sexta-feira, 29 de julho de 2011

MUITO FAÇO SE POUCO ATRAPALHO


Há muito de verdade nisso em quase tudo que para ser executado com eficácia se precisa da colaboração e esforço da coletividade. Seria bem mais fácil se houvesse o engajamento das pessoas para que boas causas fossem bem encaminhadas e alcançassem êxito. Mas infelizmente uma grande parcela permanece inerte, apática e omissa diante de coisas que estão erradas. Que causam danos e prejuízos a elas próprias. Uma grande parcela dessas pessoas, ainda por cima são criticas ferrenhas daquilo que percebem de errado, mas ao invés de contribuírem efetivamente para a solução de tal problema, preferem ficar observando da janela de sua confortável omissão.

É muito mais fácil destruir que construir. É moleza reclamar do que está malfeito do que contribuir com fazer direito. Muito mais confortável emitir opiniões e críticas, murmurar, maldizer até, do que botar a mão na massa e ajudar a corrigir e resolver.
Percebemos o tempo todo isso acontecendo no nosso dia-a-dia:

- Observamos pessoas reclamando que a cidade está suja, mas sem nenhuma consideração elas jogam embalagens vazias no meio das ruas.

- Reclamam do acumulo de sujeira e da demora do caminhão de coleta de lixo, mas não respeitam os horários de colocar o lixo doméstico na calçada em frente suas casas.

- Muita gente reclama da corrupção na polícia, mas praticam o recurso do suborno, do 'jeitinho' brasileiro quando autuados no trânsito.

- Muitos acham um absurdo os transtornos causados nas calçadas pelos "camelôs" que agem livremente nas ruas das nossas cidades, mas compram deles os produtos falsificados, contrabandeados e até roubados, estimulando a proliferação desse comercio sonegador de impostos.

- Quase todos reclamam da desordem do trânsito das nossas cidades, mas fecham o cruzamento, avançam os sinais, estacionam nas calçadas ou em fila dupla na porta das escolas. Ocupam vagas de idosos ou deficientes e justificam pela falta de estacionamentos nas ruas, supermercados e centros de comércio.

- A maioria reclama e se diz indignada com o desempenho medíocre dos seus representantes na política, todavia, continuam votando nos mesmos que têm frustrado seus eleitores em diversas outras legislaturas.

De fato, há uma infinidade de coisas que desaprovamos, coisas que nos deixam indignados no comportamento dos outros. Mas se a gente não faz nada diferente para mudar o que está errado, não contribuímos com aqueles que estão se esforçando para mudar para o benefício de todos, nos omitimos na frente dos fatos para apenas resmungar, reclamar pelas costas... Então não temos esse direito e se insistimos em reivindica-lo, nos tornamos hipócritas e não cidadãos, não acham não, hein?
Precisamos sim, de quem queira dar sua parcela de contribuição, seu sacrifício pessoal para que as coisas comecem a mudar a partir de dentro de nós e das nossas casas.

Afinal de contas, "fala-se tanto da necessidade deixar um planeta melhor para os nossos filhos e esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores (educados, honestos, dignos, éticos, responsáveis) para o nosso planeta, através dos nossos exemplos...," não é verdade? Pois a verdade é que colhemos o que plantamos, né não? Logo o que reclamamos tanto hoje, é resultado do que plantamos ou deixamos de plantar ontem.

Diga ao que não se importa e prefere reclamar, murmurar, maldizer, que muito ele fará se não atrapalhar quem quer fazer algo melhor, assim como nós, tá bom?