Eu trabalhei durante cinco anos, em uma grande empresa de transporte. Comecei como supervisor de transporte e depois de pouco tempo, por recomendação da diretoria, fui promovido a gerente.
É muito comum nessas ocasiões, que um ou outro colega seu, fique meio contrariado. Você já passou por uma situação dessas, hein?
Pois é, gera uma certa inveja mesmo entre os candidatáveis, não é mesmo? Tem colegas que de uma hora para outra começa a torcer o nariz prá você. Mas por outro lado, outros que sequer falavam contigo, logo se aproximam para pegar uma carona na sua conquista.
É normal isso. Não gostamos muito não, mas é normal. Tipo assim: Faz parte, né?
Em certo momento da minha trajetória dentro da empresa, eu passei por um momento terrivelmente doloroso para a minha vida. Minha esposa então, faleceu vitimada por um câncer fulminante.
Eu não assimilei bem aquele momento da minha vida. Não conseguia fazer sentido nada daquilo pelo qual me esforçava tanto. Perdi o chão, o teto e o rumo.
Meu comportamento no trabalho mudou.
Eu sempre fui uma pessoa bem-humorada. Considerado pelo meu chefe, um cara legal, simpático, sincero, ousado nas ideias e nas soluções dos problemas. Qualidades essas que levaram a diretoria a optar pela minha promoção, em detrimento de outros muito mais antigos que eu.
De repente, sem ter noção total daquilo, eu me tornei um cara introvertido, intolerante e ríspido no trato com meus colegas.
Carregava em minhas palavras, uma partícula da dor da perda recente da minha esposa. As pessoas sentiam e se ressentiam pela mudança, mas permaneciam compreensivas com meu problema.
Um dia, um dos diretores da empresa, mas de outra divisão, me chamou em sua sala. A nossa conversa foi surpreendente para mim, por se tratar de alguém de outra área, e que não tinha contato tão frequente.
Ele me recebeu na porta da sua sala. Pediu que eu me sentasse a frente da sua mesa. Fechou a porta e assentando-se, foi logo ao assunto:
- "Gerson... Eu gosto muito de você." E então continuou:
- "Existem colegas seus, que você nem imagina, que também gostam muito de você."
Com essas duas frases, ele deu o tom da nossa conversa. Por pelo menos uma hora, ele me contou que muitos dos meus colegas tinham-me como referência. Eles me admiravam e muitos deles, diziam que gostariam de fazer parte da minha equipe de trabalho.
Que em muitas conversas nas reuniões de diretoria, com as outras gerências, o meu nome foi muitas vezes citado como um exemplo de bom funcionário. Que a maneira entusiasmada que eu colocava nas minhas atividades rotineiras, causava muito boa impressão. Que o meu bom-humor, minha gentileza no trato com todos os colegas, e minha disposição para colaborar, eram observadas pela minha diretoria, e pelos demais diretores. Me falou que muitos deles, usavam o exemplo do meu comportamento, para motivar as suas próprias equipes.
Ao invés de me sentir lisonjeado com tudo aquilo que aquele homem, sempre tão sisudo, e de poucas palavras estava me dizendo, eu fui ficando envergonhado. Era uma sensação estranha, de como se eu estivesse desapontando muita gente. Como se eu tivesse magoando as pessoas com a minha magoa, meu sofrimento. Pessoas que nada tinham a ver com a minha dor.
Eu não tinha percebido que era tão observado, e até admirado. Eu não fazia ideia que muitos dos meus colegas gostavam da minha maneira de ser e de conduzir as rotinas do departamento.
Eu desconhecia que a minha presença dava uma dinâmica nos processos da minha divisão. Que o meu jeito de tratar os meus funcionários, minha gerência, e até os diretores, chamava positivamente a atenção.
Foi uma surpresa quando aquele homem me disse que ele próprio passara pela mesma situação que eu estava passando, e que assim entendia a mudança do meu comportamento. Mas que ele estava torcendo para que eu pudesse superar muito rapidamente, aquele momento difícil, para que eu não destruisse a imagem que todos tinham de mim. Que eu voltasse a ter o equilíbrio emocional necessário para não ferir as pessoas ao meu redor.
Essa conversa abriu os meus olhos.
Tanto quanto a imagem que as pessoas tinham de mim, quanto aquela que eu tinha de mim mesmo, eram um testemunho do que DEUS fazia por dentro de mim. Eu não queria que o meu testemunho sobre o amor de DEUS fosse desqualificado pela minha tristeza.
É muito comum nessas ocasiões, que um ou outro colega seu, fique meio contrariado. Você já passou por uma situação dessas, hein?
Pois é, gera uma certa inveja mesmo entre os candidatáveis, não é mesmo? Tem colegas que de uma hora para outra começa a torcer o nariz prá você. Mas por outro lado, outros que sequer falavam contigo, logo se aproximam para pegar uma carona na sua conquista.
É normal isso. Não gostamos muito não, mas é normal. Tipo assim: Faz parte, né?
Em certo momento da minha trajetória dentro da empresa, eu passei por um momento terrivelmente doloroso para a minha vida. Minha esposa então, faleceu vitimada por um câncer fulminante.
Eu não assimilei bem aquele momento da minha vida. Não conseguia fazer sentido nada daquilo pelo qual me esforçava tanto. Perdi o chão, o teto e o rumo.
Meu comportamento no trabalho mudou.
Eu sempre fui uma pessoa bem-humorada. Considerado pelo meu chefe, um cara legal, simpático, sincero, ousado nas ideias e nas soluções dos problemas. Qualidades essas que levaram a diretoria a optar pela minha promoção, em detrimento de outros muito mais antigos que eu.
