Quando eu era um menino, eu tinha muito medo de mandruvá. Não que eu tivesse tido algum contato com ele, mas hoje eu acredito que de tanto ouvir o meu pai dizer que era o seu único medo também.
Sabe, não era nenhum medinho, coisa leve não! Era capaz de me produzir até pesadelos com o tal do mandruvá, viu? Você sabe o que é mandruvá? Não sabe não, hein? Pois é uma lagarta cheia de pelos 'espinhudos' que ao serem tocados, produzem uma dor de queimadura terrível que só.
Depois de anos, já estávamos morando na praia, eu descobri um novo e definitivo medo.
Gostava demais de mar e ia quase todos os dias. Jogava futebol de areia com a turma, e depois, mergulhava no mar para retirar a areia do corpo. Aproveitava para pegar 'jacaré' nas ondas, e muitas vezes, para isso, ia até mais fundo, mais longe da praia, prá lá da arrebentação.
Um dia, estávamos eu, um amigo e duas amigas, pedalando um daqueles barcos tipo pedalinho, e para fazer 'presença' para as garotas, mergulhei de cima do barco e fui cair exatamente no meio de um cardume de sardinhas.
Você não imagina a sensação terrível que é sentir milhares de peixes esbarrando em você, trombando com o seu corpo enquanto você está ali, boiando no meio do mar.
Meu medo me fez ver uma mancha enorme, escura, apavorante, se movendo junto com o cardume de sardinhas, como fosse um peixe grande atacando os pequenos. E eu ali, de sobremesa. Percebeu?
Havíamos assistido a pouco tempo atrás, o lançamento do filme do Tubarão, e aquelas imagens ainda estavam impressionadas na minha mente. Pareceu-me ouvir até aquela musiquinha sinistra do filme que precedia a entrada em cena do 'peixão dentuço'.
Foi naquele dia que eu descobri o que era sentir medo de verdade. Mas diferente de muita gente que paralisa numa situação dessas, eu consegui chegar ao barquinho e subir sem demonstrar todo o pavor que acabara de passar.
Essa experiência acabou com a minha carreira de surfista, ou de mergulhador profissional. Claro que eu não tinha nenhum talento para nenhuma dessas profissões, mas se tivesse, teria acabado ali mesmo, viu?
Sabe, o medo é um sentimento legítimo, mas ele não pode governar a vida da gente. Pode não, né? Todo mundo já teve, tem ou vai ter medo de alguém ou alguma coisa.
Sabe, não era nenhum medinho, coisa leve não! Era capaz de me produzir até pesadelos com o tal do mandruvá, viu? Você sabe o que é mandruvá? Não sabe não, hein? Pois é uma lagarta cheia de pelos 'espinhudos' que ao serem tocados, produzem uma dor de queimadura terrível que só.
Depois de anos, já estávamos morando na praia, eu descobri um novo e definitivo medo.
Gostava demais de mar e ia quase todos os dias. Jogava futebol de areia com a turma, e depois, mergulhava no mar para retirar a areia do corpo. Aproveitava para pegar 'jacaré' nas ondas, e muitas vezes, para isso, ia até mais fundo, mais longe da praia, prá lá da arrebentação.
Um dia, estávamos eu, um amigo e duas amigas, pedalando um daqueles barcos tipo pedalinho, e para fazer 'presença' para as garotas, mergulhei de cima do barco e fui cair exatamente no meio de um cardume de sardinhas.
Você não imagina a sensação terrível que é sentir milhares de peixes esbarrando em você, trombando com o seu corpo enquanto você está ali, boiando no meio do mar.
Meu medo me fez ver uma mancha enorme, escura, apavorante, se movendo junto com o cardume de sardinhas, como fosse um peixe grande atacando os pequenos. E eu ali, de sobremesa. Percebeu?
Havíamos assistido a pouco tempo atrás, o lançamento do filme do Tubarão, e aquelas imagens ainda estavam impressionadas na minha mente. Pareceu-me ouvir até aquela musiquinha sinistra do filme que precedia a entrada em cena do 'peixão dentuço'.
Foi naquele dia que eu descobri o que era sentir medo de verdade. Mas diferente de muita gente que paralisa numa situação dessas, eu consegui chegar ao barquinho e subir sem demonstrar todo o pavor que acabara de passar.
Essa experiência acabou com a minha carreira de surfista, ou de mergulhador profissional. Claro que eu não tinha nenhum talento para nenhuma dessas profissões, mas se tivesse, teria acabado ali mesmo, viu?
Sabe, o medo é um sentimento legítimo, mas ele não pode governar a vida da gente. Pode não, né? Todo mundo já teve, tem ou vai ter medo de alguém ou alguma coisa.
