Havia um fazendeirão, daqueles latifundiários poderosíssimos, tipo desses que mandam em tudo e dominam sobre coisas e vidas.
Ele tinha dois filhos, que o respeitavam muito e se orgulhavam de serem filhos daquele homem tão rico e poderoso. Eles se gabavam disso, e gostavam de serem vistos e reconhecidos por "filhos do todo-poderoso". Sabe como são essas coisas né não! Aqueles carinhas que gostam de dizer a famosa frase:
- "Você sabe com quem está falando? Hein!?"
Tem uns carinhas assim por aí, que a gente conhece que gostam de propalarem aos quatro ventos, que são "filhos do homem", batem no peito e olham a gente do alto de suas "botinas polidas". A gente fica se sentindo quase o "cocô do cavalo do amigo do bandido"... Fica não mano véio!? Fica né!
Eles saem por aí, cheios daquela empáfia, toda e falam com a gente, como se nós fôssemos menores, desprezíveis pobres pecadores, sem merecimento algum de atenção ou condescendência. Falam grosso né!? Eu hein!
Gostam de nos darem lição de moral e vivem "pregando" alguma palavra que nos lembram sempre da sua superioridade. Aliás, fazem questão de nos colocarem em "nosso lugar", seja lá onde isso for.
Mas, voltando a "minha história". O fazendeirão, chegou para seu primeiro filho, e falou para que ele fosse cuidar de uma de suas propriedades, que ficava em um local meio afastado, onde a pujante beleza e fartura da sede, jamais chegava. De pronto, o filhão disse para o pai:
- "Pô Pai... Naquele fim de mundo? Vou sujar minha bota nova de couro-de-crocodilo. Me inclui fora dessa! "
Ele disse isso, mas depois pensou, refletiu sobre sua atitude, se "arrependeu" da sua arrogância e foi fazer o que o seu pai havia ordenado.
Seu pai, todavia, chamou seu segundo filho, e mandou que este fosse fazer o mesmo que ordenara ao primeiro, seu irmão. Esse então, todo solícito, "puxa-saco", disse:
- "Falô Paizão. Pode deixar comigo... Já é!"
E esse filhão, vazou - deu pista! Você viu ele? Nem eu.
Moral da história, qual dos dois filhos você acha que fez a vontade do "Paizão"?
Sabe garotinha, você tá lembrada daquele outro dia que eu falei sobre o assunto, de que ele era recorrente por aqui, no meu blog - Tá lembrada?
Pois é, olha ele aí de novo!
Nossa "história" está registrada na Palavra de DEUS, a Bíblia Sagrada, no evangelho de Mateus, capítulo 21, versos 28 em diante. Onde JESUS, contou como parábola aos "fariseus", aqueles religiosos de carteirinha. Homens tidos como piedosos, defensores da lei e dos bons costumes... blá blá blá... Então JESUS lhes propôs:
"Mas, que vos parece? Um homem tinha dois filhos, e, dirigindo-se ao primeiro, disse: Filho, vai trabalhar hoje na minha vinha. Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas depois, arrependendo-se, foi. E, dirigindo-se ao segundo, falou-lhe de igual modo; e, respondendo ele, disse: Eu vou, senhor; e não foi".(Mt. 21:28-30)
Bom, JESUS então perguntou para os tais religiosos:
- "Qual dos dois fez a vontade do pai?
Disseram-lhe eles:
- "O primeiro".
Disse-lhes Jesus:
- "Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no reino de Deus".
O SENHOR JESUS, pegou pesado hein!?
A gente que é cristão, que tem experimentado as conseqüências da obediência e da desobediência de filhos de DEUS, ao nosso Pai, conseguimos enxergar muitos ensinamentos nessa pequena parábola. Mesmo com a narrativa livre que ousei fazer, a palavra tem a virtude de exortar a mim, e creio que a outros também. Falo dessa postura arrogante que muitos cristãos têm tomado com relação aos "publicanos e meretrizes", homens e mulheres, que como nós, "carecem da misericórdia de DEUS".
Julgamos e apontamos o dedo incisivamente, meneando nossas cabeças em desaprovação aos seus pecados. Sabe, essa atitude não atrai aquele que necessita de conhecer o SENHOR que veio salvar aquele que havia se perdido. Não produz o efeito naquele que é o motivo de todo o sacrifício de JESUS. O ARREPENDIMENTO do que reconhece seu erro, sua arrogância e busca o perdão para a vida.
Ambos eram filhos, mesmo assim, somente um se arrependeu e foi finalmente fazer a vontade do pai. O ir fazer a vontade, denota o efeito benéfico do arrependimento, como fosse uma confissão de erro, o abandono dele e a busca do exercício consciente da obediência ao pai.
Assim como para minha vida, a Palavra produz o fruto para o arrependimento e a conseqüente busca da reparação, ela pode trazer vida em abundância, para todo aquele que tendo sido tocado pela Palavra, converte-se do seu caminho e volta em direção ao Pai.
E a despeito do que possa parecer a muitos "entronizados" em seus próprios "templos", berços de conforto. A conversão é um ato mais que solene, é um constante retornar ao caminho. A gente se desvia dia-a-dia do que o Pai nos propõe como vida em seu Reino, e, portanto, a conversão é também dia-a-dia, como fosse uma correção de percurso em direção ao SENHOR, que nos tirou das trevas e nos tem colocado no caminho da sua eterna Luz. A esse caminhar em busca do refinamento, do aprimoramento das nossas existências, se denomina Santificação. Um processo na maioria das vezes, penoso e cheio de sacrifícios, mas que afinal, leva ao Reino da promessa os obedientes.
E então meu chapa... Vai ficar nessa?
Bóra lá meu irmão. Afinal, quem pode manda... quem tem juízo, OBEDECE.
Vamos fazer a vontade do Nosso Paizão! Afinal de contas, NÃO BASTA SER FILHO!