Muitos virão cheios de adornos incríveis por fora, mas poderão ocultar um conteúdo desagradável, que frustrará nossas melhores expectativas. Muitos "embrulhos" poderão representar pessoas que virão em algum momento de alegria, e outras que virão em momento de tristeza e até abandono.


De uma maneira ou de outra, nós não poderemos nunca nos basear na formosa aparência do "embrulho" para acreditar que o conteúdo, sua alma e intenções do seu espírito, é tão formoso quanto a embalagem, o "embrulho". Afinal de contas: "Quem vê cara, não vê coração." Aliás, como dizia minha avó Ninita: "Por fora... bela viola; por dentro... pão bolorento."


Muita gente hoje, jovens apressados, e maduros menos cuidadosos, são "presas" fáceis dessa avaliação superficial e impulsionadas por essas impressões, se apressam a descascar o primeiro "embrulho" bonito que lhes aparece. Muitas almas tem se frustrado e se machucado com esse descuido e precipitada avaliação. Gente até que assume compromissos sérios e relacionamentos afetivos, baseados na virtualidade da Internet.


O computador, nesses milhares de casos, tem sido um belo "embrulho" para machucar corações carentes e ávidos de afeto e companhia. É um perigo! Para mim, tanto quanto para muitos que creem como eu, a Palavra de DEUS é a melhor fonte de orientação para esse e qualquer outro tipo de decisão que se queira tomar. Nela está a Sabedoria do Alto que pela leitura e pela fé, podemos nos poupar de metermos a mão e a alma, em "embrulhos" de engano.


Da Bíblia, o apóstolo Paulo, em sua carta aos Hebreus, afirma com toda inspiração do Espírito:


"Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até a divisão de alma e espírito, e de juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele a quem havemos de" prestar contas. (Hb. 4:12-13)


Que a gente não se impressione nunca pela beleza do "embrulho" e que tenhamos a sábia e saudável compulsão de buscar orientação em quem pode revelar-nos as intenções e o conteúdo do "presente" escondido pela embalagem. Consulte a Palavra, ore e espere a resposta, tá bom?


Alerta feito, deixa eu voltar ao nosso presente, tá? Foi um sucesso total quando a aniversariante, abriu o embrulho do seu presente, e vendo aquela boneca enorme de trancinhas, disse emocionada: "ADOREI!"


Yes!!! Na mosca!!! O SENHOR faça transbordar em Graça o seu "embrulho" também.

sábado, 19 de março de 2011

DO NASCENTE AO POENTE


A Necessidade nos assemelha; a Solidariedade nos aproxima; mas é o Amor que nos une.

A Calamidade nivela a todos pela parte inferior. Ela retira os privilégios, as diferenças e indiferenças e coloca a todos na mesma cruel condição: A da Fragilidade da vida humana sobre a face nua e crua da terra.

Ela nos põe frente a frente com o inevitável e nos confronta com os horrores da impotência dos seres humanos para impedi-la de vir quando quer, sem aviso prévio , sem pedir licença. Devastadora.

Ela também é diferente da tragédia anunciada onde quase sempre, há ação dolosa ou culposa do homem.

A Catástrofe é a ação descomunal e destrutiva das forças naturais, agindo sem freios sobre si mesma, em intervalos de tempo que ninguém pode prever ou controlar sua vinda e sua intensidade.

Ela não respeita os limites da pobreza ou da riqueza que separa os povos e nações em continentes tão distantes.

Seus efeitos podem ser vistos com perplexidade desde o Nascente ao Poente.

Ela, por si só, é capaz de retirar do seu caminho escolhido, toda intervenção humana por mais simples, frágil ou complexa e sólida que nos pareçam ser as obras das nossas mãos. Tudo o que construímos para nós e para as próximas gerações é poeira e lama no rastro de sua passagem.

Diante dela, todo o esforço humano é nulo. Depois dela, todo esforço é pouco, porém Benvindo.

Não podemos deter tamanha força com nenhum recurso humano conhecido, mas podemos usar todos os recursos disponíveis para ajudar as vítimas a reconstruírem suas vidas.

