sábado, 22 de março de 2014

ENTRINCHEIRADOS


Uma "guerra" espiritual nunca é "fria", é apenas insidiosa.  (G. P. Ribeiro)

Somos atraiçoados pela falsa sensação de que por estarmos entrincheirados na "casa de Deus" não seremos alvejados pelos "dardos inflamados do" nosso inimigo histórico.

Daí, tombamos pelos dardos venenosos lançados pelo "fogo amigo" que tal como nós, se entrincheirou em suas fortalezas de conforto e omissão.

Enquanto travamos batalhas por causa dos periféricos, dos acessórios, das doutrinas controversas construídas por gente como a gente, há almas sendo arrastadas para o lado do inimigo engrossando as fileiras para as quais fomos chamados para combater com o nosso testemunho de vida.

Estamos perdendo esta guerra por excesso de retórica e pura falta de combatividade, deixando o inimigo a vontade para zombar de nós.

Nossa pregação não ultrapassa as paredes caiadas dos templos, e as nossas vidas do lado de fora, não atraem a atenção dos caídos.

O que tem de errado acontecendo com a IGREJA DO SENHOR?

Sim! Algo muito errado acontece no meio de nós. Quer um palpite, hein? Vou dar assim mesmo, viu!

Falta AMOR ao Povo de Deus. Amor de verdade, fraterno, compassivo, que tem atitude e que faz, que serve, levanta, cura as feridas, e paga o preço de ser um escolhido.

Falta Amor ao próximo porque muitos estão preocupados, ocupados com teologismos de prosperidade material, barganhando bençãos em troca de dinheiro (ou será o contrário?), determinando, se servindo da credulidade de incautos, sem uma só Palavra de Evangelho na consciência anestesiada.

Será que passei perto do problema ou o "buraco" é mais embaixo?

"E por se multiplicarem as iniquidades, o Amor de muitos (maioria) se esfriará."

Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. (Gerson Palazzo)

quinta-feira, 20 de março de 2014

VOCÊ ESTÁ NO PONTO CERTO

"Clamo em lágrimas a ti, Senhor, lágrimas porque não posso falar. As palavras se perderam entre meus temores, dores, tristezas, perdas, mágoas, mas lágrimas. Tu entendes minha prece sem palavras. Tu ouves. Senhor, enxuga minhas lágrimas, todas as lágrimas, não em dia distante mas agora aqui."
(Joseph Bayly)

Dias tensos, tardes cheias de sombras entre seus sonhos e a luz do Sol. Noites longas, escuras sem o sono que repara, sem a Esperança que restabelece a confiança. Parece que não vais suportar, né não?

Mesmo tendo crido no Deus que tudo vê e tem o controle sobre todas as coisas, visíveis e invisíveis.

Crido que ELE se interpõe sobre o mal para que lhe sobrevenha o bem. Crido que não vem sobre os filhos maior prova do que eles possam suportar.

Crido que juntamente com todas as aflições Deus libera o seu livramento em hora e momento oportunos.

Ainda assim, seu espírito se sente esmagado por uma grande e pesada mão e de tal maneira sua alma é espremida, que sente seu ânimo, sua energia vital, sua esperança e até mesmo sua vontade de viver, escorrerem por entre os dedos daquela mão grande e pesada, cujo nome não é outro senão: culpa.

Bem... Você está no ponto certo agora mesmo! Este é o momento de reconhecer em você o seu próprio erro, arrepender-se, sinceramente pedir que Deus o perdoe mais uma vez, e Nele depositar essa culpa horrível que lhe enferma a alma.

Faça isto o quanto antes! Faça agora mesmo, viu! Não procrastine por mais um dia, vivendo com esta culpa que o impede de curtir os melhores dias da sua vida.

"Se confessarmos os nossos pecados, ELE é Fiel e Justo, para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda injustiça." (I João 1: 9)



Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. (Gerson Palazzo)

quarta-feira, 12 de março de 2014

POLITICAMENTE CORRETO É UM PORRE, NÉ NÃO?

Tantos deveres, tanta preocupação em acertar tudo.

Tanto empenho em passar na vida sem errar...

Um esforço "hercúleo" todo santo dia para não frustrar, não decepcionar, não cometer nenhum ato falho, fazer tudo direitinho conforme o esperado, conforme um certo roteiro.

Aí a vida vai ficando sem tempero, chata, previsível, pasteurizada, morna, politicamente correta e existencialmente sem graça.

A gente acaba sendo "encaixotado" de tal maneira pelas convenções, pelos paradigmas forjados para nos manipular, pelas modas, tendências e estilos que escravizam a gente e tira de nós a espontaneidade, a sinceridade, a simplicidade, a autenticidade do falar e do agir. Aliás, o "Politicamente correto" é um "porre", não acha não, hein?

É tanto "não pode", é tanto "não deve", é tanta interferência, tantas "regrinhas" de etiqueta, tanta filigrana que deixa a gente atordoado e perdemos até mesmo o nosso jeitão espontâneo de nos comportarmos em um local ou outro.

Ficamos desconfortáveis dentro das nossas próprias calças.

