"Quando somos abandonados pela sociedade a solidão é
suportável, mas quando somos abandonados por nós mesmos a solidão é quase
insuportável." (Augusto Cury)
Ninguém em sã consciência e perfeito domínio das suas
emoções pode sequer imaginar-se excluído de qualquer sociedade por menor que
ela seja.
A ideia de ser abandonado por seus pares já é penosa
demais por si só considerando que somos seres sociais e que portanto, nos
relacionamos uns com os outros por todas as janelas e sentidos para com o mundo a que somos
expostos exteriormente.
Todavia, é muito mais comum do que gostaríamos que fosse
a experiência frustrante e dolorosa do abandono.
A sociedade em que estamos inseridos possui regras
indefinidas ou não percebidas claramente que são acionadas igualmente sem uma
lógica clara, que define unilateralmente que é "de dentro" e quem deve ficar "de
fora".
Assim é que de vez em quando, no meio da nossa caminhada
em busca das nossas realizações pessoais, ao olharmos para os lados,
descobrimo-nos andando sozinhos.
Olhamos para trás e já ninguém nos segue. Uma sensação de solidão e abandono pode querer se instalar
em nossa mente e paralisar os nossos movimentos de seguir adiante.
Alguns de nós são mais que abalados por esta constatação;
são abatidos.
Mas graças a algum dispositivo de sobrevivência de uma
minoria que suporta e supera este abandono involuntário, temos então registros
e testemunhos fantásticos de pessoas que venceram todos os preconceitos, todas
as intolerâncias, toda indiferença e continuaram caminhando para um alvo
proposto na sua alma.
Sinceramente eu gostaria que não fosse assim. Que ninguém
fosse abandonado à própria sorte por qualquer motivo.
Eu não suportaria a ideia de que eu houvesse feito isso a
alguém que em algum momento tivesse participado de um trecho do caminho comigo.
Seria terrível.
Também gostaria de acreditar que eu mesmo não houvesse
sido discriminado, excluído, preterido, abandonado por aqueles que conviveram
comigo, mesmo que por um pouco de tempo; um trechinho do caminho. Seria terrível
conviver com essa dúvida.
Entretanto, se descobrisse que houvesse acontecido
comigo, apesar de como disse ser "terrível", continuaria caminhando
solitariamente, porém, nunca sozinho.
Não posso desistir de mim porque Alguém não desistiu, não
me abandonou e jamais frustrou qualquer um dos meus sonhos. Se não houvesse
mais nenhum motivo para continuar caminhando neste chão de peregrinações, ainda assim eu seria estimulado na
minha alma a perseverar na jornada por Aquele que me amou primeiro.
Sim! Ainda que fosse possível que minha própria mãe me
rejeitasse antes de haver nascido, ainda assim DEUS jamais me abandonaria. Esta
certeza impregnou a minha alma de tal maneira que não cabe em minha mente a ideia de me abandonar e desistir do que DEUS
colocou em meu coração. Nada, absolutamente nada pode nos afastar do amor de
Deus que está em Jesus de Nazaré.
ELE vai comigo até o final.
Cultive esta Amizade com Jesus e nunca andará sozinho e
sentirá solidão caminho afora, tá bom?
ELE verdadeiramente nos Ama!
"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida,
nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades,
nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo
Jesus nosso Senhor." (Rm. 8: 38 - 39)
Como aqueles que já têm aprendido a andar nesta certeza,
o eventual abandono social que porventura venhamos a sofrer, faz parte de um
processo de aperfeiçoamento, santificação para aquele que Nele crê.
"Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem
exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente
um eterno peso de glória; não atentando nós
nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são
temporais, enquanto as que se não vêem são eternas." (II Cor. 4: 16-18)
Não se abandone jamais, hein!
Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para
chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo.
[Gerson Palazzo]
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