sábado, 29 de agosto de 2009

MAIOR É O QUE ESTÁ EM NÓS


Não temos muito mais o que fazer diante das coisas que os nossos olhos e também, todos os outros sentidos têm percebido nesses últimos dias.
Temos ou não temos, hein?

Outra vez vemos e ouvimos coisas que nos fazem sentir o quanto estamos impotentes diante dos fatos que pipocam por todos os lados. Aqui e ali, chegam notícias que nos dão conta do quanto mal o ser humano é capaz de produzir e com quanta perversidade ele é capaz de fazer isso.

Aqueles que possuem o bem como tesouro na alma e motivação na vida, ainda conseguem perceber a degradação moral da sociedade e dos seus sócios, com espanto e surpresa. A maldade e o malfeito incomoda os tidos como "do bem" e chocam diante das notícias deles.

Graças a isso, temos assim, a sensação de indignação, de vergonha e frustração por não conseguirmos afastar dessa proximidade com os que praticam impunemente, toda sorte de crueldade contra os que não podem se defender.

A justiça do homem está demasiadamente emperrada na sua ineficiência e não acolhe o clamor do fraco, do idoso, da criança e da viúva. A causa do pobre não pesa o mesmo que a do rico e a balança da justiça possui pesos mal distribuídos. Assim a impunidade se ri daquela "senhora" de olhos vendados e mãos atadas pela burocracia e lentidão de juizo.

Temos aquela sensação de total insegurança ante os rumores da violência de cruéis e da incapacidade dos gestores para mantê-los afastados de nós e dos nossos lares.

Sofremos com o descaso e o deboche das autoridades que governam e legislam para os seus próprios bolsos fundos e vorazes. Somos derrotados por uma maioria acovardada e servil que se limita a assistir a tudo e aceitar, validando com seu silêncio, a permanência dessa atmosfera de vergonha instalada nas nações.

"O mundo jaz no maligno" e a malignidade dos seres faz imperar a injustiça. Não há quem pratique o bem e o que pensa fazê-lo, prontamente é desestimulado pela covardia dos omissos ou pela truculência dos que tem o interesse na manutenção desse quadro. Não há ninguém que pratique espontaneamente o bem de maneira que uma mão que doe não enxergue a outra que dá nada. Comparamos favores com valores e confundimos generosidade com vantagem.

A perversidade não está naquilo que se pratica e que está na mídia, mas está nas intenções e nos projetos da alma para permanecerem nessa prática. Os que se indignam com tudo isso e se manifestam publicamente, logo são perseguidos e desqualificados por uma campanha de difamação. Alguma imprensa menos comprometida "grita" para "surdos" confortáveis e analfabetos funcionais. Lamentavelmente, a grande maioria é desinformada ou mal informada propositadamente ou não.

A massa está de canga e é tangida como em em outras épocas, como em outros regimes. A Democracia virou uma bandeira de autopromoção e perpetuação. Tem uma maioria que aplaude o que não percebe, não entende e deliberadamente não se importam.

Até mesmo os que creem, tem motivos para duvidarem ante os abusos praticados pelos manipuladores da fé. Homens e mulheres levados às últimas possibilidades de suas esperanças. Espoliados nos recursos dos seus sonhos e lesados nas promessas de alívio de suas dores. A relação do homem com o Criador, ainda é uma grande barganha. A quantidade e eficiência das bençãos de Deus estão em tabelas de valores que se pode escolher e pagar com até mesmo dinheiro de plástico. Indulgências modernas, hein?

E por se multiplicarem as iniquidades o amor de muitos tem esfriado. E em se esfriando o amor, o espaço da maldade tem se ampliado. E sob o império da maldade as relações dos homens tem se degenerado. A ausência do amor entre os seres tem enfraquecido a sociedade do bem na mesma proporção que fortalecido a sociedade do mal.

As virtudes não têm nenhuma importância em um mundo altamente competitivo. A competição da vida tornam as amizades um meio para se conseguir subir, uma escada fácil para o topo. Os fins justificam os meios, ainda que os meios não sejam justos.

A palavra também fácil que salta à boca não reflete com fidelidade as intenções do coração e os gestos largos aparentemente simpáticos, apenas escondem outros interesses da alma. Há quem justifique essa maneira de existir e ser, como sobrevivência. Há quem diga porém, que é carência de Deus.

Assim, o mundo está posto no maligno e a alma dos aflitos geme com gemidos inexprimíveis.

Por isso, não temos muito mais o que fazer diante das coisas que os nossos olhos e também, todos os outros sentidos têm percebido nesses últimos conturbados dias. Poderia mesmo ser assim, mas para aqueles que tem sua esperança no Senhor, 'tem jeito' ainda, viu?

"Filhinhos, sois de Deus, e já os tendes vencido; porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo." (1 João 4:4)
Essa é a minha esperança e a certeza que me move tanto quanto a que te move também, não é mesmo?

Isso não nos tem livrado de conviver com esse mundo e com a maldade dos ímpios, mas tem nos dado forças prá aguardar as promessas do Senhor feitas aos nossos pais. Assim temos vencido os maus dias e sido fortalecidos no nosso espírito, na esperança do nosso resgate em glória.

"Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece." (Filipenses 4:13)

A palavra é de realidade "nua e crua" todavia sem perder o ideal e imaginação. Porque há sonhos para sonhar e esperança para permanecer na luta. A única certeza é a de que se o bem desistir, o mal nadará de braçadas no espaço resultante da nossa covardia. E nós não somos covardes não, não é?

"O QUE ME PREOCUPA NÃO É O GRITO DOS VIOLENTOS. É O SILÊNCIO DOS BONS". (MARTIN LUTHER KING)

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