sábado, 27 de fevereiro de 2010

BASTA APENAS UM CLIQUE


Numa dessas noites que a gente não encontra nada aproveitável na TV. E após inúmeros cliques e cliques do controle remoto, passar por todos os canais por assinatura, sem achar nada realmente proveitoso que merecesse atenção. Novamente me entreguei a folhear as páginas do meu livro favorito: A Bíblia. Em um dos trechos dela, onde está registrado os pensamentos de Salomão, tive a impressão de que ele estava se referindo ao cenário que acabei de descrever.

Olha só esse trechinho: "Filho meu, atenta para as minhas palavras; às minhas razões inclina o teu ouvido. Não as deixes apartar-se dos teus olhos; guarda-as no íntimo do teu coração. Porque são vida para os que as acham, e saúde para todo o seu corpo. Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida."

Fiquei imaginando um pai cuidadoso, preocupado com a educação do seu filho, aconselhando-o sobre algumas coisas da vida.

Naquela época, se tivessem TV a cabo, internet, e outros meios de comunicação de massa, talvez Salomão estaria dizendo ao seu filho, que tomassem extremo cuidado com a programação, com aquilo que estava assistindo.

Talvez ele aconselhasse seu filho a não se deixar impressionar com a permissividade; Com os exemplos dados pelas autoridades; Com os excessos e com a promiscuidade. Com as propagandas insinuantes e outras enganosas

Talvez Salomão, no intuito de preservar a mente e o coração do seu filho, estivesse aconselhando a não andar com amigos que não possuíssem o temor de DEUS em seus corações.

Provavelmente, diria para não se iludir com as lisonjas da mulher promiscua e fugir da mulher adultera.

Imagino Salomão, diante de uma TV de alta definição, 'zapeando' com o controle remoto na mão, nervosamente vendo a programação das redes de TV instaladas hoje, e seu desespero/ indignação, diante do que nós, nossos lares, nossos filhos e filhas, são submetidos.

Talvez Salomão, observando essa liberdade toda que os filhos jovens, adolescentes ou mesmo crianças, tem para acessar essas fontes de contaminação das pequenas almas em formação. Ele provavelmente chamaria os pais e lhes daria uma estrondosa bronca.

Duvida?

Eu creio que ele faria sim.

Existem pais que acreditam mesmo que a TV educa.

Que a vida lá fora educa.

Que é errando que se aprende.

Que a rua é a melhor escola para preparar seu filho.

Eles acreditam que a responsabilidade de educar seus filhos, é dos professores da escola, e da igreja.

Abdicam da responsabilidade paterna de orientar sua própria descendência.

Nesse espaço. Nessa lacuna. Nessa brecha deixada por esses pais, penetra a TV, a Internet, e outros "entretenimentos" eletrônicos, de maneira avassaladora nas mentes e corações dessa geração.

O coração dessa juventude não conhece outros mecanismos de educação, regras de convivência, e desconhecem os limites de tudo.

Agindo assim, esses pais, deixam por conta dos tais "formadores de opinião" a tarefa de impregnar o coração, "de onde procedem as fontes da vida" com seus "exemplos" de vida.

Dessa forma, modelos, atrizes, cantores, autoridades, entrevistadores, jogadores de futebol, apresentadores, autoridades políticas, e por aí vai, assumem o papel de educadores, abdicado pelos próprios pais.

Permitem que as mentes em formação, façam escolhas das quais não tem estrutura emocional e psicológica para fazerem. Deixam que o 'mundo' eduque seus filhos.

Acho até, que se Salomão estivesse por aqui, mais que uma bronca, ele, como soberano do seu reino, mandaria alguns desses pais para o "paredão".

Recebo muitas mensagens de gente indignada com a programação das TVs..

Principalmente sobre a Rede Globo, da qual ultimamente circula um 'spam' sobre as investidas da Globo, contra a moralidade, ao mostrar em alguns dos seus "líderes de audiência", cenas de libertinagem, promiscuidade, imbecilidade, em horário nobre da sua grade de programação.

Prá falar a verdade, recebi uma dezena, no mínimo, essa mensagem de exacerbada indignação. Você já recebeu, não recebeu? Pode esperar que vai receber, viu!

Apesar da exposição de diversos argumentos, essa circular, detalha minuciosamente, os pontos da crítica, informando os endereços (links) de onde pode ser encontrado na Internet. Querem fazer "parede" a essa rede de televisão, fazendo circular essa corrente, mas, e o controle remoto da TV? Mudou o canal? Desligou?