Vindo ou indo pessoalmente; contribuindo com quem foi ou orando por quem lá está. Encontraremos uma maneira de direcionar um deles ou todos eles para auxiliar e minimizar os efeitos da calamidade sobre nossos irmãos.

OREMOS PELO JAPÃO. NÃO ESQUEÇAMOS DO HAITI E TÃO POUCO DOS NOSSOS SOFRIDOS DAQUI.

"O SENHOR faça transbordar em Graça o seu viver."

quinta-feira, 17 de março de 2011

CAMINHÃO-DE-MUDANÇAS

"Só possuímos na vida o que dela pudermos levar ao partir. Nem mesmo o nosso corpo nos pertence."

Outro dia me lembrava de uma frase que ouvi em um sermão que era mais ou menos assim: "Ninguém já viu um caminhão de mudanças seguindo um enterro."

Isso se referia ao fato de que viemos ao mundo nus, e que sairemos dele do mesmo jeito. Nada levaremos do que aqui nos pareceu ser tão indispensável, tão necessário.

Eu então me recordei de que tive uma vida quase nômade. Filho de pastor evangelista e depois ordenado e eleito pela comunidade. A gente passou a vida inteira trocando de casa, mudando de cidade e de estado de tempos em tempos.

Parecia que parte da mudança já ficava pronta para partir. Depois de anos que havia me "desgarrado" da familia e ficado para trás em uma dessas mudanças, eu mesmo passei por uma em especial que vou compartilhar com vocês aqui.

Havíamos nos mudado no começo do ano para a cidade onde morava toda a minha família, após 23 anos daquela "desgarrada" que mencionei antes.

Tentávamos, além da mudança de ares, emprego para nos estabelecermos em Goiás. A cidade onde morava minha familia, vivia naqueles anos, uma "bolha" de progresso devido a instalação de indústrias novas e com isso, a expansão do emprego/trabalho na região, ao contrário da retração que acontecia na minha região de origem.

Enchemos um caminhão baú com toda nossa mudança, que incluía toda a mobília, eletroeletrônicos, utensílios domésticos, roupas e quinquilharias que ainda existiam do meu primeiro casamento.

Mandamos tudo na frente e viajamos de carro emprestado, por mais de 1000 quilômetros, levando no carro, um casal de "Weimaranners" adultos (Acho que é assim que se escreve o nome da raça).

Digo tudo isso para se ter ideia do "caminhão de mudanças" que carregávamos na ida.

Fomos cheios de expectativas para uma vida nova, em um ambiente novo e perto de pessoas amadas que muito desejaram essa nossa chegada.

Alguns dos motivos pelos quais nossa estada por lá foi frustrada, já contei aqui mesmo no 'blog' ao longo de 5 anos de publicações. Se você não tiver mais nada prá fazer nos próximos meses, dê uma lida, tá bom?

Continuando: Menos de um ano depois, tivemos que retornar, e então, não havia mais o lugar para voltar com a mudança. Havíamos vendido a nossa casa.

O jeito então foi botar toda nossa mudança, toda mesmo, à venda. Tudo o que tínhamos e tudo o que conseguimos depois, foi deixado para trás.

Vendemos a preço de banana na hora da "xepa" a maioria dos móveis, equipamentos e eletrodomésticos, algumas roupas e utensílios, e fizemos uma doação generosa para nossos familiares e amigos.

Tivemos ainda que deixar nossos cachorros, o casal e mais 9 filhotes, que vendemos ou doamos para amigos. Aqui faço um aparte para imaginar que se depois de 7 anos, se eles estiverem vivos, será que nos reconheceriam ainda, hein? Quem sabe, né?

Na última noite antes de iniciar a viagem, dormimos em um colchonete no meio da sala vazia, na companhia inesperada de uma gatinha branca de rabo quebrado que entrou pela janela e dormiu ao nosso lado.

Nossa partida foi de surpresa para a nossa família. Saímos de madrugada para não ter que despedir novamente de todos. Praticamente fugimos dessa despedida tão difícil e dolorosa.