De repente, sem ter noção total daquilo, eu me tornei um cara introvertido, intolerante e ríspido no trato com meus colegas.
Carregava em minhas palavras, uma partícula da dor da perda recente da minha esposa. As pessoas sentiam e se ressentiam pela mudança, mas permaneciam compreensivas com meu problema.
Um dia, um dos diretores da empresa, mas de outra divisão, me chamou em sua sala. A nossa conversa foi surpreendente para mim, por se tratar de alguém de outra área, e que não tinha contato tão frequente.
Ele me recebeu na porta da sua sala. Pediu que eu me sentasse a frente da sua mesa. Fechou a porta e assentando-se, foi logo ao assunto:
- "Gerson... Eu gosto muito de você." E então continuou:
- "Existem colegas seus, que você nem imagina, que também gostam muito de você."
Com essas duas frases, ele deu o tom da nossa conversa. Por pelo menos uma hora, ele me contou que muitos dos meus colegas tinham-me como referência. Eles me admiravam e muitos deles, diziam que gostariam de fazer parte da minha equipe de trabalho.
Que em muitas conversas nas reuniões de diretoria, com as outras gerências, o meu nome foi muitas vezes citado como um exemplo de bom funcionário. Que a maneira entusiasmada que eu colocava nas minhas atividades rotineiras, causava muito boa impressão. Que o meu bom-humor, minha gentileza no trato com todos os colegas, e minha disposição para colaborar, eram observadas pela minha diretoria, e pelos demais diretores. Me falou que muitos deles, usavam o exemplo do meu comportamento, para motivar as suas próprias equipes.
Ao invés de me sentir lisonjeado com tudo aquilo que aquele homem, sempre tão sisudo, e de poucas palavras estava me dizendo, eu fui ficando envergonhado. Era uma sensação estranha, de como se eu estivesse desapontando muita gente. Como se eu tivesse magoando as pessoas com a minha magoa, meu sofrimento. Pessoas que nada tinham a ver com a minha dor.
Eu não tinha percebido que era tão observado, e até admirado. Eu não fazia ideia que muitos dos meus colegas gostavam da minha maneira de ser e de conduzir as rotinas do departamento.
Eu desconhecia que a minha presença dava uma dinâmica nos processos da minha divisão. Que o meu jeito de tratar os meus funcionários, minha gerência, e até os diretores, chamava positivamente a atenção.
Foi uma surpresa quando aquele homem me disse que ele próprio passara pela mesma situação que eu estava passando, e que assim entendia a mudança do meu comportamento. Mas que ele estava torcendo para que eu pudesse superar muito rapidamente, aquele momento difícil, para que eu não destruisse a imagem que todos tinham de mim. Que eu voltasse a ter o equilíbrio emocional necessário para não ferir as pessoas ao meu redor.
Essa conversa abriu os meus olhos.
Tanto quanto a imagem que as pessoas tinham de mim, quanto aquela que eu tinha de mim mesmo, eram um testemunho do que DEUS fazia por dentro de mim. Eu não queria que o meu testemunho sobre o amor de DEUS fosse desqualificado pela minha tristeza.
Isso não podia acontecer mais.
Então eu "voltei".
Pode ser que relatos como o meu, não sejam nada interessante para muitos.
É provável até, que histórias como a minha, não promovam em suas mentes nenhuma motivação extra.
Mas para aquelas pessoas que nos amam, as que nos admiram, ou aquelas que de perto ou de longe, nos observam, sempre fará alguma diferença.
Sim, porque não temos noção de quanta gente nos observa. Quantas pessoas convivem conosco e em nosso comportamento se espelham.
Talvez seja esse o motivo pelo qual se diga que as pessoas não se lembram do que temos, fazemos, dizemos, mas seguramente, elas sempre se lembram de como as tratamos.
Elas podem até compreender um mal momento nosso.
Elas podem até se solidarizarem conosco.
As pessoas podem entenderem os motivos pelos quais agimos de modo diferente, mas nenhuma delas suportará indefinidamente o nosso mau-humor para com elas.
Observe também ao seu redor.
Olhe ao seu lado. Olhou?
Presta atenção a sua volta. Você percebeu?
Agora, discretamente... Dê uma olhadinha lá para cima. Sim, para o Céu, além das nuvens. Viu?
Pois é, estamos sendo observados!
Nunca nos esqueçamos disso, tá bom?
"Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons."
Então eu "voltei".
Pode ser que relatos como o meu, não sejam nada interessante para muitos.
É provável até, que histórias como a minha, não promovam em suas mentes nenhuma motivação extra.
Mas para aquelas pessoas que nos amam, as que nos admiram, ou aquelas que de perto ou de longe, nos observam, sempre fará alguma diferença.
Sim, porque não temos noção de quanta gente nos observa. Quantas pessoas convivem conosco e em nosso comportamento se espelham.
Talvez seja esse o motivo pelo qual se diga que as pessoas não se lembram do que temos, fazemos, dizemos, mas seguramente, elas sempre se lembram de como as tratamos.
Elas podem até compreender um mal momento nosso.
Elas podem até se solidarizarem conosco.
As pessoas podem entenderem os motivos pelos quais agimos de modo diferente, mas nenhuma delas suportará indefinidamente o nosso mau-humor para com elas.
Observe também ao seu redor.
Olhe ao seu lado. Olhou?
Presta atenção a sua volta. Você percebeu?
Agora, discretamente... Dê uma olhadinha lá para cima. Sim, para o Céu, além das nuvens. Viu?
Pois é, estamos sendo observados!
Nunca nos esqueçamos disso, tá bom?
"Os olhos do SENHOR estão sobre os justos, e os seus ouvidos atentos ao seu clamor. Os olhos do SENHOR estão em todo lugar, contemplando os maus e os bons."
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