terça-feira, 13 de abril de 2010

EM QUEM PODEMOS CONFIAR?


Dia desses deu na TV que o prazo para que os brasileiros e brasileiras recorressem daquelas diferenças de rendimento aplicados a caderneta de poupança, havia expirado.

Eu, como um punhadão de crédulos cidadãos desse país, não acreditava que a poupança seria "mexida" como foi no governo de Collor. Mas a ministra foi lá e 'capou' compulsoriamente.

Você se lembra da Zélinha?

Puxa pela memória, vai!

Isso! Essa mesmo!

Eu tinha uma pequena poupança também, fruto do meu suado trabalho.

Sonhava em um dia, adquirir minha casa própria, com as moedinhas guardadas no porquinho da Caixa.

Não é que de um dia para o outro, aprisionaram o meu porquinho com todo meu dinheirinho, hein?

Pois foi.

Me lembro que naqueles dias que se sucederam ao decreto do Collor, muita gente se desesperou; muita gente se desencantou; muita gente se indignou; muita gente se matou.

Muitos empresários que tinham vultosas quantias em aplicações, ficaram como aqueles milhões de poupadores nanicos como eu. Ou seja, com 50 'paus' prá viver.

Sonhos frustrados.

Projetos adiados sem data prá iniciar.

Vidas enfermadas e almas perplexas, era um cenário que a gente via por todos os lados. E não faz tanto tempo assim não, viu? Foi há vinte anos atrás.

Muitos colegas ficaram indignados e transtornados emocionalmente até.

Um deles, em especial, havia feito a venda de seu apartamento "casado" com a aquisição de um novo, melhor e maior. O dinheiro que recebeu pela venda do seu, ficou bloqueado e ele teve que entregar as chaves do seu imóvel, sem ter outro para ir.

Esse moço quase deu um tiro na própria cabeça.

Ele fora um dos que fizeram campanha pela eleição do 'Fernandinho-boa-pinta-Collorido-de-Mello', e aquilo o torturava mais ainda.

Ele, como muitos milhões de brasileiros, acreditaram no discurso inflamado e vigoroso daquele jovem candidato, e deu no que deu, né?

Levou alguns anos e ações judiciais de todo mundo, para começarem a receber algumas diferenças de expurgos havidos naquele periodo, inclusive sobre o nosso "sagrado" FGTS.

O seu já recebeu, né?

Apesar de muitos de nós, sobreviventes daquela época parecermos ter sido vacinados, vira e mexe, estamos caindo em discursos semelhantes.

Temos colocado nossa confiança em pessoas, instituições, governos, e por ai vai.

Quebramos a nossa cara-pálida constantemente, e parece que não aprendemos. Pois continuamos confiando em homens que vão frustrar-nos mais dia menos dia.

As Escrituras nos exortam a não confiarmos, e sobre isso, existe uma severa advertência, uma maldição. "Maldito é o homem que confia no homem." Que coisa, não?

E como eu e você fazemos parte do pacote, isso também nos inclui, não é mesmo?

Nas mesmas Escrituras, está um exemplo de um homem que colocava a sua confiança, sua esperança em outro lugar; em outra pessoa.

"A minha alma espera somente em Deus; dele vem a minha salvação. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei grandemente abalado. O minha alma, espera somente em Deus, porque dele vem a minha esperança. Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha defesa; não serei abalado. Em Deus está a minha salvação e a minha glória; a rocha da minha fortaleza, e o meu refúgio estão em Deus. Confiai nele, ó povo, em todos os tempos; derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio."

Esse homem tão confiante, traiu e foi traído.

Venceu e foi vencido.

Confiou em si mesmo e se desapontou.

Acreditou em associações que fez com outros líderes e poderosos, e se deu muito mal.

O Rei Davi, registrou em várias oportunidades suas experiências de vida, enquanto aprendia em quem podia confiar.

"Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o coração. Deus falou uma vez; duas vezes ouvi isto: que o poder pertence a Deus.
A ti também, Senhor, pertence a misericórdia; pois retribuirás a cada um segundo a sua obra."

Davi também não era homem perfeito e portanto, não confiável como todos nós. Pois todos carecemos do cuidado atencioso de DEUS para não metermos os pés pelas mãos. Mas ele, por reconhecer isso, e dispor o seu coração a aprender com o SENHOR, foi considerado por DEUS, homem conforme o coração de DEUS. Tá bom ou quer mais, hein?

É claro que a associação do ensinamento bíblico com um fato histórico recente, é apenas ilustrativo para que juntos, aprendamos em quem depositar a nossa confiança; a nossa Esperança.

Agora, por outro lado... Temos um ano em que estará a prova a nossa confiança. Em quem vamos depositar a nossa confiança? Em quem confiaremos para comandar essa nossa grande nação, hein?

Presta atenção que muitos daqueles personagens, atores e coadjuvantes, estão por aí outra vez, viu?

Se liga ô cara-pintada!

"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR."

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