Salomão teria quebrado a TV, e saído com seu filho para dar umas voltas pelos jardins da cidade. Levado seu garoto para bater uma bolinha com seus irmãos. Bater um papo cabeça com ele sobre as delícias que é um homem adquirir, sobretudo que se pode aprender, a sabedoria. Com toda certeza leria trechos das Escrituras e depois, mais tarde, uma volta de camelo para ver o por-do-sol em Jerusalém.

Ele jamais deixaria a educação do seu filho nas mãos da mídia. Dessa mídia não!

Não que seja um fanático fundamentalista que queira banir a TV, como fosse ela o próprio anticristo, ou mesmo a besta. Não é isso não.

É preparar um homem digno, equilibrado, amante da verdade e da justiça, um cidadão que respeite seus limites e dos outros, um ser humano preparado para amar o seu próximo como a si mesmo.

Torne o seu filho uma pessoa de bem.

Seja um educador. Use sua livre escolha e mude de canal, ou desligue essa TV que seu filho está vendo.

Isso!

Vá agora, vá!

Desligou?

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma."

Ah! Essa última é de outro sujeito muito sábio, o apóstolo Paulo.

Mas, E ái...

Já viu o que seu filho está assistindo na Internet agora?

Ele tá muito quietinho, não tá não, hein?

Corre lá! Dê uma "espiadinha"... Viu?

Basta apenas um 'CLICK...' tá bom?

"Ouvi, filhos, a instrução do pai, e estai atentos para conhecerdes a prudência. Pois dou-vos boa doutrina; não deixeis a minha lei. Porque eu era filho tenro na companhia de meu pai, e único diante de minha mãe. E ele me ensinava e me dizia: Retenha o teu coração as minhas palavras; guarda os meus mandamentos, e vive. Adquire sabedoria, adquire inteligência, e não te esqueças nem te apartes das palavras da minha boca."
(Salomão)

