quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O LIMITE DE CADA UM


Nenhum de nós pode saber o próprio limite até que ele seja ultrapassado.

O potencial  de cada um só é minimamente conhecido quando sua alma é colocada à prova.

A Fé de cada um pode alterar o jeito de se enxergar a hora do espanto, o instante do pavor repentino.

Em alguns, a Fé é de tal forma exercitada, que parece tornar a alma daquele que crê no improvável ou inimaginável a outros olhares, uma catapulta que o lança para fora da incredulidade e da apatia.

O cenário planetário ao qual nossas mentes e nossas emoções estão submetidas, tende a nos arrastar para uma sensação de impotência generalizada que prende e mantém presos os nossos pensamentos e sentimentos numa clausura inóspita.

Ele nos mergulha em uma atmosfera sombria, cheia de temores e desconfianças.

Naqueles que são exercitados no dom da Fé, parece existir um combustível eficiente o suficiente para retirar o que crê, desse estado de abatimento emocional em que o mundo está metido.

Mesmo na dor, no sofrimento enfrentado por todos indistintamente, o que é exercitado na sua Fé tem uma reação maior e melhor se comparados a daqueles que não a tem.

"Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos." (II Cor. 4:8 - 9)

Com esta consciência eu agradeço ao Deus que me tem exercitado no dom da Fé, e me livrado das aflições antes mesmo que eu possa experimentar o limite das minhas forças para continuar crendo.

NELE eu posso celebrar hoje, 8 anos de sobrevida após um transplante duplo de rim e pâncreas, realizado em 16 de Novembro de 2005, no Hospital São Paulo. Aquele foi o Dia em que o Senhor me levou a ultrapassar o meu limite, quando a esperança parecia querer me abandonar.

"Porque Dele, e por meio Dele, são todas as coisas. A ELE pois a Glória, Eternamente". Amém!

E Você, qual é o seu limite?


Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. (Gerson Palazzo)

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

ENXERGANDO COM OS OLHOS DO OUTRO



Enxergar os outros com os nossos próprios olhos, é naturalmente simples; não exige de nós nenhum  esforço especial. Mas olhar os outros pelos próprios olhos deles, já exige de nós nos colocarmos no lugar do outro; isto sim exige muita capacitação.

Não é tarefa fácil e nem pode ser eficaz para ambos se feita sem uma grande dose de diligência, altruísmo e empatia. Não funciona pura e simplesmente utilizando-se dos mecanismos de autoajuda disponibilizados pela sociedade.

Eles não levam em consideração as necessidades intrínsecas da alma daquele que carece da ajuda e tampouco das limitações daquele que se sente impulsionado a ajudar.

Somente salta aos olhos do observador piedoso, o que é perceptível a luz do seu sentir; daquilo que pode  ver com o seu próprio olhar.

Para que se possa efetivamente assistir o que pede por ajuda, o que clama por justiça, o que grita por socorro, o que já sem forças geme com gemidos inexprimíveis, é preciso se colocar em seu lugar e ver o cenário que ele enxerga, sob sua própria ótica; sob sua própria dor.

Para mim, nisto reside a dificuldade toda de atingir as expectativas do que pede e não gerar frustrações no coração daquele, que sem capacitação, se move para ajudar.

A Capacidade de ajudar, de prestar socorro, de amparar seus semelhantes, não está inserida no pacote do ser natural.

O Ser natural tem um instinto de preservar-se em primeiro lugar, e não se dispõe assim a arriscar-se por outro, ou mesmo investir nele tempo ou algum dinheiro.

Ele pode até ser um observador da tragédia e penalizar-se pela calamidade que se abateu sobre outra pessoa, mas o que transforma esse observador em um ser solidário é uma ação sobrenatural agindo sobre suas faculdades e sobre seus sentimentos.

Compaixão é virtude do Espírito e não existe naturalmente no ser humano.

Nos Evangelhos da Bíblia, existe um relato que pode ilustrar essa tosca tentativa de explicar essa "capacidade" que move o coração daquele que estende suas mãos e recursos em direção ao que necessita.

Trata-se da história do Bom Samaritano, tão conhecida de todos, e cuja passagem transcrevo para nossa reflexão (Evangelho de Lucas 10: 25 -37):

"E eis que se levantou certo doutor da lei e, para o experimentar, disse: Mestre, que farei para herdar a vida eterna?  Perguntou-lhe Jesus: Que está escrito na lei? Como lês tu?  Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo.  Tornou-lhe Jesus: Respondeste bem; faze isso, e viverás.  Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: E quem é o meu próximo?  Jesus, prosseguindo, disse: Um homem descia de Jerusalém a Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. Casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e vendo-o, passou de largo. De igual modo também um levita chegou àquele lugar, viu-o, e passou de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou perto dele e, vendo-o, encheu-se de compaixão; e aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando nelas azeite e vinho; e pondo-o sobre a sua cavalgadura, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No dia seguinte tirou dois denários, deu-os ao hospedeiro e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que gastares a mais, eu to pagarei quando voltar. Qual, pois, destes três te parece ter sido o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Respondeu o doutor da lei: Aquele que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, pois, Jesus: Vai, e faze tu o mesmo."

