quarta-feira, 29 de abril de 2009

O COPO E O LAGO

O velho Mestre pediu a um jovem triste que colocasse uma mão cheia de sal em um copo d'água e bebesse.

- "Qual é o gosto?" perguntou o Mestre.

- "Ruim " disse o aprendiz.

O Mestre sorriu e pediu ao jovem que pegasse outra mão cheia de sal e levasse a um lago. Os dois caminharam em silêncio e o jovem jogou o sal no lago, então o velho disse:

- "Beba um pouco dessa água".

Enquanto a água escorria do queixo do jovem, o Mestre perguntou:

- "Qual é o gosto?"

- "Bom!" - disse o rapaz."

- "Você sente gosto do sal" - perguntou o Mestre?

- "Não" - disse o jovem".

O Mestre então sentou ao lado do jovem, pegou sua mão e disse:

- "A dor na vida de uma pessoa não muda. Mas o sabor da dor depende de onde a colocamos. Então quando você sentir dor, a única coisa que você deve fazer é aumentar o sentido das coisas. Deixe de ser um copo. Torne-se um lago... "


O Autor é desconhecido para mim. Todavia, eu não posso deixar de aproveitar a ilustração e refletir um pouco com você também. Posso?

Temos às vezes, provado muito "sal" nessa experiência de vida aqui. Sim, uns mais outros menos, mas enfim, todos temos consumido nossa porção de "sal", entretanto somos diferentes uns dos outros.


Muitos armazenam para si, as porções de "sal" dentro de si mesmas, a exemplo do "copo", e por essa causa, "salgamos" demasiadamente a vida. Transformamos em sabor amargo, com o ressentimento. Acabamos por nos nutrirmos desse "amargo", dessa "amargura". Nos culpamos e culpamos o planeta pela nossa dor. Não admitimos a possibilidade do perdão a nós mesmos e aos outros, que provavelmente, nem se lembram mais de nos ter ofendido.

Sabendo contudo, que para que haja perdão em qualquer esfera, em qualquer escala, é necessário que haja o arrependimento.

O Arrependimento é a atitude de dissolver o "sal", diluir o gosto amargo da amargura, pelo perdão. Transformar assim, nossa alma perdoada, de um "copo" de sal em um grande "lago", onde os dissabores perdem seus próprios sabores.

As aflições, provações, atribulações vêm para todos indistintamente, o tempo em que chegam é que é diferente para cada um. A maneira que cada um reage quando elas chegam é que determina como elas vão embora. Porque elas vão, viu? Ah vão!

Saiba que existem almas dispostas e com toda a disponibilidade para te ajudar a "diluir" a porção de "sal" e torna-la doce como águas puras e frescas. Há ainda quem possa nos dar água límpida, refrescante, restauradora e VIVA. Sim há!

JESUS, a Água viva que não só elimina o gosto amargo, como mata a sede para sempre.
Você já provou desse "lago" que faz jorrar água viva do seu interior? Já?
Nele, Jesus, todo "sal" da vida é solúvel, viu? Podes crer.

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve." (Mt. 11:28-29)

Um dia muito abençoado para você, mergulhado em um "lago" de águas de refrigério e paz, viu?