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

EM BUSCA DO ÓCIO




Durante um ano em que estive cuidando do meu TGI(Trabalho de Graduação Interdisciplinar), para concluir a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, em 1981, pude experimentar algo que me serviu para a vida inteira. Não somente no profissional, mas também e principalmente, no plano pessoal.
Eu havia escolhido para meu projeto de graduação, fazer uma urbanização na plataforma resultante do lançamento do emissário submarino de Santos, em SP.
Durante o desenvolvimento, ao longo de um ano inteirinho, fomos agrupados em grupos com áreas de interesse de projeto semelhantes. Ou seja: Urbanização de áreas publicas. Nosso grupo era de cinco jovens,inspirados e criativos, que nas reuniões semanais, discutia com o orientador, os rumos dos nossos projetos.
Havia uma ação muito forte dele sobre os nossos trabalhos. Suas orientações, depois de algum tempo, começaram a me parecer que ele desejava a coautoria de cada um dos nossos trabalhos.
Eu não sei se era um sentimento comum, mas eu sentia que estava dando voltas, indo e vindo sem conseguir fechar sequer o conceito do trabalho. De uma certa maneira, a gente estava sendo direcionado de acordo com a vontade dele. A tendência também, era de agradar os orientadores, pois eram também eles que nos avaliariam na conclusão, quando defenderíamos nossos projetos.
Eu me sentia tolhido, cerceado na minha criatividade e na intuição do meu coração.
Então resolvi obedecer esse sentimento e estabeleci uma estratégia, para não encontrar mais barreiras do orientador.
Desenvolvi dois trabalhos quase distintos. Um em aula, sujeito a todas as interferências, para "agradar" o orientador, e também os palpites do grupo. E um outro trabalho, solitário em que meu coração se agradava.
Pesquisei bastante. Além dos livros que ele orientou para que lêssemos, para embasar o conceito, eu li outros livros, de outros autores, para sustentar o projeto que me agradava o coração.A este último, eu resolvi dar um nome que expressasse o conceito do projeto de edificação e urbanismo que queria implantar na plataforma:
"EM BUSCA DO ÓCIO".
Me agradava na época, e ainda me agrada, uma das principais características da orla de Santos.
Seus mais de cinco quilometros de jardins. Me agradava a ideia de uma cidade que permitia um lazer apenas contemplativo. Me parecia que esse cenário convidava a gente a lançar um olhar que vencesse os limites do horizonte, e na imaginação, contemplasse o continente africano,do outro lado do atlântico.
"EM BUSCA DO ÓCIO" era o trabalho que desenvolvi quase que totalmente em secreto, e consegui na defesa, surpreender alguns colegas e principalmente, o orientador.
A nossa banca foi composta de quatro arquitetos, profissionais de renome nacional, e o quinto, nosso orientador.
Houve cinco defesas de tese naquele dia, e o meu, foi o deixado para último propositadamente, segundo o presidente da banca. Os três primeiros trabalhos defendidos por colegas do meu grupo, não lograram êxito, e não passaram pela banca, mesmo com a participação do orientador. Tímida epálida, se bem me lembro.
A penúltima, minha colega, sofreu um pouco nas mãos deles, mas conseguiu aprovação afinal. E enfim, era a minha vez.
Todo um ano de trabalho passou pela minha cabeça. As horas mal dormidas e todo o esforço de noites e noites em claro. Todos sacrifícios que um aluno pobre, bolsista, teve que fazer para se formar em uma escolaparticular de ensino superior no nosso país. Era aquela a hora.
Eu falei durante um bom tempo. Respondi a muitas perguntas como fosse a "Santa Inquisição". Enfrentei o olhar estranho do meu orientador, e o de surpresa de alguns colegas que ainda não sabiam do meu projeto paralelo.
Ao final, recebi minha nota, que só não foi a máxima, por causa da retaliação do orientador, por eu haver escondido o verdadeiro trabalho.
Eu havia sido aprovado com a maior nota da turma, e com a recomendação do presidente da banca, que era então o Diretor do METRÔ de São Paulo, Raimundo Pachoal, para que a plateia aplaudisse o meu trabalho.
Foi a consagração de uma intuição, da coragem de um jovem que preferiu agradar ao seu coração, naquilo que acreditava, do que agradar aos outros. Na verdade, isso não é para me gloriar de nada. Eu já havia aprendido muito antes, que era preferível agradar a DEUS que agradar os homens, no trato espiritual E das coisas dessa vida. Faço esse relato com emoção e boas recordações daqueles anos em que tudo era um grande 'croqui' de vida, um anteprojeto de sonhos.
Daquele ensinamento eu nunca me esqueci, e todas as vezes que não o apliquei na minha vida profissional e mesmo pessoal, acabei por desagradar ao meu coração e ao meu DEUS.
Durante muitos anos aquele lugar, a plataforma do emissário de Santos, recebeu apenas eventos esporádicos, sem maiores projetos e equipamentos instalados. Recentemente,soube que um dos arquitetos que esteve na banca deavaliação, em 1981, o Arquiteto Ruy Othake, teve seu projeto implantado naquela área e enfim, consagrou o espaço que eu tive muito prazer em imaginar ainda como estudante. Se você não conhece, da uma chegada lá no José Menino. Sente-se no 'deck' e olhe profundamente ao longe, para o horizonte, e imagine-se enxergando as costas da África.
Já me disseram que o projeto do Ruy,ficou muito bom e harmonizou aquele pedaço da orla santista. De fato, ele é um dos melhores profissionais dos que estão em atividade ainda hoje,
Esse era o desejo de um garoto, que colocou seu coração e sonhos, sob aprovação do Senhor. E é essa a minha vontade ainda agora, transcorridos quase 30 anos. Agradar ao meu Senhor, com a minha vida em detrimento até mesmo, do que apenas me agrada o coração.
"Mas, assim como fomos aprovados por Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não para agradar aos homens, mas a Deus, queprova os nossos corações"(Primeira carta do Apóstolo Paulo aos Tessalonicenses capítulo 2, versículo 4).

SOPRO PERFUMADO




Recentemente, fomos a um supermercado e ali acabamos comprando um produto nada essencial. Trata-se de um aparelhinho movido a pilha, que de tempos em tempos, solta um sopro perfumado. A gente o programa para que libere seu perfume de acordo com a necessidade do ambiente.

Na verdade, fui voto vencido na escolha dessa compra em especial, porque os homens se ligam mais é em abastecer a geladeira, do que com essas "frescuras" de dona de casa, não é mesmo? Aliás, dona de casa no supermercado é uma "doidera". Tem tanta promoção de artigos para a casa que deixam elas surtadas, né não? Tem que esconder a carteira, viu?