JESUS não apenas nos ensina com esta história, mas Ele mesmo, com a sua própria história deu a escala, a dimensão do Amor que serve, socorre e salva todo aquele que carece.

ELE nos olha com o nosso olhar e sente a nossa necessidade, sente a nossa dor e conhece a nossa incapacidade de nos autoajudar.

ELE se põe no meu lugar, no seu lugar, no lugar da humanidade e se compadece de nossas tragédias existenciais e estado de calamidade moral em que nos encontramos.

ELE vai além, muito além de observar-nos e se compadecer de nossas mazelas; ELE as transfere para si mesmo, sofre nossas dores em si mesmo, carrega nossos pesares e nossos pecados sobre si mesmo e paga Ele próprio pelo que merecíamos pagar. ELE quita as nossas "dívidas" de maneira cabal, completa, definitiva e sem dúvidas.

JESUS nos pode capacitar para aprendermos a olhar o nosso próximo com os olhos dele. Assim é que compreendendo suas necessidades, ajamos com compaixão e eficiência.

Que no meigo Olhar de Jesus, encontremos inspiração para sermos solidários com aquele que precisa. Que as nossas mãos nunca estejam encolhidas e se neguem a ajudar estando nelas a capacidade de fazer o Bem.

E QUE SEJA ASSIM!


Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. (Gerson Palazzo)

sábado, 2 de novembro de 2013

NÃO SE ABANDONE JAMAIS!

"Quando somos abandonados pela sociedade a solidão é suportável, mas quando somos abandonados por nós mesmos a solidão é quase insuportável." (Augusto Cury)

Ninguém em sã consciência e perfeito domínio das suas emoções pode sequer imaginar-se excluído de qualquer sociedade por menor que ela seja.

A ideia de ser abandonado por seus pares já é penosa demais por si só considerando que somos seres sociais e que portanto, nos relacionamos uns com os outros por todas as janelas e sentidos para com o mundo a que somos expostos exteriormente.

Todavia, é muito mais comum do que gostaríamos que fosse a experiência frustrante e dolorosa do abandono.

A sociedade em que estamos inseridos possui regras indefinidas ou não percebidas claramente que são acionadas igualmente sem uma lógica clara, que define unilateralmente que é "de dentro" e quem deve ficar "de fora".

Assim é que de vez em quando, no meio da nossa caminhada em busca das nossas realizações pessoais, ao olharmos para os lados, descobrimo-nos andando sozinhos. 

Olhamos para trás e já ninguém nos segue. Uma sensação  de solidão e abandono pode querer se instalar em nossa mente e paralisar os nossos movimentos de seguir adiante.

Alguns de nós são mais que abalados por esta constatação; são abatidos.

Mas graças a algum dispositivo de sobrevivência de uma minoria que suporta e supera este abandono involuntário, temos então registros e testemunhos fantásticos de pessoas que venceram todos os preconceitos, todas as intolerâncias, toda indiferença e continuaram caminhando para um alvo proposto na sua alma.

Sinceramente eu gostaria que não fosse assim. Que ninguém fosse abandonado à própria sorte por qualquer motivo.

Eu não suportaria a ideia de que eu houvesse feito isso a alguém que em algum momento tivesse participado de um trecho do caminho comigo. Seria terrível.

Também gostaria de acreditar que eu mesmo não houvesse sido discriminado, excluído, preterido, abandonado por aqueles que conviveram comigo, mesmo que por um pouco de tempo; um trechinho do caminho. Seria terrível conviver com essa dúvida.

Entretanto, se descobrisse que houvesse acontecido comigo, apesar de como disse ser "terrível", continuaria caminhando solitariamente, porém, nunca sozinho.

Não posso desistir de mim porque Alguém não desistiu, não me abandonou e jamais frustrou qualquer um dos meus sonhos. Se não houvesse mais nenhum motivo para continuar caminhando neste chão de peregrinações, ainda assim eu seria estimulado na minha alma a perseverar na jornada por Aquele que me amou primeiro.

Sim! Ainda que fosse possível que minha própria mãe me rejeitasse antes de haver nascido, ainda assim DEUS jamais me abandonaria. Esta certeza impregnou a minha alma de tal maneira que não cabe em minha mente a ideia de me abandonar e desistir do que DEUS colocou em meu coração. Nada, absolutamente nada pode nos afastar do amor de Deus que está em Jesus de Nazaré.

ELE vai comigo até o final.

Cultive esta Amizade com Jesus e nunca andará sozinho e sentirá solidão caminho afora, tá bom? 

ELE verdadeiramente nos Ama!

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Rm. 8: 38 - 39)

Como aqueles que já têm aprendido a andar nesta certeza, o eventual abandono social que porventura venhamos a sofrer, faz parte de um processo de aperfeiçoamento, santificação para aquele que Nele crê.

"Por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se esteja consumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se não vêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem são eternas." (II Cor. 4: 16-18)

Não se abandone jamais, hein!


Posso não saber onde piso, mas conheço o CAMINHO para chegar aonde quero; porque caminho NAQUELE que creio e não naquilo que vejo. [Gerson Palazzo]