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A LIDA E A VIDA


Na verdade eu não sei se isso tem a ver com você, mas se não, faça como se isso fosse um 'spam': Delete, tá?
Mas é o seguinte: A Lida tem nos tirado o tempo da vida.
A correria para buscar o pão nosso de cada dia tem nos roubado o prazer de saborear o nosso 'pão'? Lógico que esse 'pão' simboliza o fruto do nosso trabalho; de tanta lida, né mesmo?
Acabamos cedendo espaço do prazer, do lazer e até dos momentos de puro ócio, para a tal lida, para a correria e o stress para ganhar o nosso pão.
Deixa isso acontecer não, deixa não viu? Não permita que a correria da Lida, retire o prazer da Vida.
Bem, lembrando sempre que quem nos manda o Pão Nosso de cada dia, cuidará que nunca falte o pão na mesa e nem Pão nosso na alma, não é mesmo?
Como é que é? É claro que esse Pão com "P" maiúsculo é Jesus Cristo, O Pão da Vida.
O fato é que acabamos por permitir que a correria da Lida, que está carregada de vaidades também.
Aquela que um sistema como esse que aí está, acaba produzindo em nós naquela ânsia por melhores e mais altos lugares; Melhores reconhecimentos e salários.
Não é que não seja um direito legítimo se o fazemos com ética e honra, mas é que ao colocarmos todos os nossos esforços na Lida, perdemos o tempo da Vida. Perdemos o tempo do lazer não produtivo, do pequeno prazer que o ócio nos pode dar. Cedemos lugar para o convívio humano sem disputas e aquelas alegrias dos encontros entre amigos e familiares. Você não sente falta? A Falta não incomoda você não, hein?
O pior é que isso é uma constatação. Sim, cada dia mais e mais pessoas se enveredam por esse caminho da ânsia pela Lida em detrimento da Vida. O medo de perder o tempo da oportunidade tem feito com que nos lancemos de corpo e alma nessa roda de vaidades e ganâncias até.
Esse tipo de pessoa, engrossa as filas nos consultórios de analistas e terapeutas e um sem número deles, as filas de hospitais. O coração de sangue não aguenta e o "coração" da alma se transtorna. É uma bobagem ao final de tudo. Vão olhar para trás (os que sobreviverem, é claro!), e descobrirem que perderam o tempo da Vida. Lamentavelmente, eu diria; lamentavelmente!
Neste ponto, novamente eu te perguntaria:
Isso faz sentido para você? Faz ou não faz? Lembre-se que caso queira, podes usar a tecla 'DEL' e me mandar para sua lixeira, viu? Entretanto, já que você chegou até aqui, imagino que tenha acendido uma luzinha amarela na sua mente. Acendeu?
Nossas mentes têm sido bombardeadas desde os tenros tempos da adolescência, quando somos "pressionados" para uma tomada de decisão na vida profissional, a fazermos a opção de nos lançarmos no rolo compressor da Lida. Muito cedo, diga-se de passagem, né?
Enfiamos nossos filhos nessa "marola mundial" de ansiedade que é a Lida. E no momento em que eles deveriam estar jogando bola, brincando ou estudando, estão sendo arremessados na correria da vida profissional.
Fazendo escolhas precipitadas e entrando em mercado de trabalho para o qual sequer tem o talento. Caminham rumo a frustração e ao fracasso.
Pois é! Adultos insatisfeitos com a Lida e também com a Vida, replicando sistematicamente o mesmo erro na sua descendência. Triste isso não? Eu acho, viu?
Mas você parece que não tem nenhum problema com isso tudo, né? Talvez seja porque não tem mesmo nada a ver contigo.
Você não tem nenhum arrependimento pelas escolhas profissionais e as outras todas decorrentes delas, que fez para ganhar o seu pão.
Beleza!
Então esse "toque" não é para você. Você que é plenamente realizado com as escolhas que fez, Parabéns, viu? É raro hoje em dia ver pessoas que souberam administrar a Lida em prol da Vida, e se manteve afastado dos transtornos que a correria da Lida tem provocado nas gentes. Seja no físico, seja na alma. Você é um vitorioso por chegar até aqui, equilibrado e satisfeito com o resultado da sua vida.
Novamente: Parabéns!
Agora, se esse assunto incomodou pelo menos um pouquinho a você, pode ser que seja hora de desacelerar, hein? O que achas de uma relaxada, uma paradinha para refrescar a sola do pé e um descanso de tanta agitação? Creio mesmo que vai te fazer bem umas férias na praia ou uma viagem com a família ao campo.
A grana tá curta? Mesmo com essa correria toda da Lida e não tá sobrando "algum":
Bom, então que tal uma boa leitura, um encontro com amigos ou ainda, uma visitinha ao museu. Que tal? É "de grátis", viu? E creia, o pão de amanhã tá garantido a todos aqueles de bem.
Sim, o mesmo que garante por amor, a chuva e o pão para os maus, como o não faria para com os "do bem", hein?
Sossega! Vai dar tudo certo, viu?
UFA!
Você não me "deletou"! Bom sinal. Isso pode significar que valeu de alguma maneira, o meu "toque". Que bom. Já que você teve essa paciência toda em me dar um pouquinho do tempo da sua Lida ou da sua Vida, quero desejar para você: Que a benção do Senhor esteja contigo todos os dias da tua Lida, e te traga com abundância o pão para te nutrir A vida. E o Pão da vida prospere em tudo a boa obra das tuas mãos, viu?
DEUS te abençoe com Vida!

"Por isso vos digo: Não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que o vestuário? Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas? E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura? E, quanto ao vestuário, por que andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham nem fiam; E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles. Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe, e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pouca fé? Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com que nos vestiremos? (Porque todas estas coisas os gentios procuram). De certo vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas estas coisas; Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."

terça-feira, 7 de abril de 2009

ANTES AGORA DO QUE NUNCA MAIS.


Então está você aí, de bobeira, hein?