Mas voltando ao aparelhinho que perfuma e deixa o ar bom, ou se preferir, 'bom ar'.

O apelo da promoção, me fez levar, não um, mas três aparelhinhos desses. Sabe como é... Sala, quarto e é claro, banheiro.

Ainda meio 'resmungante' pelo desfalque, comecei a observar o funcionamento daquele treco tão essencial para a vida doméstica, sob a ótica ainda das donas de casa.

Pois não é que a coisa é boa mesmo!

A gente está na sala, conversando debaixo do ventilador. Aquele bafo quente soprando lá de fora, um vento noroeste insuportável. De repente... Um sopro perfumado é expelido da boca do aparelhinho, e um aroma gostoso de limão, penetra nossos cérebros pelas narinas. Parece que estamos dentro de um pomar na época da florada.

De tempos em tempos, quando sai aquele jato de bom ar, o aparelhinho faz um som como de um sopro mesmo, e a gente pára, apura os sentidos ao ouvir o barulho do sopro, e aspira com mais força aquele perfume. É automático. Ouvir o sopro, e cheirar aquele perfume gostoso. A gente até interrompe a conversa.

Agora, imagina o perfume no banheiro...

Imaginou?

Tudo de bom, né?

Na verdade, como observador atento das coisas da vida, não pude deixar de viajar na maionese da imaginação com esse singelo episódio doméstico.

Assim imaginei o aparelhinho como fossem pessoas, que se aproximam de repente de nós, e trazem palavras que nos soam como sopro perfumado, tal é o conteúdo de sua mensagem.

A gente sente como fosse mesmo um sopro perfumado, que vem das palavras, e da própria pessoa, que parece estar impregnada do bom perfume daquilo que nos conta.

Existem pessoas que exalam um bom perfume com a sua presença, e não pelo desodorante que usa, ou por sua colônia importada. Não é isso não, viu?

São pessoas especiais que vivem a vida com a essência de Deus em suas vidas, e exalam essa presença, como o "bom perfume de Deus".

É um privilégio imenso, estar próximo a esse tipo de gente, não acha não, hein? Eu acho.

É nítida a diferença do ambiente com pessoas que somente exalam o "bafo quente do vento noroeste" com aquelas que, somente por chegarem, deixam o ambiente perfumado, com aquele aroma gostoso.

Com o agradável aroma de gente boa.

Gente de bem.

Gente que exala o bom perfume de Cristo.

"E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento. Porque para Deus somos o bom perfume de Cristo, nos que se salvam e nos que se perdem." II Coríntios 2:14 - 15

Agora me diga uma coisa, aqui só entre nós, tá?

Você é "bafo" ou "sopro perfumado", hein?

Sim, porque o mundo precisa de sopro perfumado, uma vez que as mentes e corações, estão impregnadas de "bafos" de intolerância, mau-humores, murmurações, asperezas, maledicências, maldições, grosserias e por ai vai, não é mesmo?

Sejamos agentes transformadores então.

Sejamos almas que exalam a boa fragrância de Cristo, espalhando gentilezas, generosidade, compaixão pelas vidas, palavras de ânimo e inspiradoras, que estimulem as mentes e corações e que estendem as mãos para os que precisam.

Deixemo-nos impregnar da essência do Senhor Jesus em nossos corpos e mentes, para exalarmos então, a fragrância do Senhor, com as nossas almas perfumadas, tá bom?

Combinado então.

Epa!

Tem alguém aí com o perfume vencido!

Melhor trocar o 'refil' do seu "aparelhinho de sopro perfumado", tá! Mas se liga no original, na hora de adquiri-lo. Tá cheio de aparelhinhos expelindo cheiros falsificados por aí, viu?

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

EM BOAS MÃOS


Essa aqui eu posso contar para repartir uma pequena, porém inspiradora experiência que tive recentemente.

Claro que conto se você quiser ouvir, né?

Quer?

Mesmo é?

Legal então.

Periodicamente eu tenho feito exames médicos para avaliar meu estado de saúde. Aliás, você faz isso também, não faz? Acho bom fazer, viu? A gente pode descobrir com antecedência alguma doencinha sem-vergonha, que esteja espreitando a gente mais a frente.

'Se liga', tá!