É comum esse sentimento em nós, e natural também. Na maioria das vezes ele atua como uma proteção, nos livrando de muitas encrencas e perigos no nosso cotidiano.
Existem medos porém, que atrapalham as nossas vidas. Medos que paralisam, que lançam a dúvida nas mentes das pessoas e impedem de se desenvolverem, de crescerem profissionalmente, emocionalmente e de serem felizes.
Dúvidas que lançam o medo de amar e não ser correspondido; de ser rejeitado. É uma coisa terrível mesmo, não é?
Medo de perder um 'status' conquistado no trabalho, por exemplo. E de ficar desempregado no meio dessa crise então... É apavorante, né não?
Medo de perder uma amizade; medo de não ser aceito; medo de ficar velho.
Muitos e variados são os medos que sozinhos ou associados, vão atrapalhando e adiando a nossa felicidade, enchendo as almas de dúvidas e temores.
Existem medos porém, que atrapalham as nossas vidas. Medos que paralisam, que lançam a dúvida nas mentes das pessoas e impedem de se desenvolverem, de crescerem profissionalmente, emocionalmente e de serem felizes.
Dúvidas que lançam o medo de amar e não ser correspondido; de ser rejeitado. É uma coisa terrível mesmo, não é?
Medo de perder um 'status' conquistado no trabalho, por exemplo. E de ficar desempregado no meio dessa crise então... É apavorante, né não?
Medo de perder uma amizade; medo de não ser aceito; medo de ficar velho.
Muitos e variados são os medos que sozinhos ou associados, vão atrapalhando e adiando a nossa felicidade, enchendo as almas de dúvidas e temores.
Sim, existem medos que roubam as oportunidades para conquistar um lugar ao sol. Mostrar nossa capacidade e talentos. Medos que mantém as almas escondidas em si mesmas.
Eu nunca deixei de ir à praia e dar meus mergulhos, apesar daquele trauma na juventude. Jamais os meus medos de criança impediram que eu fosse à luta e buscasse cada um dos meus sonhos com muita vontade. Nunca deixei de me esforçar de verdade, mesmo quando houve mudanças dramáticas na minha vida. Nem mesmo as perdas físicas, profissionais, afetivas, tiraram do meu coração a ousadia, a coragem de permanecer na luta. Porque essa seria mesmo a pior coisa que poderia ter me acontecido, ou acontecer para qualquer pessoa. Faltar coragem para continuar, para se expor e arriscar outra vez, e tantas quantas forem necessárias para conseguir.
A ousadia não elimina o medo, apenas não permite que este o impeça de caminhar em direção aos seus sonhos.
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)
Já aquele tal de mandruvá... não dá não. Só Jesus mesmo, viu?
Eu nunca deixei de ir à praia e dar meus mergulhos, apesar daquele trauma na juventude. Jamais os meus medos de criança impediram que eu fosse à luta e buscasse cada um dos meus sonhos com muita vontade. Nunca deixei de me esforçar de verdade, mesmo quando houve mudanças dramáticas na minha vida. Nem mesmo as perdas físicas, profissionais, afetivas, tiraram do meu coração a ousadia, a coragem de permanecer na luta. Porque essa seria mesmo a pior coisa que poderia ter me acontecido, ou acontecer para qualquer pessoa. Faltar coragem para continuar, para se expor e arriscar outra vez, e tantas quantas forem necessárias para conseguir.
A ousadia não elimina o medo, apenas não permite que este o impeça de caminhar em direção aos seus sonhos.
"Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar." (William Shakespeare)
Já aquele tal de mandruvá... não dá não. Só Jesus mesmo, viu?
Um comentário:
Mano, seu texto me fez lembrar que eu senti essa dor de madruvá. Foi no acampamento Palavra da Vida. Estava jogando futebol na quadra e a bola foi chutada pra fora, pro mato, por algum bola murcha. Corri, pus a mão na mureta e pulei pro lado de fora da quadra, quando senti aquela dor horrível queimando a minha palma da mão. Lembro que a dor foi intensa e refletia pelo braço todo. Esmaguei sem querer aquele mandruvá bonzinho que só estava ali passeando, ou, assistindo a gente jogar bola. Que dózinha dele, fiquei! Daquele fedazunha! Mas não tenho medo deles não! Mas continuo me borrando quando me deparo com um sapão. E por aqui tem muitos! E de várias espécies. Mas nenhum, e nem nada, me dá tanto medo ao ponto de paralisar a minha vida. A paz que o Senhor Jesus me dá, e que não é a paz que o mundo dá, me faz seguir em frente, na certeza que Ele está comigo, iluminando o caminho, e você sabe, O Caminho é uma pessoa e seu nome é Jesus!
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