quinta-feira, 14 de outubro de 2010

MILAGRE NO DESERTO


Não pude conter minhas lágrimas. Simplesmente não pude.

Durante muitas semanas eu, como todo mundo, acompanhei apreensivo o desenlace do acidente na mina de ouro e cobre, lá no deserto árido do Chile. Você acompanhou, não foi?

Sempre me vinha um pensamento de agonia, imaginando aquelas pessoas, trinta e três trabalhadores da mineração, sepultados vivos sob milhares de palmos de terra sobre suas cabeças. Sim, não sete palmos, mas 700 metros abaixo da superfície.

Já havia ficado surpreso de que todas as notícias que ouvia, davam conta de que estavam vivos, e que mantinham suas esperanças no esforço dos da superfície, e sem dúvida, confiando no auxílio do Alto Céu.

E vieram!

Tanto da superfície quanto do Alto, de muito além das alturas visíveis ao olho humano. Veio da Esperança do socorro de Deus, que não permitiu que eles fossem esquecidos e seus enterros consumados pelo abandono dos seus compatriotas.

Desde ontem, ao ser içado para fora o primeiro mineiro, após quase 70 dias enfiado em um sepulcro sem lápide, o meu coração não cessou de glorificar o Senhor da minha Salvação.

Ele sem dúvida, assombrou mais uma vez o mundo, salvando milagrosamente 33 homens das profundezas escuras da terra. Seu Espírito, que consolava e enchia de Esperanças, aqueles homens rústicos, agora está refrigerando suas almas com a alegria da liberdade e do carinho imenso dos seus entes queridos. Acabou a aflição e o terror.

Houve um verdadeiro Milagre no Deserto. Glória a DEUS!