Mas voltando aos exames de rotina. Por orientação da minha médica do transplante, fui recomendado a fazer uma avaliação do coração. Eu havia completado quatro anos do transplante, e acho que ela queria investigar, entre outras coisas, os efeitos dos medicamentos imuno-supressores que tenho que tomar para não haver rejeição dos órgãos, que no meu caso, são pâncreas e rim.

Bom, o cardiologista me pediu um tal de 'eco-stress' (deve ser assim que se escreve, pois na minha época, eu nunca vi a grafia disso.).

Sem maiores detalhes do tal exame, agendei o tal no hospital, e na hora e data marcadas lá fui eu.

Meu camarada... Minha camaradinha... Misericórdia, viu?

O médico e a enfermeira me fizeram assinar, melhor, fizeram minha esposa assinar uns papéis lá. Depois colocaram aqueles trecos de eletrocardiograma. Espetaram um acesso venoso na minha mão. Lambuzaram o meu peito e costela com uma meleca meio gosmenta, e então...
Começaram a injetar uma droga que provocava a aceleração do meu coração.

Eu ali deitado, sem mexer um músculo, e o meu 'core' parecendo que ia sair pela boca e pular prá fora da sala. Cara... Foi dando uma aflição anormal, viu?

Tudo monitorado, etc. e tal.

Naquele momento, tive a sensação de que o meu caminho se estreitava. Que os meus projetos ainda para esse ano, não iriam se concretizar. Uma dor foi tomando conta do meu peito e eu deixei de ser corajoso e perguntei ao médico, se aquilo era assim mesmo ou eu estava tendo um enfarte. Ele me tranquilizou, perguntou-me se eu tinha queixas e foi parando de administrar aquela droga.

Que droga, 'meu'!

Descobri que o meu coração está beleza. Quase me enfartaram prá descobrir que não tenho nada no coração. Ô examezinho 'besta sô'!

Fiquei feliz em saber que fisicamente, meu coração não tem nada, porque, espiritualmente, eu sei que ele está completamente cheio. Tenho em mim muito amor pela vida, pelas coisas que não vejo agora, mas vi antes, e sei que continuam belas como o SENHOR as fez. Assim como está cheio de amor por minha esposa, pelos meus familiares, e pelos meus amigos também.

Percebi que mesmo diante do tal 'stress' provocado, minha mente descansava em DEUS. Foi uma experiência que eu passei e fiquei calado sobre um turbilhão de pensamentos, emoções que uma droga injetada de fora prá dentro, provocou em mim.

Dessa experiência, eu pude extrair outra, que tem muito a ver com um coração preparado para o enfrentamento de momentos adversos.

Tudo que a gente pensa possuir, em alguns poucos segundos pode simplesmente evaporar.

A vida que pensamos ter e que nos iludimos acreditando no nosso controle estar, está absolutamente em outras mãos. E estando ela em boas mãos, aí sim, posso descansar tranquilo.

O meu coração, a minha vida está nas mãos do SENHOR JESUS, desde que entreguei a Ele. Nele eu posso confiar. Com Ele meu coração sempre bate mais forte, indo aos limites da minha fé. E pela fé, meu coração é fortalecido. Chega a espancar no meu peito.

Já sobre o tal examezinho... 'Tô fora'! Da próxima vez, me incluam fora dessa, tá!

Agora me diga cá uma coisa: E o seu coração, tá em boas mãos também, hein?

Tá ou não tá?

"A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação. Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido."


(Trecho da carta do Apóstolo Paulo aos Romanos, capítulo 10, versos9, 10 e 11)

sábado, 6 de fevereiro de 2010

QUEM FALA O QUE QUER OUVE O QUE NÃO QUER




Cá entre nós, acho mesmo espantoso como o excesso de algumas qualidades, que se imagina seja o que se espera de qualquer pessoa, fica com aspectos de defeitos quando tentamos utiliza-las em excesso ou então, fora de seu contexto.

Pegou a ideia?
Pegou não?

Deixa então eu tentar me explicar, antes que eu acabe sendo sumariamente julgado por alguém mais estressado.

Por exemplo, a gente espera que as pessoas do nosso relacionamento, nossos parceiros e parceiras, nossos familiares e amigos, sejam sempre sinceros conosco, não é mesmo?



Da mesma maneira, temos preferência por aqueles que são francos conosco e nos digam tudo, exatamente tudo que pensam a respeito de coisas, das pessoas e até mesmo, de nós próprios.

