sexta-feira, 21 de maio de 2010

TEMPO DE TROCAR AS ROUPAS VELHAS



Outro dia, saímos para comprar umas roupas novas. Tínhamos algumas peças que a gente estava mesmo precisando, mas como sempre, acabamos comprando mais do que era preciso.

Ao tentarmos acomodar as vestes novas no guarda-roupa, percebemos que ele tinha encolhido bastante. Não cabia nada do que havíamos comprado.

Deve ser algum efeito estranho do clima que provoca esse encolhimento dos móveis, né?

Bom, não tendo jeito, resolvemos fazer uma faxina nas gavetas e nos cabideiros. Você não imagina a quantidade de roupa velha, de acessórios fora de moda, de porta-trécos recheados de coisas inúteis e um monte de outras aguardando reparos que jamais serão feitos.

Difícil escolher o que não se quer mais guardar; o que não serve mais em nossos corpos. Sim, porque deve haver algum outro estranho efeito do clima que encolhe as nossas roupas no armário com o passar dos anos, né?

Difícil também é se desfazer de trecos que foram guardados para marcar eventos, momentos e sentimentos que queríamos preservar materializados em pequenas bugigangas.

Nesse momento a gente percebe o quanto é difícil se desfazer de coisas que antes eram tão importantes, mas que o tempo se encarregou de retirar os significados. Mesmo assim, na hora de colocar no saco para serem doados ou descartados, notávamos haver uma certa relutância interna. Em algumas roupas encontramos papéis, recibos e outros documentos, que traziam a memória, quando foram usados pela última vez, e resgatamos até o próprio evento. Dava para escrever uma breve história cada recordação.

Mas eu não estou aqui contando isso à toa não, viu? Eu queria ilustrar com isso, a grande dificuldade que todos temos em nos desfazermos de velhas roupas, velhos hábitos e vícios. Como é complicado a gente se livrar de manias, tristezas, mágoas e ressentimentos então, hein? Tudo coisa inútil!
Todavia, é preciso um esforço grande para lançarmos fora. É necessário uma boa dose de ousadia para rompermos com esse círculo vicioso que prende as nossas mentes dentro das gavetas, dentro do guarda-roupa. Percebeu que eu não disse armário, né?

Fizemos algumas familias felizes por receberem aquillo que para nós não servia mais, mas que seria tão útil para elas. Agora, depois que conseguimos nos desfazer de tudo aquilo que entulhava nosso guarda-roupa, além de colocarmos todas aquelas roupas novas no lugar das outras, ainda por cima , nos sentimos leves e aliviados. Sensação ótima, como se algo de sobre nossos ombros tivesse sido retirado com a mão.

E é exatamente sobre essa sensação onde eu queria chegar. Demorou, mas cheguei!

Na nossa vida física, tanto como na espiritual, há momentos em que precisamos mesmo fazer uma bela faxina. Abandonar as coisas velhas. Esvaziar os nossos corações das coisas que ficaram para trás. Livrar as nossas mãos dos fardos velhos. Deixar livre para que seja tudo arejado, limpo e desimpedido para que algo novo, melhor, revigorante, desconstruido, sem remendos e contaminações, possam ocupar o espaço livre em nossas novas vidas.

Cabe aqui a gente ressaltar, que isso é um processo que de vez em quando, precisa ser feito, refeito. Que algumas coisas podem ser reaproveitadas, ajustadas, recicladas, devido sua importância e valor. Mas a essência de toda essa mudança, é sempre estarmos com a mente renovada e o coração limpo. Entendeu isso?
Então, aproveitando a mudança de estação, faça uma faxina no "interior" do seu guarda-roupa, tá bom?

"E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus." (Rm. 12:2)

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