Em um carro pequeno que conseguimos adquirir, colocamos alguns sacos com roupas; acomodamos uma TV 29'' e alguns álbuns de fotografia. Minha esposa, que nunca havia dirigido em estrada, e mesmo na cidade por mais de meia hora, foi a motorista nessa viagem maluca, por mais de 14 horas, atravessando 3 estados. Eu já não conseguia mais dirigir por causa da visão que piorara muito naqueles poucos meses.

Tudo isso que compartilho com vocês agora, é apenas para dizer que nada do que deixamos da mudança para trás nos fez falta, mas ao contrário, nos permitiu uma nova etapa da vida com mais leveza e até mesmo mais simplicidade.

Em termos de vida vivida, o que ficou para trás era excesso de bagagem. O que no entanto, continuamos carregando em nossos corações, em nossas memórias são as lembranças dos nossos queridos, as experiências que edificaram nossas existências, as emoções vividas e uma consciência serena de que fizemos o melhor que estava ao nosso alcance para fazer.

Aprendemos ainda, com essa experiência toda, a nos desapegar das coisas que podem ser carregadas em um caminhão de mudanças, mas não podem ultrapassar os limites dessa vida.

Aprendemos a valorizar o que tem valor e a investir naquilo que nem a traça, o ladrão e o tempo, podem roubar de nós: A fé, a esperança e o amor.

Aprendemos que tudo que nós conseguimos com o trabalho e nosso suor aqui nessa terra, está a venda e pode ser comprado e depois vendido, doado, ou mesmo abandonado, mas nossas emoções experimentadas, e sentimentos vividos, nem sequer podem ser emprestados. Isso é o que realmente somos e portanto, permanecerá conosco para sempre.

Temos aprendido também, que ainda temos muito o que aprender nessa e em muitas outras áreas. Humildemente sabemos que se todo o resto que pode ser carregado no "caminhão de mudanças" nos faltar, o SENHOR DEUS em quem investimos nosso ser e procuramos honrar com nosso viver, jamais nos faltará. Ele é o nosso Tesouro Eterno.

"Não ajunteis para vós tesouros na terra; onde a traça e a ferrugem os consomem, e onde os ladrões minam e roubam; mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem os consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará também o teu coração." (Mt. 6:19-21)

Nesses tempos de perplexidade diante das catástrofes naturais que vitimam cidades inteiras e arrasam países de lá e de cá; independentemente se pobres ou ricos.

Apesar da dor e do sofrimento que isso está causando, há que se fazer uma pausa para refletir: Onde estamos colocando o "nosso tesouro"? Lá onde não há dolo, não há choro nem ranger de dentes; não há pavor repentino. Lá onde nem a traça, nem a ferrugem, nem o ladrão, nem os poderes da natureza e nem mesmo a morte súbita pode nos tirar? Espero que sim.

Que o SENHOR seja também o seu Tesouro, viu?


OREMOS PELO JAPÃO!

sábado, 5 de março de 2011

FOFOCA


As pessoas, de modo deliberado ou não, uma vez ou outra, escorregam naquilo que mais condenam. Um desses escorregões extremamente chatos e que causam muitos aborrecimentos, desde os ambientes profissionais até familiares e pessoais, é o que popularmente conhecemos como Fofoca.

Falar da vida alheia é uma mania terrível e muitas vezes cruel, pois via de regra, retira a chance da pessoa alvo da Fofoca, a possibilidade de se defender ou dar a sua versão dos fatos.

Há muita gente fazendo uso desse recurso mesquinho, e até justificando essa mania que se tem de emitir "opinião segura" sobre aquilo que desconhecem, como se obrigatório fosse ter que fazê-lo sob pena de ser tomado por ignorante e desinformado.

Levianamente, emite-se opinião sobre tudo e fala-se sobre todos com uma desavergonhada firmeza de argumentos sem qualquer consistência, sem a preocupação se aquilo é mesmo fato ou boato, se é real ou outra mera versão.