Mas... (Olha aquele "mas" aí de novo gente!)

Aquilo que entendemos como uma virtude, expressada de forma absoluta e franca, via de regra causa mais transtornos do que benefícios aos relacionamentos.

Opa! Peraí! Não estou aqui fazendo nenhuma apologia a falsidade, viu?

Ao contrário, apenas quero ressaltar outras qualidades que precisam andar juntas, por exemplo, com a sinceridade e franqueza, para que estas não sejam encaradas como grosseria, indelicadeza e má educação. O que acaba gerando uma reação contrária ao que se desejava. Afinal de contas, "quem diz tudo o que quer, acaba ouvindo aquilo que não quer"!

Sinceridade e franqueza demais podem causar muitos transtornos e raramente encontram boa acolhida nos ouvidos de quem é o alvo da crítica, da análise. Assim é que é necessário a prudência e a moderação andem juntas com a sinceridade e a franqueza. Entendeu agora ou vou ter que desenhar, hein?

Principalmente as pessoas do nosso relacionamento mais íntimo, pela proximidade e convívio, costumam "exagerar" na sinceridade e acabam tornando a franqueza em desarmonias familiares e até mesmo rompimento de relações, simplesmente por uma questão de dosagem. Sim, porque o que diferencia o remédio do veneno, é tão somente a dose, não é mesmo?

Mesmo tendo plena certeza de que fui bem compreendido, assim mesmo vou tentar ilustrar isso que escrevi até aqui de uma maneira lúdica, tá bom?

Imaginem essa cena:




A mocinha e o rapaz estão apaixonados.
Garotão a convida para aquele inconfessável teste de praia, para conferir os "dotes" da sua amada.
Ele chega antes ao ponto combinado - está quase explodindo de ansiedade para ver sua musa pisar as mornas areias da praia, somente com seu maiozinho delicado, revelando em parte seus encantos a luz do sol brilhante. (Romântica essa frase, né não?)
De repente, uma moça, assim como eu diria, levemente acima do seu peso - fofinha, adentra as areias com um biquinininho de bolinhas amarelinhas tão pequenininho e com um sorriso do tamanho da lua cheia.
Aproxima-se do seu garotão e dispara aquela famosa pergunta, antes que o cara se recupere da primeira visão:
- "Rubenvaldo...O Que você achou do meu biquíni?" e completa sem piedade: - "Seja sincero, hein?"

Bem, melhor é deixarmos a imaginação rolar solta e finalizarmos a ilustração conforme cada um conseguir se enquadrar, né? Todavia, posso fazer algumas considerações a partir dessa tosca estória.



Posso... não posso? Vamos lá?

Se o rapaz possuir a qualidade de sinceridade e responder para a mocinha deslumbrada com toda franqueza, provavelmente o namoro tá na roça, né não?

Se o rapaz no entanto, possuir a virtude da prudência ele talvez dissesse algo parecido como?

- "Rubinéia...Querida, esse biquíni combinou com você."

Talvez isso fosse o suficiente para que o rapaz não fosse atropelado ali mesmo, ou talvez não, né!.

Agora, se o sujeito tivesse como principal qualidade a sabedoria, provavelmente ele responderia tão somente a pergunta. Algo parecido como?

- "Rubinéia! Que biquíni bacana esse hein? Comprou no Shopping?"

Pronto, a mocinha já iria passar o resto da tarde explicando tudinho como foi que comprou aquelas duas pecinhas. Detalhes e mais detalhes, tim-tim-por-tim-tim. Assim, quem sabe, o rapaz se safaria de dizer o que pensa do conjunto da obra. Só não sei se a estratégia irá funcionar sempre, né?

É possível que essas reações adversas só não aconteçam mais frequentemente em virtude do relativismo que emprestamos as qualidades. É provável ainda que o sentido absoluto das palavras estejam contidas apenas nos dicionários e que na prática, nas verdades nossas do dia-a-dia elas tenham adquirido outros significados. Talvez seja então que Franqueza demais seja entendida como grosseria e falta de educação.




Será?


O que você acha disso tudo?

OI??
Como assim?
O que?
Ah... se eu gostei do biquíni de bolinha amarelinha tão pequenininho ?
Bem...
Prá ser sincero... falando francamente...
Prefiro não comentar, viu?

"O homem prudente não diz tudo quanto pensa, mas pensa tudo quanto diz."