Esperando aquela hora certa para começar seus primeiros movimentos do dia; do dia-a-dia.

Está se lembrando daquelas cartas que tem que postar no correio lá da avenida principal?

Também não pode esquecer de passar urgente no banco para falar com o gerente; ele já telefonou umas quatro vezes na última semana. "Deve ser sobre a aprovação ou não do meu pedido de crédito imobiliário. Será que deu 'pé'?"

Ah! Aproveitando que vai ter mesmo que ir ao centro, e pagar a terceira parcela do guarda-roupas novo. "Puxa! Tá meio atrasado! É...é ruim ter que pagar as prestações na loja. Um "saco", viu!"

Depois disso, imaginando ainda: "não posso esquecer de renovar o aluguel do DVD na locadora. Nem consegui assistir o filme outra vez".

"Caramba! Hoje é aniversário de noivado. Tenho que comprar a orquídea amarela e os bombons da Copenhagen, senão...já viu, né! 'Melou' o 'jantarzinho'".

"Bom. 'Bóra lá'! Começar a me mexer que o 'tempo ruge e a sapucaí é grande'!"
...
Banho tomado;
Beca nova "nos trinques";
Perfume...Opa! Beleza.

Sol de verão rachando. Uns 35 graus no mínimo. Loucura!
O céu azul profundo manchado de branco por pequenas nuvens. Parecem pedaços de algodão doce.
...
O jovem cheio de sonhos e muitos projetos, sobe naquele ônibus lotado. Embarca em direção ao centro da cidade. Viajando em pé, segurando o suporte no teto enquanto seus pensamentos viajam para perto de sua amada noiva. Ali, distraído, observa a cidade passar às vezes rapidamente, outras lentamente, pelas janelas basculantes do circular.

O vento morno que sopra lá de fora, entra rápido pelo interior do ônibus e trás os odores das pessoas que lotam o coletivo. Muitas coisas afloram a mente do jovem. Um sorriso tímido, faz levantar levemente o canto da boca, ao recordar os primeiros instantes do seu namoro: "Parece que foi ontem!"
...
A medida que o trajeto se aproxima do ponto final, o lotação vai ficando vazio. A maioria dos passageiros já "saltou", e poucos são agora os que permanecem a viagem, todos sentados. Há alguns bancos vazios.
...
O jovem relembra todas as coisas que o levaram a ir até a cidade. Planeja a sequencia de seus compromissos mentalmente. Recorda que o guarda-roupas fora escolha da noiva e novamente sorri com o canto dos lábios. "Vai ficar certinho no canto do nosso apartamento", pensa ele. Combina com a cama de casal que ela escolhera também.

O ônibus freia bruscamente para não colidir com outro coletivo que está à frente. "O que será que houve?" Pergunta-se curioso o jovem, tentando esticar a vista para fora. O trânsito está meio confuso. Pessoas correm nervosas de um lado para o outro. Parece existir algum tumulto à frente. As pessoas, olham pelas janelas dos prédios em frente. Mais correria.

Ouve-se sons de sirenes e movimentação de policiais. Viaturas interrompem o trânsito, passando por cima dos canteiros e subindo as calçadas. Gritos. Parecem agora tiros. "Será algum assalto?" O jovem no ônibus, se levanta por um pouco e olha pela janela. Diante dele está uma cena de violência urbana. Na frente do "seu banco", policiais trocam tiros com assaltantes que atiram de dentro do banco, em direção a rua. A polícia revida com extrema energia, protegida pelos equipamentos urbanos e carros estacionados à frente do banco.

Um som de marimbondo zumbindo corta o ar, seguido de um estampido seco e alto de uma arma disparada. Um projétil viaja em espantosa velocidade, atravessando a janela do ônibus.
...
Um filete de vida escorre vermelho pelo assoalho de um lotação vazio. Juntamente com ele se esvai os sonhos e projetos, rapidamente se transformam em uma poça que logo transborda e rola pelas escadas e gotejam ainda quentes, no asfalto derretido junto à calçada.

Sabe, existe um dito popular que toscamente diz: "Para morrer, basta estar vivo". Você concorda?

Sabe, é um cenário mais comum do que a gente imagina. É apenas um dos milhares de cenários em que tanto os sonhos, quanto os projetos de uma vida, são interrompidos, assim...do nada!

Ninguém na verdade está imune à morte. Ela é absolutamente democrática, ou se preferir: Ela é democraticamente "absoluta". É para todos.

O surpreendente entretanto, é que ela não respeita os nossos sonhos e projetos. Ela não age pelo nosso relógio, pelo nosso tempo. Ela não espera; não aguarda para que realizemos cada um dos sonhos e projetos.