Particularmente eu acho que a Fofoca é um recurso dos mesquinhos sem brilho próprio e dos preconceituosos desinformados. Aliás, para mim preconceito é o mesmo que se diz no popular sobre a inveja, se é que me entendes, né!

Porque como já disse, fofoqueiros, invejosos e preconceituosos, nunca se preocupam nem com as provas e menos ainda com as consequências dessa leviana mania de falar do que não sabe, do que não viu.

A essa altura, você poderia perguntar: "Mas por que essas pessoas agem assim, hein?"

Claro que seria melhor perguntar a elas, mas senão vejamos: Vida vazia e tediosa; inveja e cobiça; incompetência talvez. Quem sabe motivadas pela desinformação, ou pela falta de educação, ou ainda com a falta de caráter mesmo.

Seja lá o que for que as motiva a falarem da vida alheia como se fosse a sua própria, e da publica como da sua privada, é um pé-no-saco, né?

Eita! Pode não ser assim uma resposta gentil, mas será que não cheguei perto? O que você acha, hein?

Não dá para saber como e porque nasce um fuxico, um mexerico, uma Fofoca. Sabemos todavia, que ela não é inofensiva nunca, muito pelo contrário, há muita má intenção embutida na Fofoca, na maledicência.

O fofoqueiro se outorga o direito de fazer juízo sem conhecimento, condenar sem provas e se executar sem compaixão, tomado de um poder que não existe de verdade, mas que essa prática parece-lhe dar sem ter que prestar contas por nada e para ninguém.

Sim, porque lança no ar como suspeita, como novidade, para provocar o falatório e depois apreciar o estrago que ele produziu para se divertir ou se dar bem.

Por sua vez, cada um que dá crédito e espalha, costuma aumentar no conto um ponto, ampliando o falso e o estrago também. Como um rastilho de pólvora, a continuidade da propagação acabará arrasando carreiras, relacionamentos e até interrompendo vidas.

Não dê ouvidos a Fofoca e não propague-a também.

Caramba! Pareço furioso? Pois não estou. É bom que se diga logo antes que alguém que nem lê meu 'blog' saia por aí fofocando a meu respeito, né?

Como costumo dizer aos amigos que me conhecem e conhecem muito bem o que penso, creio, e as motivações para viver como vivo: "Já passei da idade e do peso para me descabelar por causa das fofocas que criam sobre mim."

Afinal de contas, quem é que aí não foi alvo de uma Fofoca retumbante?

Quem sabe uma fofoquinha "ingênua" então?

Alguém escapou ileso até agora, hein?

Sortudo!

Opa! Você não é "o tal" não, né? Tô de olho em você, viu!

Fica esperto. Tome cuidado com aquelas pessoas que se aproximam de você para contar uma Fofoca. Quem fala de alguém para você, vai falar de você para alguém.

Presta atenção naquela conversinha daqueles que chegam perto e em tom de segredo disparam: "Você ficou sabendo?"

Essa é clássica, daquelas que acontecem pelos corredores dos escritórios, na pausa do cafezinho e até mesmo nos banheiros das repartições. Lá vem uma Fofoca pesada.

Fuja dela! Não seja um espalhador de boatos, pois Fofoca é mesquinharia e depõe contra você!

Acredite: Ninguém vai ficar impune do que disse, tanto como não vai ficar imune ao que dele se falará.

quarta-feira, 2 de março de 2011

POR FORA E POR DENTRO


"porque andamos por fé, e não por vista)" II Coríntios 5:7

Não é a primeira vez que acontece, e espero que não seja nunca a última.

Falo de que se repetiu agora, bem recente, o que acontece sempre que vou ao consultório dos meus médicos antigos, aqueles que não me veem já há algum tempo.

Percebe-se na conversa uma certa surpresa em me ver vivo, andando e falante como sempre. Muitos deles tem a lembrança de um homem encolhido, fincado em uma cadeira de rodas, magro, amarelo, com os cabelos ralos e com olhar agonizante, que entrava empurrado em seus consultórios há poucos anos.