Já se sentiu assim? Parece que alguma gafe, algum 'mico' estamos cometendo ou prestes a cometer, né não?

Tem tanta gente sentada em algum gabinete, algum escritório, ou até em algum boteco por aí, bolando novos roteiros, novos modelos para "encaixotar" as pessoas naquilo que se pode e daquilo que não se pode falar em sociedade, que se deve ou não vestir, onde se deve ou não ir, a música que está na moda e a que é brega. Além é claro, daquilo que se deve ou não acreditar. São alguns dos tais formadores de opinião. Quando querem, fazem da gente um laboratório para provarem suas "invenções". Aqueles que não se enquadram são "fora de moda", já os que se submetem ao roteiro, são "por dentro", seja lá o que isto quer dizer, né?

Um exemplo que ilustra um pouco esta coisa exagerada toda: um amigo meu comentou-me: Chamar seu melhor amigo  obeso de gordo é 'bullying'. Se ele é da raça negra, chama-lo de 'negão' é racismo e se ele for homossexual e chamá-lo de sua "biba véia" então? Preconceito, homofobia e outras coisinhas mais. Nesta situação, o politicamente ficaria grotesco, compara ele:

"Olá meu grande amigo "levemente fora do peso, idoso, afrodescendente com orientação homo afetiva... há quanto tempo, hein?"

Putz, fala sério, um tédio!

Sim, há exageros demais, controles demais, hipocrisias demais, não acha não?

No caso do tal "politicamente correto" em que a própria sociedade regula e cria modos de proteger as minorias (que já nem são tão minorias assim), de serem humilhadas, hostilizadas verbalmente e feridas em sua dignidade humana, acabou-se criando guetos de isolamento e em outros grupos, privilégios excessivos. Bom, deixa este assunto para os formadores de opinião, filósofos, sociólogos de plantão, né?

Mas e essa coisa então de não poder dar umas palmadinhas na bunda gorda do seu filho malcriado, hein? Já nascemos com duas almofadas prá quê? (rsrs...)

Frequentemente, a sociedade regula-se pelos maus exemplos e por causa dessas exceções que se enquadram é no código penal brasileiro, o cidadão de bem, o pai zeloso da educação dos seus rebentos, vira bandido, agressor de menor, e por aí vai. Estamos acuados, de pés e mão atados, criando outra geração sem educação, sem respeito, sem ética e valores morais, sem disciplina, sem afeto, desobediente, agressiva, mas para essa sociedade frouxa que quer compensar o fracasso na educação desta geração, agindo pelas "regrinhas e do politicamente correto", estamos "por dentro". Será mesmo, hein?

Particularmente eu acredito que para se aperfeiçoar a convivência em sociedade as pessoas não precisam ser iguais, pois ninguém é sequer semelhante ao outro. A imperfeição faz parte do ser humano e apenas e tão somente negá-la, é querer tapar o sol com uma imensa peneira, né não?

Uma rateada, um mico, uma gafe, são ingredientes hilários e temperam as relações interpessoais. Fazem parte do nosso cotidiano. Ainda bem que existem um remanescente politicamente incorreto, alguns filosoficamente transgressores, alguns comediantes, para animar e divertir a gente de vez em quando, né não?

Além de ser um "porre" na maioria das vezes, o politicamente correto também não contempla igualmente, democraticamente as críticas daqueles tais formadores de opinião, quando são cometidas por ricos ou pobres, já notou isto?

Se um rico ou famoso comete uma gafe, um ato falho, é porque é excêntrico e se contemporiza. Agora, se eu ou você tropeçamos nas regrinhas... "nóis tá na vala"!

Penso que se somos nós mesmos aqueles que sofrerão as consequências dos nossos atos por escolhermos e decidirmos o que, onde, como fazer as coisas do cotidiano, então por que sermos cobrados  por coisas "politicamente" certas criadas por outros quando elas dão errado ao final, hein? Já parou para pensar nisto?

Afinal de contas, esta sociedade não é perfeita. Nossos pais não são perfeitos. Nossa esposa, ou nosso esposo não são nada perfeitos. Nossos governos, nossos políticos estão longe de serem perfeitos. Os líderes, empresários, gestores, chefes e patrões não são perfeitos. Os formadores de opinião, educadores, religiosos não são perfeitos. Nossos filhos não são perfeitos,  tal como eu e você também não somos perfeitos, né?

Às vezes penso que a sociedade quer negar que os seres além de serem diferentes, ainda por cima são imperfeitos. "Errar é humano" dizem eles, não dizem? Ora bolas, então, VIVA as nossas diversidades, nossas imperfeições, nossa liberdade para escolhermos por nós mesmos, né não?

Acho ainda é que precisamos menos controle, menos hipocrisia, menos interferência, menos omissão, menos privilégio para poucos e mais tolerância, mais solidariedade, mais transparência, mais liberdade, mais fraternidade e amor. O que você acha disso tudo, hein?

Não espero seguidores e muito menos unanimidade, mas espero que as pessoas comecem a pensar menos pelos modelos e mais por suas próprias consciências.

OBA! Viva essa bagunça organizada que se chama gente!


Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. (Gerson Palazzo)