Havia um pote de barro que desde a sua modelagem original, fora feito para guardar água potável, água pura para matar a sede.
Durante muitos anos aquele utensílio de barro fora usado e cumprido sua função, servindo água fresca a tantos quantos a ele recorressem para aplacar sua sede.
Com o passar do tempo, por falta de cuidados e de manutenção, o pote de barro começou a acumular dentro de si, pequenos resíduos e impurezas que começaram a comprometer a qualidade da água armazenada nele.
Ainda que nele fosse colocado água pura sem detritos ou odores, os resíduos e as impurezas dos anos, que haviam impregnado as paredes internas do pote, acabavam sempre por estragar a água nova. Em pouco tempo, toda aquela água ficava contaminada com as impurezas e o seu sabor ficava estranho para quem o provava.
O pote de barro envelhecera. Acostumado em apenas cumprir a função para o qual fora modelado, deixara de produzir, emprestar qualidade ao servir aquela água nova que lhe era introduzida.
Tendo o oleiro que modelara o pote de barro, percebido que ainda que colocasse água nova, pura e fresca no pote velho, este não mais mantinha as qualidades para oferecer aos sedentos, o oleiro tomando o pote de barro, o quebrou em pedacinhos. O oleiro tomando consigo aqueles pedacinhos de barro sem forma, misturou os cacos com água e o amassando fortemente, transformou a mistura em massa de argila novamente.
Pegando aquela massa sem forma, colocou-a na roda e moldou um novo pote de barro.
Tendo tomado o novo pote de barro e enchido com água pura e fresca, observou satisfeito que ao servir do pote, aquela água fluía do seu interior, pura e fresca como originalmente fora nele colocada.
E viu o oleiro que o pote de barro novo estava agora em condições de receber no seu interior, água pura e fresca até transbordar.Somos nos, tal qual o pote de barro nas mãos do oleiro que é o SENHOR.
Fomos moldados á semelhança Dele, feitos para servir ao nosso semelhante. Feitos para matar a sede de tantos quantos sedentos de água fresca e pura, possam de nos se servirem. DEUS tem colocado em nosso interior, a sua Palavra. Ela é suficiente para aplacar a sede nossa e dos que nos rodeiam.
Quando as comodidades e o comodismo vão permeando nossas almas e os costumes e práticas autômatas da religiosidade nos tiram a essencialidade do nosso propósito, perdemos nossa função para a qual aviamos sido feitos.
Sim. Tomamos outra forma que não a originalmente tinha-mos e nos moldamos ao formato de um pote de barro velho e corrompido. O SENHOR porém, que é extremado em amor, nos "quebra" e através da sua misericórdia, nos molda outra vez para dar-nos a forma, o aspecto e o conteúdo que sirva aos propósitos eternos Dele. No entanto, duro é passar pela restauração do caráter de pote de barro fútil para novamente o de útil. O processo é doloroso. Todavia, o que é o pote de barro para perguntar ao oleiro, o porque foi feito assim?
O SENHOR tem seus propósitos eternos e onde todos os potes de barro, vasilhas e todo tipo de utensílios são para cumpri-los.
Assim também, não importa o formato do utensílio, sua aparência, material ou mesmo tamanho. Se é adornado, decorado com entalhes, revestido de materiais nobres ou preciosos. Se fundo ou rasos, se largos ou estreitos. Somos feitos utensílios, recipientes que possuem a capacidade de armazenar no interior, aquilo que o SENHOR quiser colocar, para que possamos suprirmos uns aos outros com as nossas vidas.
Proponho aqui e agora, para você que entende tanto a "parábola" quanto o contexto, a juntar-se comigo nessa breve oração.
SENHOR!
És o Oleiro e eu, teu pote de barro.
Limpa o meu interior e se for preciso, quebra-me e faz-me de novo.
Eu quero ser e conter em meu interior, a água viva que é o SENHOR.
Usa a minha pequena vida, tal qual o frágil pote de barro, mas que tem algo precioso dentro.
Torna-me cada dia útil como utensílio feito para servi-lo e servir ao meu próximo.
Obrigado SENHOR, porque ainda que sendo eu como um pote de barro sem valor, ao teu serviço quero estar. Transborda-me SENHOR.
Faz-me ser sempre um pote de barro novo, para que a água viva que é o SENHOR, possa fluir do meu interior para fora, e matar a sede do meu semelhante.
Em teu nome SENHOR. Amém!
Fez, hein? Olha só. De "pote" para "pote", me diga se também o fez, viu?
2 comentários:
Bela página. QUisera eu saber enxergar com os olhos da alma, assunto alias, que foi tratado no evangelho da primeira semana de abril (celebração que assiti casualmente).
Bela página.
Quisera eu enxergar com os olhos da alma. Alias, assunto do evangelho da primeira semana de abril (celebração que assisti casualmente).
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