Ela é assim: Em um instante você está; no instante seguinte, você não está mais.

Como 'bons' brasileiros que somos, deixamos tantas coisas para depois, não é mesmo?
"Empurramos com a barriga", coisas que poderíamos ter feito agora, hoje, já!

Postergamos compromissos, e sentimentos escondemos.

Revelamos pouco de nos mesmos aos que nos querem conhecer e dizemos muito menos do que as pessoas à nossa volta, carecem ouvir.

Represamos o favor que nossas mãos podem dedicar a alguém necessitado.

Ocultamos nossas emoções para confundir as pessoas que nos estimam, para não demonstrarmos fraqueza.

Omitimos elogios esperados e aguardamos lisonjas imerecidas.

Dizemos metades, ao invés de falarmos o inteiro.

Consumimos meias verdades em detrimento da verdade completa.

Mentimos para sobreviver, e não poucos sobrevivem das mentiras.

Deixamos de estimular nossos amigos, parentes, queridos, com palavras motivadoras e expressões de carinho necessárias.

Reprimimos doçuras e distribuímos amarguras.

Mas a estória que conto para ilustrar o meu texto, é uma alegoria sobre o desperdício do tempo que vivemos agora. Sim, é sobre o "já". O Ontem não importa mais e o amanhã não pertence a você. Então, só nos resta o agora.

"Não deixe para amanhã, o que você pode e deve fazer hoje."

Não haverá tempo para arrepender-se depois. Poderá não dar tempo de pedir perdão, daqui a pouco. E se você não disser agora: Te amo. Terás tempo de dize-lo amanhã?
Tem certeza disso?

Por via das dúvidas.

Quero dizer-te agora: Me perdoa! Eu te amo, viu?

Nem precisa me devolver mais o "NERUDA que você me tomou, e nunca leu", tá bom?

Ufa! Agora posso dormir tranquilo, pois se o amanhã não chegar para mim, terei dito e feito o que precisava ser feito e dito hoje. E você, não tem nada prá me dizer, hein?

sábado, 4 de abril de 2009

MOLECAGENS - ALGO NÃO ME CHEIRA BEM

A gente quando é jovem e se ajunta com outros jovens como nós, acaba saindo alguma molecagem, né?

Eu me lembro que quando íamos para os retiros da mocidade no acampamento em Atibaia, era uma festa só. A gente era muito criativo e de um ano para o outro, trazíamos novidades para "aprontarmos" durante aqueles dias de retiro, principalmente durante o período de carnaval.

Entre muitas molecagens, tinha-mos uma brincadeira "muito besta", mas que a gente se arrebentava de rir da cara do "prejudicado".

Enquanto o "pato" estava dormindo e roncando, a gente passava uma pasta fedida, debaixo do nariz do "coitado". Que maldade, não acha?

Também achava quando eu era "o pato", viu?

O "betumado" quando acordava, ficava todo intrigado. Se vistoriava todo; Olhava a cama; examinava o tênis; debaixo da cama...

Bem, imagina a situação do camarada sentindo aquele aroma "campestre", por todo lado. Imaginou? É ruim, viu! Passava desodorante, e nada. Escovava os dentes, e nada.
A todo momento, cruzava as pernas para examinar a sola dos sapatos. A turma só "ligada no movimento" do cara e é claro, "rachando o bico" de tanto rir.

Aqueles que conhecem a região de montanhas em Atibaia, também sabem que tem um clima muito gostoso. E no Acampamento, em especial, sopra uma brisa fresca que trás aquele aroma perfumado das manhãs; do orvalho nas folhas de eucaliptos e araucárias que emolduram o vale e cercam as encostas, de onde descem um pequeno córrego de águas claras, que correm pelas pedras e no fim do vale, formam um lago aprazível.

Formou o cenário, hein?

Agora imagina o nosso "pato cheiroso", olhando toda aquela beleza da natureza verde, emoldurada por um céu azul infinito e... Tudo aquilo lhe "cheirando mal".

Mesmo os olhos observando uma natureza espetacular diante dos seus olhos, o seu nariz e suas percepções da manhã, lhe parecia uma "titica". Até o cara acordar completamente, da molecagem que havia sido cometida contra seu nariz, o mundo inteiro lhe parecia um grande chiqueiro, se é que me entendes né?

Mas o que a gente não percebia, é que aquele cheiro ruim impregnava o cérebro de tal maneira, que mesmo ainda depois de ter sido completamente higienizado o local, as percepções haviam sido alteradas. O Humor havia sido igualmente alterado e o 'cara' ficava 'maluco dentro das calças' o dia todo. Era uma maldade, não era?