Alguns até já não tinham lá muita expectativa de me verem melhor como hoje estou, e simplesmente ficam felizes, tanto quanto surpresos, ao me verem bem agora.

No caso mais recente, minha esposa me disse que o médico estava bem envelhecido e com os cabelos, além de brancos, um tanto quanto ralos.

Parecia que o tempo judiara mais dele do que de mim, não soubesse ela de onde DEUS havia me arrancado.

Ele ficou muito contente de verdade, pois fora um daqueles que desenhara um breve final para minha existência, em função do quadro em que me vira antes do meu transplante, durante o período das sessões de hemodiálise. Eu tava mesmo no bico do corvo, viu?

Ele estava ali com duas estagiárias no seu consultório, uma das quais, sua própria filha. Ele fez questão de recordar para ela, aqueles tempos atrás que já descrevi aqui.

Brincando ele perguntou-me qual era a marca da tintura que eu usava no cabelo. Sempre brincou com isso por causa de eu não ter cabelos brancos e a cabeleira estar inteira, apesar dos 5.3 décadas rodadas. Mas isso eu não conto nem sob tortura, viu!

Digo sempre que DEUS foi e tem sido muito bom para comigo. Me fez passar por alguns vales, desertos, e até cair em cavernas sombrias, onde não arredou o pé de estar comigo.

Eu sei bem, aliás, muito bem de onde o SENHOR me tirou e sei que há ainda muitos outros que não podendo evitar a entrada, confio que ELE providenciará minha saída mais uma vez.

Espero surpreender meus médicos, meus amigos e quem sabe, algum inimigo desconhecido por muito tempo ainda, pois a despeito de pelo lado de fora, apresentar o peso e a aparência dos anos, pelo lado de dentro eu tenho sido nutrido, vivificado, rejuvenescido, pelo amor, pela fé e pela esperança nesse DEUS que me colocou à prova, mas também me socorreu quando eu não podia mais aguentar.

Sim, DEUS nunca foi além das minhas possibilidades, e nunca foi além disso com ninguém. DEUS põe à prova ao que ama, e eu sei disso muito bem.

Tem sido assim comigo, e com muitos que ELE provou, afligiu, e depois restaurou. Tornamo-nos mais fortes pela força que ELE desenvolveu em nós na tribulação.

Não tenho pretensão de ficar para semente, pois até agora pelo menos, não tenho semente de mim mesmo para deixar, todavia, enquanto DEUS me permitir, quero continuar surpreendendo a vida com a sobrevida que o SENHOR tem me dado.

Talvez seja isso que faça diferença na vida daqueles que são provados pelo Pai, que acaba diferenciando de outros que murmuram quando chega a primeira aflição.

A gratidão na alma faz a gente rejuvenescer com a experiência; se alegrar com o suficiente; ter esperança com aquilo que ainda não veio, e estar sempre pronto para receber o que DEUS mandar.

Assim, ter uma atitude agradecida e esperançosa, um comportamento afirmativo e bem-humorado também, parece ajudar em muito a manutenção da juventude na alma. Experimenta
prá ver, tá?

Claro que vamos envelhecer algum dia, né? Espero que demore bastante prá ti também, viu?

Sei entretanto, que é inevitável o aparecimento daquelas rugas na cara, uns cabelos brancos espalhados, as carnes flácidas pela cintura e coxas ou ainda, aquela calvície tardia, porém, espero que o meu interior, e o seu também, se renovem todos os dias, trazendo de volta os sabores, odores e valores da primeira infância da nossa eternidade, com graça e Plena Graça em Cristo Jesus. Aleluia!

"Pois tudo é por amor de vós, para que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de Deus. POR ISSO NÃO DESFALECEMOS; MAS AINDA QUE O NOSSO HOMEM EXTERIOR SE ESTEJA CONSUMINDO, O INTERIOR, CONTUDO, SE RENOVA DE DIA EM DIA. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas." (II Coríntios 4:15- 18)

O Senhor faça transbordar em Graça o seu viver!