Além de toda a parte recreativa, jogos e brincadeiras; competições entre os grupos formados e as gincanas, o objetivo principal daqueles retiros era o de oferecer aos jovens, o estudo da Palavra de Deus. Ali aprendíamos sobre a vida de Jesus e seus ensinamentos para a vida, no relacionamento com o nosso próximo e com Deus. Era fantástico e acredito que o seja ainda hoje. Um encontro inesquecível!

Agora você imagina. Estávamos em um ambiente incrível. Em contato com a natureza exuberante. Entre pessoas amigas com o propósito de nos preservarmos da bagunça da época de carnaval. Motivados para a reflexão, a meditação, o estudo da biblia e a comunhão entre irmãos de fé. Mas mesmo assim, ao nos juntarmos, não podíamos deixar de 'aprontarmos' com os menos 'ligados', e praticarmos as tais molecagens (Os "crentes" também se divertem, viu?). Imagina agora, a juventude lançada fora do próprio limite de qualquer senso crítico, moral ou social. Que não conhecem nem respeitam o limite que resulta da palavra "NÃO". Que estão sendo criadas pelo mundo e que tem nos pais apenas o referencial biológico, nada mais. Deixados à mercê dos instintos naturais do homem sem o temor de Deus. Ou seja: sem traços de afetos de amor. Entendeu onde se pode chegar?

Vemos hoje com espanto, a juventude se divertindo com a desgraça do outro. Quando se juntam, se transformam numa turba louca, que saem pelas ruas, nas madrugadas, procurando incautos para cometerem barbaridades para terem sensações e percepções de prazer que o ato selvagem e covarde, libera de adrenalina nas mentes insanas.

Qualquer pessoa pode ser alvo desses bandos perversos. Ninguém pode se considerar imune ao avanço do mal; da crueldade gratuita de uns tais 'pitboys'.

Nossos professores não mais estão preservados dentro das salas de aula.
Muitos são agredidos, perseguidos, humilhados e não mais raramente, submetidos a espancamento pelos próprios alunos. Tem-se notícias de agressões que levaram até a morte.

O que falar das torcidas organizadas? Não sou eu que digo, mas as TVs mostram jovens alucinados, reunidos em bandos, se enfrentando em verdadeiras batalhas urbanas. Se perguntarem o placar do jogo, muitos sequer saberão responder. A motivação é a adrenalina liberada no momento da fúria e o prazer está em causar dor ao próximo antagonista. As "batalhas" já são marcadas pela Internet, com data, local e hora para 'quebrarem o pau geral'.

Muitos adolescentes e jovens, sofrem perseguições feitas pelos próprios colegas. São igualmente humilhados, rotulados, apontados, ridicularizados apenas por serem diferentes. São eleitos pelos grupos na escola e intimidados ao ponto de apresentarem problemas comportamentais.

Serão mulheres e homens com enormes problemas psicossociais na idade adulta.

E falar o que dos famigerados "trotes" aos calouros? Coisa que deveria estar a muito tempo, banida das nossas universidades. É um terror vestido da tradição universitária. Uma bobagem e ao mesmo tempo um perigo.

E o que se pode dizer daqueles pais que acham graça do comportamento "próprio da juventude", que apoiam, defendem e até aplaudem seus filhinhos. Que dizer deles, hein?

Tolos, no mínimo, né mesmo?

Sem dizer quando o ajuntamento de cabeças se mobilizam para a 'molecagem pública'. Quando políticos se juntam para colocarem "titica" debaixo do nosso nariz. Aí a "coisa fede mesmo". Um bando voraz que apronta contra o erário publico sem ao menos se preocuparem se vão "jogar no ventilador". Afinal de contas, a impunidade não usa desodorante nem perfume, né não? A coisa toda fede bem debaixo do nosso nariz.

Sabe, isso tudo me cheira mal. Parece que botaram "titica" debaixo do nosso nariz novamente. Você está sentindo um cheiro de 'titica' no ar?

Tá, não tá? Ah...tá, viu?

Parece que tem "gente graúda" se juntando para aprontarem alguma molecagem nova com a "gente miúda", hein! Acho que "sopra" um cheirinho esquisito lá do planalto central. Vem coisa boa por aí não, viu?

"Um homem sábio busca muitos conselhos... um tolo obedece a todos eles." (Larry Burkett)

Se liga garoto, com essa "turminha legal" que te convida para "uma curtição"; "tirar um barato" com a cara dos outros. Se liga, viu?